Isolamento
Relacionamento
Tenho lido sobre os relacionamentos de muita gente em redes sociais, relacionados a quarentena e isolamento social.
Pude perceber o desequilíbrio emocional e a fragilidade dos relacionamentos, a dependência de amigos para que a relação de certo e se suportem ao longo do tempo.
Mulheres que fazem de tudo para ter uma ocupação fora de casa somente pra não ficar muito tempo com seu “companheiro” ou vice-versa .
Eu me pergunto porque certas pessoas se submetem a relações doentes?
Coloquei o companheiro em aspas porque o nome não está condizente com o propósito da união, já que para estar junto tem que haver empatia de ambos.
Não estou falando da conta bancária, cartão de crédito, caixa rápido, não é sobre o monetário, mas do montante na reciprocidade de almas!
A vida é tão linda quando estamos felizes. Mesmo em dias nublados e com chuva, se estamos com quem nos faz feliz, tudo fica mais gostoso.
Me perguntaram outro dia como estava meu psicológico nessa quarentena? Respondi que tenho vivido essa experiência alguns anos, desde que resolvi não trabalhar mais fora de casa e o marido se aposentou. No início ele ficava inquieto sem ter o que fazer, já eu não me vejo de outro jeito, senão o de cuidar de mim e da minha casa( em todo sentido da palavra). Gente é sério quando digo que estou feliz assim, cada dia que passa tende a ficar mais gostoso.
O tempo é uma benção e traz aprendizados que sana toda inquietude e ansiedade. É claro que pra isso é fundamental estar em um lugar que você se sinta bem, completo e inteiro. Em toda relação, ninguém é capaz de dividir com o outro o que não tem !
A leveza de um relacionamento está na liberdade, seja de querer ficar junto ou não.
OS QUE NÃO PARAM, PARA QUE "EU POSSA" PARAR
Os professores e coordenadores não pararam, tiveram que se reinventar para a educação não parar... Cientistas, médicos, dentistas, veterinários e enfermeiros não pararam... Coletores de lixo não pararam... Taxistas, Uberistas e motoboys, poucos foram os que pararam... Cozinheiros e faxineiros, muitos não pararam... Padeiros não pararam... Caminhoneiros não pararam... Agricultores não pararam... O pessoal da farmácia, do mercado e da horta, não parou... Policiais, seguranças, vigias, porteiros não pararam... Indústrias, comércios e outros serviços essenciais não pararam...
(Se houver algum setor ou profissional que me esqueci de citar, me desculpe).
Como podem ver, nem todos pararam, porque nem todos PODEM parar.
Parar e se isolar é um luxo, para os que conseguem viver bem, com as contas pagas e comida a vontade em seu isolamento.
Porém, para quem não poderia parar - porque parar é sinônimo de passar fome - para estes o isolamento é tão cruel quanto a ter que ir pra rua sabendo do risco de se contaminar.
Mas, por mais que a gente se isole, tendo que dar essa pausa forçada e sem previsão do retorno da normalidade, a vida não pode parar... E muito do que a maioria ou grande parte consegue parar, se deve a esses que não podem.
E daí eu vejo pessoas desrespeitando as orientações e protocolos. Vejo gente vivendo normalmente e despreocupada, visitando parentes, fazendo festinhas e reuniões familiares, batendo perna na rua, andando por ai sem proteção e solicitando auxílio do governo sem precisar... Pessoas egoístas que pensam apenas nos próprios sacrifícios, dificuldades e vontades.
Infelizmente, o mundo pós-pandemia não será outro... Será exatamente o mesmo!
Quem é individualista e indiferente aos outros vai continuar sendo... Quem é egoísta, mesquinho, ganancioso e oportunista vai continuar sendo... Quem é político, vai continuar fazendo política... Quem vive de corrupção vai continuar corrupto... Quem é assassino vai continuar matando...
E todos os profissionais essenciais (esses que não param para que você e eu "possa" parar), vão continuar sendo desvalorizados, mal remunerados, desprezados... Pois o futebol, QUE ESTÁ PARADO, vai voltar e *os jogadores vão continuar sendo os heróis da pátria, recebendo os melhores salários e benefícios para chutar uma bola.
Um momento como este não transforma as pessoas, apenas revela o pior e o melhor delas.
Obs.: Coloquei os jogadores, com asterisco *, pois sei que nem todos recebem o mesmo tratamento, e nem todos que são supervalorizados, são inúteis e imbecis.
Independente de qual seja a sua posição e condição nesta pandemia, seja grato fazendo sua parte. Pois muitos estão, neste exato momento, se sacrificando, se reinventando, se esforçando, tendo que ter uma força mental e emocional sobre-humana, para que você possa estar o mais seguro possível na sua casa e para que sua vida continue com a máxima normalidade possível.
Os caridosos, os religiosos que gostam de abençoar pessoas, os que tem condições de ser generosos... A hora é agora, de não somente orar ou rezar, como também de ser e agir.
Batendo na boca três vezes, porque sei que é pecado.
Mas, tem gente que deveria ficar eternamente em isolamento social.
Aaah, poderia!
Há uma diferença entre não ter ninguém porque você escolheu e não ter ninguém porque todos foram levados embora.
(...)Há momentos em que eu sinto vontade de correr para bem longe...onde ninguém possa me ver. Para um lugar tão distante onde eu possa me esconder. Correr... Correr sem parar ...para um lugar onde não veja ninguém passar.(...)
Mesmo tentando, nem sempre conseguem enxergar os dois lados da moeda.
Afinal, o de cima brilha, tem uma bela cor e possui um desenho mais elaborado. Já o outro lado, é mais escuro, difícil de se enxergar, seu brilho já está fosco e sua estrutura é envelhecida, apagada e deformada.
Pela beleza do lado de cima, só enxergam ele, esquecendo completamente que o outro também existe, também sente e também se importa.
Possui sua história, afinal, tudo que possui uma história carrega suas marcas, as cicatrizes e as feridas do passado que muitas vezes ainda não estão coaguladas.
Essas feridas gangrenam, ardem, machucam e cortam aos poucos o coração do lado de baixo, que com esse isolamento só se enferma cada dia mais.
Pouco a pouco, a cada dia mais, em cada segundo, só se aproxima mais de um abismo, que nunca mais sairá.
E nele, o lado de baixo sempre se encontrará, sozinho, desolado e triste.
Mas esperançoso que um dia as trevas não o cercarão mais, e que um novo capítulo, sua vida proporcionará.
Nele, o lado escuro será lapidado, tomado de luz e adoração. Pela primeira vez será adorado e valorizado como sempre sonhou, nunca mais o irão excluir, isolar e ignorar. E dessa forma, sua vida finalmente vingará aos que o deixaram para baixo, proporcionando felicidade ao lado de baixo, que agora é o brilhante lado de cima.
Viver numa faixa evolutiva mais sutil não significa viver isolado ou renunciar ao trabalho nas demais regiões.
Dentre todos os sentimentos que me cruzam os ouvidos diariamente, a solidão parece ser o mais corrosivo.
A solidão enlouquece.
E há quem diga que nascemos sozinhos.
Ninguém nasce sem uma ajuda de um outro, que lhe carregue no ventre ou que lhe tire de lá. Que lhe corte o cordão umbilical e lhe lance para o mundo.
Ninguém sobrevive aos primeiros anos sozinho.
Me pergunto se essa é a primeira lição da nossa espécie: precisamos uns dos outros, não existe independência absoluta.
Até para sobreviver só, é preciso alguém que lhe ensine como fazer isso.
É por essas e outras que a solidão desnaturaliza a existência.
A solidão é uma ilha, mas não uma ilha qualquer.
Ela destrói quem é feito de carne e osso.
De todas as intervenções possíveis com os meus pacientes, a primeira que me dedico é diminuir a solidão.
"Ah, mas a gente precisa aprender a ficar sozinho"
Claro. Mas a solidão não é sobre não saber estar só, às vezes, a solidão é sobre não saber como dividir a vida com alguém.
É possível sentir solidão em meio a uma casa cheia, junto aos amigos e colegas de trabalho. E eu arriscaria dizer que essa é uma das ilhas mais isoladas: nem a proximidade física é capaz de atravessar as fronteiras.
O mar de sentimentos que rodeia essa ilha é habitado pelo medo, pela insegurança, pela desconfiança, pela baixa autoestima, pela sensação de que qualquer pessoa que se aproxime vai se afogar ou te atacar.
Uma ilha de proteção ilusória.
"A solidão é fera, a solidão devora".
Talvez você esteja só. Talvez você acredite que seja mais seguro aí. Talvez você simplesmente não saiba como sair.
Lembre-se:
Não há resgate sem pedido de ajuda.
A solidão é uma ilha carnívora...
Mas ela não precisa devorar você.
Pandemia dia 754:
Até aqui, desde 16/03/2020, já foram dois anos e seis dias com o corona vírus circulando mundo afora.
Continuamos mascados, mas estamos menos assustados, já que a vacinação, a máscara e o álcool em gel juntos reduziram as fatalidades e as contaminações estão baixando.
Sigo acreditando que este será o último ano!
Com muita Fé em Deus, confiança na ciência e apoiados por autoridades que barram e combatem o negacionismo, movimento que tenta ignorar (soando aliado) do vírus e gratidão a todos que se esforçaram para minimizar o sofrimento das pessoas na pandemia: profissionais de saúde, motoboys, setor de alimentação pronta, supermercado, farmácias.
Agradeço também aos nossos artistas que amenizaram a nossa tristeza com a sua arte.
Quando viajamos em matas abertas de natureza simples, os sentidos mais profundos são os olhos, deixa a mente livre de pensamento, para contemplar o belo da criação, convictamente nos convidará a olhar as chaves mais secretas da mente e interioridade, e nós de mantra da liberdade sentiremos o calor de uma sensação nunca vivida, porque estávamos habituados a seguir o fluxo do barulho da sociedade que atemoriza o projeto da paz.
Quando descobri que tinha o vírus, tive medo do preconceito que enfrentaria. E, infelizmente, isso aconteceu. Eu vi os olhares tortos, ouvi os comentários maldosos e senti o afastamento das pessoas que eu amava. E não foi só uma vez, isso aconteceu muitas vezes.
O preconceito pode ser tão doloroso quanto qualquer doença física. Ele nos faz sentir como se estivéssemos sozinhos, como se ninguém nos quisesse por perto. E isso pode afetar profundamente nossa autoestima e bem-estar emocional. Eu lutei muito para superar o preconceito que enfrentei e, apesar de ainda me incomodar às vezes, eu aprendi a lidar com isso.
Mas o que me preocupa é que o preconceito ainda é uma realidade para muitas pessoas que vivem com o vírus. E isso é injusto e cruel. As pessoas que vivem com o vírus já enfrentam tantos desafios em suas vidas, como lidar com a doença e o tratamento, e não deveriam ter que lidar também com o preconceito.
O preconceito é uma doença social que precisa ser combatida. Precisamos aprender a conviver com as diferenças, a aceitar as pessoas como elas são e a não julgar ninguém pelo que elas têm ou não têm. Todos nós merecemos respeito, amor e compaixão, independentemente de qualquer coisa.
Não se isole, não tenha medo, não se esconda. Eu aprendi que o preconceito e o medo da rejeição são coisas que as pessoas carregam em si, e isso não tem a ver comigo. Eu sou muito mais do que meu diagnóstico, e se alguém não consegue ver isso, o problema é deles. Hoje eu entendo que todas essas pessoas têm algo a temer também, e são elas que precisam de ajuda. Não permita que o medo dos outros te afete, não se deixe abalar pelo preconceito. A vida é muito curta para viver em isolamento e com medo. Seja corajoso, saia da sua zona de conforto e mostre ao mundo quem você realmente é. Acredite em si mesmo e lembre-se de que você é capaz de superar qualquer obstáculo que surgir no seu caminho.
Quando recebi o diagnóstico positivo, uma infinidade de sentimentos me invadiu, e um dos maiores medos que senti foi o medo de ser rejeitado. Eu temia que as pessoas se afastassem de mim, que me julgassem, que tivessem medo de se aproximar e de me tocar. Também tinha medo de perder a minha autonomia, de não poder mais fazer as coisas que eu gostava ou de precisar depender dos outros. Além disso, tinha receio de que a minha vida profissional fosse prejudicada, de que as pessoas não quisessem trabalhar comigo ou de que eu perdesse oportunidades por conta da minha condição de soropositivo. E, por fim, o maior medo que eu senti foi o medo de morrer, de não ter mais tempo para viver os meus sonhos e de deixar as pessoas que eu amo.
Todos esses medos foram difíceis de lidar, mas com o tempo, aprendi que não podia deixar que eles me dominassem. Fui atrás de informações sobre a minha condição, busquei apoio em grupos de ajuda, e fui trabalhando minha autoestima para não me sentir inferiorizado em relação aos outros. Aos poucos, fui me adaptando à nova realidade, e percebi que ainda tinha muitos sonhos a realizar e muitas coisas para viver.
Se você está passando por isso, saiba que é normal sentir medo e insegurança, mas é importante que você busque ajuda e informações para lidar com a situação. Não deixe que o medo te paralise, e lembre-se sempre de que você é capaz de viver uma vida plena e feliz, mesmo com a condição de soropositivo.
"Fora do lugar, eu que sabia, em mim, alguma coisa tinha. Eu, de erros, era inimagináveis somas."
(19/03/2014)
"Quanto mais ela pensava em esquecer, mais se lembrava." - Um Dia de Chuva, conto de Contrônicas: Histórias Amorfas de Quarentena (CHADQ).
"Nesses tempos de incompletude, não pode faltar o que mais importa: o olhar." Contrônicas: Histórias Amorfas de Quarentena (CHADQ)
"Esse azul infinito quero para mim. As janelas acesas são como estrelas terrestres." Contrônicas: Histórias Amorfas de Quarentena (CHADQ)
"O horizonte fica logo ali, entre o pensamento, o desejo e o realizar." Contrônicas: Histórias Amorfas de Quarentena (CHADQ)
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