Invisível
Há momentos que precisamos buscar nosso "Eu" bem dentro de nós mesmo, lá, bem lá no fundo, existe, além da esperança, a Fé na existência suprema pulsando, impulsionando nosso invisível á acreditar em um novo recomeço.
Ao invés de vírgulas, há pontos finais
O meio terminado no final
Um ciclo vicioso de que nunca parei
No enredo, o desfecho está fora de cogitação
O hoje está programado
E o amanhã não foi mudado
As dúvidas permaneceram
E o desejo de mudar? Esvaneceu
A coragem calou-se e ao medo entregou-se
Não existe nada mais plausível a ser invisível.
Somos histórias
Me sinto como esta casa grande
de janelas pequenas, pintada com
tinta velha e sem muita beleza
onde só o próprio dono de bom
coração se agrada.
Mas o que isso importa?
Se todos os dias pessoas veem e
pessoas vão; Sou invisível para os novos,
esquecido na memória dos velhos
sou história contada quando lembrada
DEUS é como uma onda sonora, nós nunca a veremos, mas ela sempre estará lá, nos trazendo música; da mesma forma Deus, "ninguém jamais viu a DEUS", mas ele sempre estará aqui, nos trazendo a Vida.
É bem verdade amados, que a arte expressa o universo em sua mais nobre constituição... Energia e Luz, cores e tons, sons e musicalidade, ação e movimento... O "invisível" é fonte de inspiração, de beleza e de graça... Quando optamos por viver, guiados exclusivamente pelos olhos da frágil matéria, fragmentamos ou diluímos a essência de toda a poesia, de toda a genialidade ou de toda sensível atmosfera que nos conduz à Deus...O verdadeiro artista não carece de "olhos", ele é capaz de enxergar o invisível, por si só, pela simples razão de senti-lo e vive-lo...
É tempo de Lua crescente, importa que a lua cresça e eu diminua. Porque na lua cheia, entro em eclipse, usufruto de ser invisível.
Noite sem lua. Nuvens, relâmpagos e coisas q a gente não vê: O vento q passa entre os pingos da chuva...
E se você pudesse o matar, você o mataria?
Aquele que te persegue à noite,
aquele que faz sempre dia,
que rompe a tempestade
e torna tudo calmaria.
Aquele que te destrói enquanto te deitas,
só para dizer que te constrói
quando te rejeita.
Ele é o grande medo,
ele está em todo lugar
seja tarde ou cedo,
pronto para te arruinar.
Ele é o que é,
faz o que faz,
o inimigo invisível,
o devorador voraz,
e não é hoje,
nem amanhã
que você vai se recuperar
do que ele te fez,
do que ele te traz.
Ele mora com você,
mora comigo também,
ele vai mas sempre volta,
ele está com você
quando pensas não ter mais ninguém.
Ele se banha em vermelho,
vive no espelho,
e sim, ele é.
Por mais sensata que a questão seja, é aceitável a razão das ideias consideradas ignorantes no sistema atual que se dispõe, pois sem elas e somente com elas, se faz reflexões lógicas sobre a guerra invisível que paira sobre a sociedade do Século XXI.
Escarnar a carne
que cobre a alma
em busca daquilo que nos cure
de íntimos sofrimentos:
desilusão, angústia, ansiedade, melancolia, quer mais?
quero sumir...
essa dor que a olho nú é invisível
que não é palpável.
E não a encontraremos,
pois perdido ficou na imensidão do ser
e dilacera a carne que nos aquece a alma
e que ao pó da terra retornará.
Quanta gente querendo ser gente
Sendo imperfeito e falho...
Mais o necessário eu sei,
O essencial é invisível aos olhos.
Devemos ser como uma fonte que está constantemente se esvaziando de tudo o que possui, e sendo permanentemente suprida por uma fonte invisível. Dar continuamente para o bem de nossos semelhantes, sem temer a pobreza e confiantes na infalível generosidade da Fonte de toda riqueza e todo bem eis o segredo do bem viver.”
Jesus falou aos discípulos que o Reino de Deus estava dentro de nós. E São João Crisóstomo nos diz que se encontrarmos a porta de nosso coração teremos acesso a esse Reino proclamado por Jesus:
Gosto do temas portas. Há tantas! Há a porta da cidade saudando os visitantes e controlando os assaltantes. Há a do quarto do avô que não pôde ficar para que tenha silêncio para dormir. Há a porta de nossas casas pelas quais passam aqueles que estimamos e vêm se assentar à nossa mesa parar partilhar conosco uma refeição. Sim, há a porta de nosso coração, porta invisível, nem de madeira nem de bronze, mas uma entrada da qual somente nós temos a chave. O coração é esse espaço não material que existe em nós, é nossa intimidade, nossa interioridade. Lá, nessas profundezas, somos nós mesmos. Lá brota nosso eu mais verdadeiro. Se encontramos a porta do coração poderemos construir com Jesus o Reino de Deus, reino dos simples e dos generosos, reino do perdão e da construção da unidade. Quando achamos meios e modos de entrar no nosso mistério o mundo começa a mudar.
Frei Almir Ribeiro Guimarães
Sem lugar, solitários e invisíveis...
Idosos nos ensinam que não merecem ser esquecidos, possuem e nos oferecem generosamente a totalidade de seus saberes, contudo, em sua maioria, perecem silenciosamente em vida.
Nossa sociedade é impiedosa e cruel para com os idosos anônimos, sem imagem, sem cor, sem identidade, sem lugar e sem memória.
Experiências e ensinamentos dos idosos, disponíveis e inaudíveis, nos permitem olhar para o espelho de quem somos e dos nossos medos de como não gostaríamos de terminar esta vida, solitários e invisíveis.
Somos todos indiferentes,
invisíveis uns para os outros,
mas fingimos não ser,
pois a solidão fere tão profundamente
a alma
que preferimos mentir para nós mesmos
à ter que encara-la.
Criamos o costume de nos autossabotar com cabrestos invisíveis e dedicar toda a vida em torno algo que imaginamos ter relevância para nossa felicidade, quando, no acerto de contas, pufff… não conseguimos realizar absolutamente nada do que foi planejado assim que a cabeça encostou no travesseiro.