Invisível
INVISÍVEL DOR
Cadê você, invisível dor?! Te procuro dentro de mim, mas não te acho!.
Cadê você?! Covarde! Apareça!
Aqui é conversa franca!
Ali a porta!, Pegue seu rumo!, vá embora!. Aqui não é o seu lugar!.
Amor que se inicia num singelo e rápido olhar.
Num encontro invisível, mas palpável das almas.
Tão palpável que precisamos de toques.
Toques que inflamam e geram a vida.
Se os toques cessam!!! Como o amor sobrevive?
O amor não é somente toque, mas é através do toque que se gera a confiança, a cumplicidade.
Essa chama acesa edifica a amizade, esse toque gera o cuidado.
O amor cansa sim, cuidar, ser responsável por alguém cansa.
Mas com o toque é prazeroso.
Caso cesse:
Quando cansamos, necessitamos de tempo para curar, reorganizar, se ajustar
Dê tempo ao tempo .
Volte aos toques, aos olhares.
Cuide do velho amor.
Ou se prepare para o cansaço de um novo amor....
Cabe a você decidir.
O Invisível
O invisível sentimento de impotência
Carência, demência, sub-existência
Gosto amargo na boca, pena e dó
Que coça a garganta, corda e nó
O invisível está lhe observando
Abençoando, julgando e devorando
Eviscerado no conforto da nostalgia
No deja-vu singular d´outro dia
O invisível é a mascara do doente
Quente, indiferente, inconsequente
Asfixiado na verdade ou na mentira
É a hora do óbito que alimenta planilha
O invisível no caos da sua vida é pressão
Ação, reação, frustração e obsessão
Na sua partida inesperada e imprevisível
Aponto meu olhos para você, O invisível
Guerra invisível
"Foi declarada guerra mundial ao indizível, ao imponderável, ao terrível coronavírus.
Estamos em guerra contra um inimigo invisível, que segue invencível do lado de lá do front.
E de nada adianta o nosso poderio bélico, econômico, político, diplomático...
Se estamos em guerra contra um inimigo tão insensível, que cada vez mais forte, segue a nos espreitar nas ruas e esquinas.
Imprevisível vírus que acomete o mundo e impiedoso assalta os nossos corpos impondo o pavor e o medo a todos sem distinção.
De nada adianta nossa arrogância, prepotência alguma ou soberba.
A guerra é global. Precisamos nos unir e reagiar, agora é a hora de lavarmos as mãos.
Estamos perdendo essa guerra nas ruas, nos mercados, nos bares, nos restaurantes, nas fábricas...
E tudo isso por causa da nossa inconsequência e teimosia.
Precisamos nos abrigar em casa, longe das pessoas que amamos.
Precisamos adotar técnicas elaboradas de autopreservação e depreender de todos os cuidados de higiene por mais primários que pareçam.
Nada de apertos de mãos e abraços calorosos ou beijos e caricias aos domingos em fins de tarde.
As nossas bombas atômicas e mísseis intercontinentais não adiantam de nada agora contra inimigo tão poderoso, que zomba de nossa cara e voa abaixo do radar, fora de nosso alcance.
Continuamos em guerra e a procura da cura para o mal que nos assola. Não chore! Não chora.
Talvez devêssemos lançar uma contraofensiva biológica ou um ataque químico... Ou quem sabe uma vacina criada a partir da inversão do vírus, ou alguma espécie de antídoto que reverta o feitiço contra o feiticeiro... Um cavalo de troia com longa e esvoaçante crina negra, imbatível, imprevisível e sorrateiro feito a peste grega.
Estamos em guerra... Por isso, se abrigue e aguarde a poeira abaixar.
O tempo é senhor de tudo e em breve cuidará de por cada coisa em seu lugar.
Preserve-se e sobreviva, fique em casa e cuide de si mesmo e de sua família.
Estamos em guerra contra um inimigo invisível que apesar de aparentemente invencível, não tarda a quedar".
A fé é a escolha graciosa de Deus à vocação em assumir o invisível diante do real visível no serviço do anúncio das promessas do Evangelho de Jesus.
A mulher trás em si além de uma boa companhia e o cuidado, vem átona o que é invisível ao visível o fruto de um grande espírito nas sementes dos pequenos homens.
Todos os dias são os dias delas❤
Liberdade condicionada🌻🌻🌻
Do meio do nada, um temido vírus invisível, vai colocando as coisas lugar;
Destoando outras como uma orquestra desafinada.
A natureza que pedia socorro,
Teve um tempo de trégua;
As pessoas que corriam desesperadas, ficaram em casa, prisioneiras do medo;
Os laços familiares antes rompidos fortaleceram-se pelo convívio diário;
Conversas frente a frente, são canceladas;
A internet que ligavam pessoas solitárias, unem pessoas em salas virtuais;
Sonhos planejados são prorrogados;
A solidariedade torne-se comum;
Suaves perfumes, trocados por álcool em gel;
A pandemia política é disseminada
Causando alvoroço e discórdia;
Até as igrejas, lugar de adoração e encontros fecham as portas, colocando em xeque a fé;
Ruas vazias, comércios paralisados;
A solidão faz companhia às praças e bares. O isolando social é ordem;
Nas escolas, o grito eufórico das crianças torna-se um lugar ultrassilencioso;
Somente uma coisa prevalece em meio ao caos: O amor!
Amor sentido no coração
Sem contatos, nem toque de mãos
E os abraços? - só com o coração.
Aquele abraço que afaga a alma
passa ser expresso com os olhos.
Nunca se falou tão profundamente pelo olhar, já que o sorriso foi vetado por máscaras;
Os idosos foram guardados em uma redoma. Se antes o direito era pouco, agora quase nada;
Os profissionais da saúde se tornaram heróis da resistência,
tentando aplacar a fúria do inimigo oculto. Uma corrida contra o tempo...
Cientistas se desdobraram para encontrar a cura.
Um vírus que colocou em pé de igualdade, dentro de valas comuns, nobres e plebeus.
Vai passar!
E quando tudo isso passar
Que tenhamos aprendido que um abraço cura feridas da alma;
Que um sorriso destampado diz muito;
Que a liberdade é o bem mais precioso da vida;
Que a pandemia ensinou valores, não preços;
Enquanto isso ficaremos de castigo
Esperando que o pai nos tire do cantinho do pensamento!
Por Marta Souza Ramos
Um inimigo invisível que todos acreditam, e que colocou todos para temerem, todos para se isolarem, todos para tomarem as devidas precauções, mesmo sendo invisível causou e está causando espanto e medo.
Muitos desacreditam de Deus, porque ele é invisível, muitos debocham de Deus porque ele é invisível, muitos não tomam as precauções necessárias que ele recomendou, porque ele é invisível.
Interessante não é? Um inimigo invisível todos acreditam, mas um amigo invisível nem todos acreditam.
Ando surdo para leituras e calado para declamações, mas desenho ao vento e no seu invisível crio um poema a vácuo.
É quarentena e um vírus voa lá fora, invisível! O mundo parou em 2020. Muitas frases de efeito filosóficas já circulavam pelas redes sociais antes disso, mas agora, as pessoas procuram compartilhar aquelas que propõem profundas reflexões e mudanças: nos outros.
Estamos sempre esperando que o mundo ao nosso redor fique perfeito mas não mudamos a nossa própria estrada torta.
Vivemos em trilhas improvisadas a benefício do imediato, do bem viver hedonista, da aparente vida perfeita separada pelas traças que mantemos por trás das cortinas que encobrem a nossa intimidade, a nossa verdade tão necessitada de reparos pessoais.
A asas da tecnologia nos permitem alcançar janelas espirituais e culturais com fortes apelos à transformações mas eu não sei se o ser humano está acordado ou vive em sonambulismo profundo. Talvez estamos recebendo apenas mais uma pressão a um sono turbulento que vivemos.
O que precisamos mesmo neste momento é acordar. Ninguém consegue realizar coisa alguma em sono profundo. Como poderíamos promover mudanças de qualidade?
Acordar torna-se neste século o ponto de partida. Inibir os passos que seguem as multidões em manadas de fúria, embaladas pelo vazio.
Acordemos!
Depois, quem sabe, conseguiremos alcançar alguma racionalidade.
Não se pode ver
O fim é invisível
Ele está presente
Mas não se houve
Muito menos se vê.
O fim está nos gestos
Está nos beijos
E também nos abraços.
O fim está no cotidiano
No que não se sente
Naquilo que causa desprezo
E no que causa ânsia.
O fim está no corpo adormecido
Na falta da vontade
Na falta do desejo
Do que quer a carne.
O fim está presente
Basta olhar ao redor
E nada enxergar
Sentir-se ausente.
Fora do ar
Fora de si
Não entender o não
Muito menos o sim.