Inverso
Contramão do mundo, fluxo inverso
A inveja cresce na medida do sucesso,
Eu sou consciente que eu não sou nenhum exemplo
Mais quem usa a mente ganha a vida no momento.
Oculta mundo
o sociável perde-se
por mais que se pense o inverso
a única coisa que um humano precisa
se perdeu
como isso aconteceu?
como deixaram acontecer?
porém no singular momento
isto não passa de um paradoxo
já que
a sociedade está aí
e as pessoas se falam mais
a comunicação não é o que o ser humano precisa de base
isto chamamos de decadência cerebral
porém nunca estivemos tão informados
ou apenas as informaçoes estão mais dispostas
mas isso não diz o que somos
apenas oculta
Casa de vidro.
Poderia ser assim, um inicio ao inverso pra trazer você pra mim, sofrer primeiro, amar depois, aprender agora e viver tranquilo.
Somos como uma casa de vidro, de paredes transparentes que parecem deixar quem olha nos tocar, um leve toque torna nos faz estremecer e até trincar.
Bom seria ensinar o imperfeito que suas cicatrizes eu vou curar, masagear a alma com minhas lágrimas e tocar o coração com meu sorriso.
Invertendo o tempo, trazendo ao topo do mundo o meu sentimento, até chegar a adolescencia onde as paixões não doem tanto.
Mais vale ser um Plebeu desprovido de beleza, e não negar a volúpia, que ser o inverso.
Mas se é belo rico educado e ardente de volúpia...
Cuidado que isso só pode ser FAKE.
O reverso do inverso
Você por muitas vezes me fazia esquecer do mundo, do que existia lá fora, agora o mundo não me faz esquecer que tudo lá fora me lembra você
A não-poesia nos versos
Versos as avessas
ao contrário do inverso
as avessas do contrário
versos!
Desconformes
anárquicos
inquietos
postos nos versos das folhas.
Versos parvos
parvos versos
escritos...
Impressos!
Versos
e universos inteiros,
nos poemas - partidos ao meio -
tomados de emoção.
Versos
e segundos inteiros
lançados ao ar,
feito estrelas à imensidão.
Regresso da lua e da pena
alquimia de tinta e papel
versos esculpidos um a um
odisseia num mar de escrevinhação.
vozes
e silêncios inteiros,
acomodados em um súbito rompante
da mais pura inquietação.
Mundo torto,desconcertado
mostra-me um lado nunca pensado,
O lado inverso do que é certo
envolve-me em mudanças que agora expresso
Tanto de meu estado me acho incerto
não sei se sou o que sou
por tão diferente, contente estou
é por isso que vou
ao sentido de ser muito mais aquilo que sou
só porque não sou
entre os muitos que somos
Mais penso e insisto em saber
o que separa o ser
do que deveria ter sido
pensamentos nunca vividos
mostra-me caminhos
caminhos loucos
até supostos
do desejo de ser o que vivi
transforma-me no que um dia quis
sem medo de ser feliz.
Talvez se o existir for o inverso da imaginação para seu próprio escrever;
Não apenas um reflexo, mas o talento da alma indagando ao coração pelo inesperado e a invenção;
Versos que transbordam o meu interior por alguma fatalidade, gritam em silêncio o timbre do meu próprio eu;
Sou eu, sou versos poéticos e o que me vê para justificar a satisfação;
Aprendi que desamor é retrocesso
o inverso culmina para a frente
quando penso que amor é coisa nova
que busco nas gastas velharias.
O carinho acalma, desarma, tranquiliza, paralisa e faz dormir
A aspereza promove o inverso.
Ambos são benéficos em doses homeopáticas.
DUALIDADE
Mergulhado no universo
Sigo o caminho inverso
Ao que iria por instinto
Ao ver seu olhar perverso
As rosas com seus espinhos
Nos mostram que há caminhos
Em que as vezes grande beleza
Também pode nos ferir
A erva que cura, mata
A água que lava, suja
A vida pode ser grata
Ou se fazer muito injusta
Depende de como vê
Qual é o ponto de vista
Experimentar o viver
Ou passar como uma faísca
O soneto que hoje fiz foi escrito
D'uma forma correta, d'um modo inverso
Sei que morro no final de cada verso
Para enfim renascer no infinito.
Infinito este no qual ecoa o meu grito
Nos confins do meu pequeno universo
Onde comigo falo, me contradigo,me desconverso
No mesmo instante que sou feliz,estou aflito!.
Travo um diálogo mudo entre lucidez e loucura
No mundo claro da minha sala escura
Onde cansado de não correr eu me deito.
Tateando na cegueira a minha mão procura
Achar o teu semblante, a tua figura
Para dormir o sono do amor no teu peito