Inverno
Genuíno deslumbramento, um deleite inegável diante do poder do seu encanto, o refulgir admirável de um amor intenso, de um semblante charmoso, vitalidade expressada em cada movimento, suavidade pelo corpo, bela arte de renascimento, a folhagem que se renova após o outono, paixão num tom vermelho, um fogo impetuoso, que não se apaga, que se destaca mesmo durante o inverno, logo, natureza rara, oriunda de um precioso universo, que com maestria, reúne ternura e atrevimento, respeito e curvas, essencialidade e fortes sentimentos, superfície e profundidade, venustidade sublime, abençoada integridade.
Falta menos de um beijo
mas falta tanto, que nem sei
entretanto, se um dia der certo
amém
se não der
amém também
Deus sabe o que faz
e desfaz...
TELEGRAMA DE SÃO PEDRO
.
Esta chuva que não vem
Já me deixa impaciente
Eu vou falar pra São Pedro
Que aqui está muito quente
Abra a torneira do céu
Deixe jorrar água ao léu
Não tem cristão que aguente!
°°°°°
Telegrama de São Pedro:
condição primeira e única pt
cuidar da natureza pt
abrirei torneira pt
após cumprida condição pt
GRATIDÃO!
.
Mais uma chuva "dasBoa"
Caindo no meu torrão.
Temos quiabo, maxixe,
Tomate, milho e feijão!
São Pedro abriu a comporta
Água que nos conforta
Só nos resta gratidão!
Não, não minta pra si mesma, agora
Sei que não me esqueceu e isso te apavoras
Sou um homem solitário no deserto
Olhando pro horizonte, rezando pra chuva chegar
Em um belo dia de sol, na correria do dia a dia, peguei um trem, os pensamentos voaram em trilhos, percorreram as estações. Um turbilhão de pensamentos começou a se passar em minha cabeça, sentimentos a mil, coração pulsando acelerado.
Passavam-se as estações, a locomotiva estava a todo vapor. Todo mundo com pressa de chegar ao destino. Pessoas entreolhavam-se vagamente, friamente. Haviam também as belas e singelas emoções e demonstrações de afetos... olhares que se viam, sobrancelhas que se arqueavam, sorrisos marotos e, por vezes, piscadelas como se fosse um convite a olhar a dimensão do outro.
O trem parava a cada estação
Pessoas desciam
Pessoas subiam
O baile dos trilhos continuava sem sessar.
A cada estação, uma história
A cada estação, novas pessoas
A cada estação, um novo destino
A cada estação, uma inspiração.
Me permiti a olhar para os rostos, os semblantes que ali estavam, eles falavam impetuosamente sem dizer uma palavra se quer. Percebi que muitos queriam um amor de verão a cada estação, onde amores se vem e vão a cada vagão. Aprendi que um amor de verão não seria o suficiente para uma estadia mais longa nesta estação. A locomotiva continuou a trilhar...
Percebi, ainda, que alguns queriam um amor que pudessem estacionar, um amor de estação, a qual a estadia fosse leve e sólida. Aprendi que um amor de estação iria permanecer ali, mesmo com o passar dos verões a cada estação, embora muitos trens passassem com os seus transeuntes frios e distantes.
Presenciei tudo isso e cheguei a uma conclusão: para aquém dos amores de verão a cada estação, quero continuar pensando que o amor onde eu possa estacionar, seja trilhado pelo afeto, tão livre e leve quanto a fumaça da locomotiva que baila no ar.
E sim, eu estava lá, a todo vapor!
E desde aquele dia, fechada a porta do amor, ancorada a esperança do retorno, nunca mais viu-se falar sobre o calor desconcertante do verão, reinou o inverno.
Meu amor e as estações
A primavera vai terminando, mas meu amor por você continuará a florescer.
No verão, eu nem me resseco, pois encontrei um jardim que é você.
E tua luz, teu carinho e teus beijos me farão crescer todos os dias.
Se no outono, juntos, agente chegar, é no teu colo que irei repousar e no inverno não sentirei frio, pois ainda estarei com você, assim como o peixe permanece no mesmo rio.
Semblante charmoso, espírito entusiasmado, um radiante sorriso, cachos estonteantes, pele suave e iluminada, arte interessante de cor intensa, fogosidade demasiada, alegria contagiante que se manifesta com muita sinceridade, bem vinda como a primavera, uma lareira durante o inverno, a bonança depois da tempestade, o amor quando é verdadeiro, a veemência presente na simplicidade, beijos certeiros, correspondidos com vontade, uma relevância que vai além de um mero desejo, contendo o sabor deleitante da reciprocidade.
Que assim como as flores não nos falte força para florir novamente, quando os invernos da vida nos derrubar todas as folhas.
Assim como chocolate com pimenta, a percepção é notavelmente subjetiva. Um exemplo claro disso é a estação do inverno, que para algumas pessoas representa um verdadeiro inferno, enquanto para outras é uma inversão de valores, oportunidade de cenários, vivências e amores.
Na imensidão desse mar ouço da areia as ondas a suas melodias cantar. Sinto a brisa fria , o vento soprar que o outono ao ir e o inverno a chegar.
Estação do frio chegando vagarosamente,
Mostrando que sempre teremos dias iguais as estações..
Mesmo passando pelos dias frios, chegará o tempo de florir.
Liddy Viana.🌻✍️
A chuvinha inspira trova
assim bem pequenina
e a paisagem se renova
logo terá frio e neblina
Tudo se aquieta um instante
a ouvir o leve tamborilar
das gotinhas insistentes
no telhado a musicar
Nada é mais relaxante
do que esta fina melodia
a natureza compõe sonante
no palco de mais um dia
Solo de sax, noiteem pleno estio,
a melodia enche os ares
e o coração se aquece do frio
Nas paisagens, a lua deixa marcas
de uma luminosidade esmaecida,
invernando por todas as plagas,
e continua a vida...
Enquanto homens lutam bravamente nos campos, pelos motivos nobres ou mesquinhos, seja com sabres a cavalo, ou com rifles sob a cobertura de tanques; as forças da natureza podem se mostrar o pior dos inimigos. Na Segunda Grande Guerra as batalhas no front oriental registraram -40 graus celsius.
Amizade Remanescente
O início de uma amizade é como estrelas,
Sempre brilhantes, até que uma explosão aconteça.
O fim, infelizmente é inevitável,
Com você, ele sempre foi as caravelas
Destruídas pelo mar
De nossos pensamentos,
Que não podíamos evitar de pensar.
E no fim do dia fracassado,
Quando o Sol não é mais quente
Você se pergunta “O que aconteceria,
Se os egoísmos do passado
Não tivessem afetado o nosso presente?”
Que se tornou algo amassado,
Pelos erros da nossa amizade poluente.
A epifania que foi a nossa amizade,
Era algo incrível, como o Sol ardente.
É triste pensar que aquele sentimento
É apenas algo remanescente.
Em pedaços, o que restou foi nojento
E eu sinto culpa, por ter insistido tanto,
Em algo, que não tinha conhecimento.
Eu pretendia ser para sempre o Sol,
Mas agora permaneço
Em um inverno escuro onde enlouqueço.
Sem nem um mísero cachecol
Para aquecer a minha alma,
Que permanecerá solitária,
Até o fim das galáxias e dias, além de noites arredias.
Agora, na beira do precipício, eu te imploro por um motivo
Para continuar lutando por essa amizade
Que mais parece um exílio.
Se esse for o tipo de amizade que você deseja,
Eu vou apenas correr, e me libertar
Antes que eu vire algo
Que ninguém almeja conquistar.
Solidão das madrugadas
O silêncio da madrugada desperta
Imaginações, aflora pensamentos bons
A calmaria profunda me seduz a sabedoria
A paz me faz adormecer suavemente
Assim, plenamente iluminado
Mergulhado nas profundezas da solidão
Na frieza dos dias de inverno
Quando o verão foi embora, senti que os dias ficaram mais frios que o normal. Antes eu reclamava do calor, do suor excessivo que descia pelo meu rosto, mas agora, não sinto meus dedos; como se estivessem congelados…
Quando o verão foi embora e os dias frios chegaram, eu só me pegava pensando em uma coisa “queria que o verão voltasse”.
Dias frios são bons, saber que não vou suar, ou deitar na cama agoniada de calor, mas tudo que mais quero agora é sentir o sol tocando levemente meu corpo.
Nesse inverno me sinto sozinha. Mas é bom para pensar que talvez o calor não me fizera tão bem. Porém almejo que ele volte, para iluminar e descongelar o que em mim, já não se mexe mais…