Já se passaram anos
Seis anos já passaram
E como você cresceu.
Parece até que foi ontem
Que minha princesa nasceu.
Me ensinou a amar,
É a minha inspiração.
Seu sorriso me enlouquece,
Acelera o coração.
A melhor na vida
Que já me aconteceu.
É o presente mais lindo,
Que Papai o céu me deu.
" NADA! "
Passaram-se já alguns anos e nada, permaneço igual
Tal igual as ruas esboracadas do meu bairro
Já fui tanta coisa mas nada, arranca de mim o que Eu tenho de racional
Como a dita fantasia dos sonhos acordados
Ás vezes me sinto tão insuficiente para mim mesmo
Eu tenho medo de fechar os olhos e abri-los quando velho
Meu pensamento tornou-se insignificante como todo o resto
Perdi meu ser crítico para este senso comum modesto
Ainda ontem tinha catorze e hoje celebro os meus vinte e três
Passei por tantas transformações e lições dos quartéis
Não sei se estas palavras surgem da embriaguez
Mas nada produz um sentimento como se Eu tivesse alguma invalidez
Não me arrependo de ter sido Eu mesmo
Mas de cada acto meu que foram tão pequenos
Quando precisei ser grande fui sereno
Como se Eu fosse as gotículas de águas que chamam sempre pelo o inverno
Os sonhos desgastam-se quando nos desapontamos
A paciência e a persistência ás vezes nos abandonam no combinado
A coragem segue os fracassados
Pois nada ocorre conforme pensamos
Já se passaram tantos anos...fecho os olhos e ainda sinto o seu cheiro , seu perfume..amadeirado... escuto a tua risada , tua voz chamando meu nome baixinho..teu sotaque carregado.. ja se passaram tantos anos ...mas pra mim parece que foi ontem mesmo... eu ainda sinto o toque das tuas mãos asperas, pesadas, gostosas de sentir no teu abraço.. ainda sinto o gosto daquele beijo molhado, profundo .. apaixonado .. eu ainda escuto seus passos chegando e me pegando de jeito ... mas já se passaram tantos anos..e eu nunca consegui esquecer.. vc me marcou tanto .. história antiga, daria até um livro.. ja se passaram tantos anos daquele dia , daquele maldito dia que me dissestes adeus..e eu nunca consegui superar isso .. superar aquele dia ..
Ja se passaram sete anos... Você esta tão lindo quanto antes mas... Sua expressão mudou, seu jeito você mudou, será que um dia eu verei aquele sorriso de sete anos atrás novamente?
Já se passaram anos, mas ainda me lembro de você,
Das lembranças que compartilhamos, dos momentos que vivemos juntos.
Ainda posso sentir sua presença, sua voz, seu sorriso,
E tudo o que compartilhamos naquele tempo distante.
As lembranças são como fios que nos conectam ao passado,
E nos permitem reviver momentos que já se foram.
Elas nos trazem conforto e alegria,
E nos ajudam a manter vivas as memórias.
Mas, embora as lembranças possam ser doces,
Elas também podem ser dolorosas e difíceis de suportar.
Elas podem nos fazer sentir tristes e solitários,
E nos lembrar de coisas que preferiríamos esquecer.
No entanto, mesmo com todas as dificuldades,
Ainda vale a pena lembrar de você,
Pois as memórias que compartilhamos
São uma parte preciosa de quem eu sou.
Então, mesmo que muitos anos tenham se passado,
Ainda guardo você em meu coração,
E espero que, onde quer que você esteja,
Esteja lembrando de mim com carinho e emoção
Da mesma forma que eu me lembro de você
Uma vida
Já se passaram sete anos, algumas coisas permanecem no mesmo lugar, do jeito que você deixou. Quando silencio todos meus pensamentos, só resta teu nome, o sorriso, momentos fugazes e que ainda assim ficaram marcados na minha memória.
Lembrar ou pensar em você ainda causa dor, não tanta como antes, entretanto, as mesmas dúvidas começam a pairar na minha mente.
Sempre me questiono como você está, se em todos esses anos pensou em mim ou ao menos recordou-se do meu nome em algum momento.
Ainda busco reassumir minha vida, meu caminho, nesses 7 anos, me perdi dentro de mim inúmeras vezes, na verdade, me abandonei de tal forma que não me reconheço mais.
Parece que foi ontem, mas o tempo passou.
Confiei o que restava de amor em mim a você, entreguei a última fagulha de confiança, ternura, amor e sonhos. Porém, foi como um castelo de areia se dissolvendo com a maré, confesso que não consigo digerir ou até mesmo acreditar que tendo pleno conhecimento de cada ferida existente, escolheu me machucar, me senti como nunca havia me sentido antes, quando me dei conta, estava nas tuas mãos, infelizmente, você me colocou de lado como quem se desfaz de algo inútil.
Sempre escondi muito de mim ou tudo na verdade, tentando me proteger, mas nenhuma armadura me protegeu quando te conheci.
Não sei se sou grata ou amaldiçoou o dia que te conheci, o dia que me permiti ficar instigada com aquele rapaz de comportamento tão discrepante de todos os outros.
Eu ainda preciso em algum lugar da minha mente, nem que seja o mais escondido possível, nutrir uma fagulha de esperança, pinto inúmeros cenários, possibilidades, histórias dignas de Hollywood na minha mente, porque se eu perder esse grão de areia que resta, sinto que vou enlouquecer.
Nada que já vivi me preparou pra isso, nem para sentir o que senti, o que ainda sinto, a agonia, a dor, a incerteza, a frustração, tudo, absolutamente nada havia me preparado pra isso até aqui.
Era o que faltava para o que restava de mim desmoronar, e desde então, ainda recolho destroços. Não vou mentir, amadureci, mas não sei se em algum momento, serei madura o suficiente para fechar essa página.
Tem tanto de outras pessoas em mim agora, recolho fragmentos, cacos de mim mesma que não sei onde colocar, como um quebra-cabeças com peças faltando.
Que loucura, como alguém pode ter tanto impacto na vida de outra pessoa sem mesmo saber disso.
Procuro não retornar a essas lembranças, mas em alguns momentos é inevitável, como se tudo em mim trabalhasse contra mim, uma guerra infindável dentro de uma única pessoa, EU.
Não sei se estou vivendo ou sobrevivendo, mas me agarro nas poucas coisas que acredito de maneira ferrenha, para que o nada que sobrou não se perca e deixe de existir alguém que um dia existiu com o nome de Daniela.
Hess
Já se passaram 7 anos, desde a sua partida
Eu sempre quis que você voltasse pra mim
Eu sempre te esperei
Eu sempre te amei
Eu sempre precisei de você
Eu não quis aceitar que você não voltaria nunca mais
E isso, apesar do tempo que passou doía tanto
Era tanta dor que eu sentia, que não cabia na minha alma
Eu te amava tanto, quando você foi embora
Eu não sabia o que fazer com esse amor
Esse amor que me consumia por inteira
Esse amor destrutivo, mas teve um dia que começou a doer menos
E eu lutei tanto pra não te esquecer, mas era inevitável
Hoje eu sinto que acabou a nossa história
E como dói dizer isso, eu não te amo mais
Eu pensei que iria te amar pra sempre
Mas com o tempo foi se reduzindo, agora restam apenas algumas lembranças
A idéia do que nós "vivemos juntos"
Os nossos sonhos que você se achou no direito de destruir
Te amar doeu muito e por muito tempo machucava
Mesmo, quando estávamos juntos
Estar com você me fazia tão mal
Em todos os sentidos que você possa imaginar
Acho que se você não tivesse ido embora, iriamos nos destruir
Porque o nosso amor não somava, ele destruia tudo e todos por onde passava
- 12 de Junho de 2024
A Faroleira
Sim, muitos anos se passaram na verdade,
A tinta desgastada na parte de fora já entregam sua idade,
O farol que um dia muitos avistaram.
Hoje vive sozinho em sua soturnidade.
Seria estranho não admitir que conheceu a tantos,
Inverdade dizer que não amou a certos,
Desalento em saber que não restou um para ouvir seus prantos.
Ficou apenas a triste versão desse monumento,
Abandonado sem esperança, na tragédia de seu momento.
Sua luz outrora brilhante de objetivo incumbido,
Hoje pisca fracamente arritimada, como o bater de um coração partido.
Por dentro dele, há um chão de madeira ruído,
Aranhas e pó dividindo espaço com os ratos que ali haviam nascido.
Do ranger das portas, às dobradiças gastas,
Ouvia-se o lamento da mobília, em meio a suas partes nefastas.
Paredes com mofo, goteiras sem fim,
"- Isso foi tudo o que restou de mim".
Subindo pela escada caracol,
Cada andar que passo me lembra,
Aquele dia olhando o céu, cheiro da terra e daquela música lenta.
Subo e subo e a visão vai se enturvando,
Trovões, ventanias e o belo vai se deteriorando.
Nos quadros na parede, vejo as lembranças de quando o mundo era um todo.
Em traços apagados pelo tempo, como se a cor deles agora fosse um incomodo.
Ao chegar no último andar,
Uma dor me acomete de repente e fico sem ar.
Lá está ela, uma fraca luz a piscar.
O esforço para se manter acesa é quase um pedido,
"- Desligue-me da força, não se preocupe comigo!"
Choro ao ver aquela cena,
E ao mesmo tempo, tento entender seu dilema.
Ao olhar pro chão eu vejo as marcas de pegadas,
- Então foi pra cá que trouxeste suas histórias frustradas?
As marcas nos contam essa história passada:
A primeira era marcas pequenas, mas com passo pesado,
Tão funda no chão que mostra os muitos anos que ali haviam ficado.
Mas foi-se em uma terça levando apenas um farnel,
Sem “oi” e nem “tchau” deixando apenas um anel.
Depois mais uma, na entrada posso ver uma pegada inteira sem viés,
Mas com passadas à frente sumiu a metade,
Como um segredo em fuga na ponta dos pés.
Foi-se embora levando suas garrafas, suas mentiras e sua paixão pelas ralés.
A terceira foi passageira,
Marcas de salto, que dançaram ao redor de toda centelha.
Foi-se o fim da dança até a saída,
Pois não era ao farol que pertencia seu amor, apenas sua despedida.
Lágrimas quentes desceram pela minha face,
- Abandonaram-te mais uma vez,
- Sem ao menos lhe perguntar, se doía esse desgaste.
Fiz o que pude para a manter acesa,
Chamei a todos para que pudessem apreciar sua verdadeira beleza.
Bati pregos em suas paredes furadas,
Arranquei os quadros das escadas,
E limpei todas aquelas marcas de pegadas.
Mas você ainda batia descompassado,
Sufocando a dor de uma vida de luta e amor,
Mas que agora estava muito cansado.
Me apoiei em sua janela olhando para o mar,
"- Como faremos agora para você voltar a iluminar?"
Eu rezo? Eu choro? Te dou esperanças a sonhar?
A voz fraca invade o espaço,
"- Olhe novamente, e verás quem vem lá."
Acatando a seu pedido então eu vejo logo à frente,
Barcos e mais barcos remando contra a corrente.
"- Eles esperam a brecha para poder passar,
Atracam aqui, dizem-me que comigo é que querem ficar
- Abro as portas e os convido a entrar.
- Os vejo sorrir e agradecer,
- Comem, bebem e longas histórias me prometem trazer.
- Vos ensino sobre a vida, o céu, a terra e toda estrela que brilha,
- E eles dormem tranquilos, sabendo que mais nada de ruim os afligiria.
- Passam dias e noites e tudo muda,
- O mundo se inverte, e o que era Sol agora se torna Lua.
- Vos estranho pelo incomodo que sentem,
- Destroem meus móveis, riscam meu chão e esburacam minhas paredes.
- Com dor os questiono:
- Porque ficas se lhe causo tanto incomodo?
- E sem justificativas, me culpam pelas suas vidas perdidas,
- Partem sempre daqui aos risos enquanto eu nada compreendia.
- Essa porta não abrirei novamente,
- Seja noite ou dia, não acolherei mais um displicente."
Ao ouvir suas palavras, me calo.
Agora entendo a dor que tens passado.
Só restou a mim consertar tudo que havia sido quebrado,
Como hei de abandonar algo tão puro e abandonado?
- Por favor não se apague agora,
- Aqui estou por você e não hei de ir embora.
- Dessa porta ninguém passará até verem em ti a luz que tens a iluminar.
Aqui fico como sua guardiã,
Vou cuidar de ti, do anoitecer até o raiar de cada manhã.
Então a luz pisca para mim e eu entendo,
Ainda não é o fim,
E só o começo de mais um momento.
Já se passaram sete anos desde o dia que te vi pela primeira vez...e ainda estamos juntos. As vezes nem acredito que encontrei o amor da minha vida quando eu era apenas uma adolescente irresponsável(assim como você). Crescemos juntos, aprendemos com nossos erros e depois de todo esse tempo, você continua sendo o único. Eu olho pra tras e se quer me lembro de um outro alguém, por um segundo que seja. Sempre foi só você e continua sendo. Tivemos nossos momentos ruins, nossas separações e perdas, mas nossos caminhos sempre se cruzaram novamente, isso só pode ser de outras vidas. Sempre que te vejo, continuo com o mesmo olhar bobo e apaixonado. Meu amor, nós dois somos para sempre.
Quanta coisa mudou, já se passaram alguns anos, e você ainda vista minha mente e entra de penetra em meus sonhos; de fato você continua sendo o meu suspiro, quando sozinha me encontro é e você que penso, e mesmo cercada de pessoas, ainda sim você vaga em minha mente em minhas lembranças... Doces e amargas lembranças ...
Fiz muito para te ter por perto, me ausentei de mim mesma, mas nada era suficiente para você, foi então que me ausentei de você!
Sei que hoje te lembro quase todo dia, mas sei que hoje vivo melhor do que quando com você sofria.
Continuo com um vazio, mesmo ao lado de alguém, me sinto só, e meu sorriso raro vem, mas logo se desfaz.
Mas, não pense que estou mal, eu estou bem, engolindo esse doce amargo que eu mesma preparei, essa solidão a dois não desejo a você, mas sei que com você mesmo que não me sentisse sozinha, eu ainda sim estaria amargurada em prantos por um amor não correspondido.
Estou bem, segui em frente, te deixei no passado, mas não te tirei da minha mente...
Sigo com alguém, sozinha e com a felicidade neutra, mas com um pouco mais de paz!
Olha só! Oito anos que se passaram em oito dias. Tão pouco tempo. Já vivemos aventuras, tristezas, alegrias. Ah! Se eu pudesse parar o tempo... Se eu pudesse, eu jamais pararia, pois cada momento vivido ao seu lado é tão maravilhoso que eu quero colecioná-los pelo resto dos meus dias.
"Alguns anos se passaram...
E hoje, no dia do meu casamento, soube que chorou pelo que perdeu.
Mas saiba, todos os dias tenho chorado.
Inclusive hoje por baixo desse véu."
Que em meus dias...
Não conto quantos anos se passaram, quantos 365 dias eu vivi. Porque, apesar de fazerem parte da minha vida e da minha história, eles se foram e nada posso mais fazer pra mudar ou para alterar o que aconteceu, nem o que não aconteceu. É tão natural dizermos: tudo passa. E isto é fato incontestável. Do bom ao ruim, do doce ao azedo, da alegria à tristeza, tudo passa. A relativização do que seja bom pra mim e do que seja ruim pra mim é equivalente: tudo passa na mesma proporção do passar, do ir embora, do se transformar num passado inalterável. A cada primeiro de janeiro, teremos mais um conjunto de 365 dias, novamente. Desses dias, tem-se o ano. O que você fez no ano que se foi, já foi. Mas, o que você irá fazer no ano que se inicia? Nunca se sabe! Planos, sonhos, desejos, todos nós temos. Realizações e fracassos, conquistas e frustrações todos nós iremos ter. Entretanto, está em nossas mãos o que fazer com tais resultados. Podemos escolher! Importante entender que tudo que nos acontece, tem o seu motivo, uma razão. É de extrema relevância sabermos separar o joio do trigo, como também compreendermos as entrelinhas de cada evento que ocorre. Assim, enquanto o sol chega pra clarear, as estrelas vêm pra brilhar. Enquanto a neve nos promove buscar dias aquecidos, o calor nos lança ao frescor das sombras. Enquanto o nascimento chega para nos fazer esquecer a morte, a morte nos faz lembrar que é preciso viver em vida. Enquanto a guerra vem pra separar, a paz vem pra juntar. Enquanto o amor é transformador, amar nos transforma no que melhor podemos ser. Portanto, que em meus dias e em todas as idas e vindas da vida, eu tenha levado amor e trazido amor comigo. Este é o único sentido de viver. Este é o meu sentido de ser feliz!
Os anos teen passaram, os trinta estão chegando, não há mais tanta coragem, mas em contra mão não há mais tanto medo. A gente se despede mais fácil, e quando sofre, sofre devagar, se perde algo ou alguém chora de manhã pra terminar de chorar semana que vêm. Os amigos de adolescência estão com outros amigos e os amigos recentes estão cansados de festa, a gente quer voltar pra casa cedo, a gente quer dormir na mesma cama todos os dias, o silêncio canta mais alto que qualquer música da moda, as músicas da moda já não mexem mais nossas entranhas seletivas. Os dias de nostalgia diminuíram de uma vez por semana pra uma vez por ano, já não há o que se desesperar, os amores estão melhores resolvidos e a solidão é companhia. Não se quer adiar pra amanhã nada: nem a viagem, nem aquele romance, mas também não se quer pra agora por medo de se quebrar de novo, afinal foram anos se reconstruindo. Se algo não sai como planejado a raiva não vêm com a frustração, o choro sai ardendo a alma cansada, o riso sai descompromissado, a saudade acalenta mais do que machuca. Você se acha maduro porque aquele amor antigo não machuca mais, o amor recente não desestabiliza tanto, o tempo perdido é com a realidade e as fantasias estão numa caixinha da memória aberta só de vez em quando. Você se pergunta quem é esse cara do espelho, esse reflexo que já não é tão jovem mas não chega a ser velho, você se assusta com essa calma que te invade quando tudo lá fora tá à beira do caos. São os quase trinta, são os vinte e tantos, é o tempo de desencontros marcados, de encontros atrasados, é o tempo do choro contido, das palavras árduas mas sábias, dos amores maduros e livres. É a alma dando voz àquele desejo antigo, é o sono de domingo, é o suco no lugar do refrigerante, é o jantar no lugar da boate, é o silêncio no lugar do rock, é a aceitação no lugar do espanto, é o até quando Deus quiser no lugar do pra sempre.
Élcio José Martins
GUARANÉSIA 116 ANOS
116 anos se passaram,
Histórias boas muitos contaram.
Dos sonhos que seus filhos sonharam,
Com muita luta muitos deles se realizaram.
Hoje ela é realidade,
No campo e na cidade.
Humilde e sem vaidade,
Abraça o velho e a mocidade,
De mãos dadas com o progresso,
Nas indústrias faz sucesso.
Mesmo com a distância e o acesso,
Mostra ao mundo o seu processo.
Na arte da madeira,
Sempre sai na dianteira.
Tece armários e prateleiras,
São cristais e cristaleiras.
Na arte da construção,
Tem cerâmica e proteção.
Pedreiros livres de prontidão,
Erguem seu nome pra orgulho da nação.
Fez seu nome ecoar alto,
Mesmo com estradas sem asfalto.
Não há abismos nem sobressaltos,
Tem fôlego de sete gatos.
As indústrias têxteis se prosperaram,
Famílias inteiras por elas passaram.
Primeiro emprego. A data ficou marcada,
Primeiro dinheiro e o presente pra namorada,
O comércio tem sua importância,
A agropecuária sua elegância.
Cabines plantou esperança,
Mangueiras jorram pujança.
Doce verde que alegra a alma,
Gotas de orvalho que a noite acalma.
Serras cafeeiras de paisagens exuberantes,
Fixaram aqui filhos nobres e viajantes.
Nossa cidade tem tempero e temperança,
Tem o ritmo e o pulsar da dança.
Tem luz no sonho da criança,
Guaranésia é a paz e a esperança.
Saudamos esta data especial,
Seu nome é pluma em recital.
Parabéns, felicidades e tal,
Esse mês você é a maioral.
Orgulhosamente cumprimentamos,
Prazerosamente regozijamos.
Guaranésia de todos os guaranesianos,
Parabéns pelos seus 116 anos.
Élcio José Martins
As noites passaram a ser lentas. Os minutos eram horas. Rolava na cama e suplicava que a manhã chegasse logo. Socava o travesseiro e me punia a cada golpe. Aos 26 conhecia a mais terrível tempestade que os meus próprios pensamentos me levavam. Gostaria de resignificar e colocar em ordem. Gostaria de calcular os tropeços e perdoar-me pelas faltas. Gostaria de tornar simples e explicar oq parecia atrapalhado. O reflexo no espelho mostrava a irritação, o ego a tornar-me pequena e o desespero contagiante. Era desesperador. Não adormecer na monotonia. Não ser possível desligar-me e desacelerar os pensamentos que viajavam incontáveis vezes e submergia loucas recordações. Me sentia talvez culpada no meu inconsciente, ou ainda meu corpo reagia a demonstrar-me o quão útil poderia ser e o quanto o ócio me parecia confortável. Não aceitaria reviver aqueles meses difíceis. Preferia estender a mão, saudar pessoas simples, sorrir das manhãs rotineiras e às vezes até turbulentas. Me reestabeleceria. Renasceria e fincaria raízes. Ouviria oratorias belas, incorporaria dentro do meu intelecto a missão que haveria de cumprir. Não fugiria do destino. Abriria espaço para felicidade e me dedicaria a ser menos opressora. Entenderia. Viveria para ser melhor e ser melhor seria o único propósito. Não seria fácil. E quem disse que seria!? Abriria espaço. Tomaria as rédeas. Abusaria da boa vontade. Traria de volta princípios da maternidade. Me equilibraria numa passarela de poucos centímetros. Me tornaria Dona de mim. E saberia optar pelo justo. Viveria a dignidade de ser o princípio, o meio e o fim.
-Marília Villela
Anos-luz
Os dias passaram...
E reflito sobre os três melhores dias
que vivenciei em distância contigo.
Se houvesse magia no tempo,
meu desejo seria voltar para 20 de março.
Onde comecei a reluzir com transparência,
sem ter causado nenhuma evidência.
Em cada frase dita,
expressava sutileza de sua pessoa.
Havia delicadeza,
em tua verdades.
Até mesmo o desconhecido,
dançava sincronizado
no enredo desse diálogo.
Há uma identidade singela em seu interior,
que me fez enxergar um ser sincero, sem pudor.
Um florescer na doçura,
o abstrato ao amanhecer.
É na pureza de sua essência,
que serenamente me faz benquerer você.
Um dia, eu me permiti a ser infeliz. Anos se passaram, eu eu continuei a ser infeliz. O tempo que passou, não volta mais para você tentar uma nova opção. As marcas cravam em você. Os cortes são profundos. Nem o melhor amor do mundo apaga aquilo que você se permitiu acontecer.