Inverno
O inverno mais frio,a mais distante galaxia,a mais aspera palavra ou até mesmo a mais terrivel perca.Esses não são sulficientes à abalar um coração sonhador
Foi na época em que começou o inverno, aquela tarde que conversávamos sobre nossa primeira conversa, eu me vesti com aquela tua blusa e teu cheiro ainda estava nela.
Naquele dia, enquando tu tomavas teu café, tocou no rádio aquela canção, então você sorriu e disse que era exatamente a música que te fazias lembrar de mim... lembras?
"Esse frio me lembra a beleza do perfume daquela música, que falava sobre o gosto da saudade... "
Nem o tempo, a interpretação ou as palavras
mudarão o que isso significa
Quando inverno Chegar e você
Vier me Aconchegar, quando a Lua
Aparecer eu quero estar com você
Pois tu és e sempre será o amor
da minha Vida.
13 de Junho
Ao leve frio do inverno em cor
Noite bela que clara incendeia
A dois um encontro se pôs a compor
A deslumbrante magia da lua cheia
Um vinho tinto e o leve ardor
Nossas histórias, nossos relatos
Recende em brasa a pele em flor
Inocente talvez - Incerto de fato
Tênue barreira dentre teus lábios
Em despedida a pôr-se afora
Retraídos em nosso temor
Firmou-se claro num beijo roubado
O principio de nossa história
O nascer do nosso amor
SETEMBRO DE 83
O inverno passou.
Finalmente setembro chegou
e o mundo parou apenas para ouvir a magia
ocasionada pela melodia de 83.
Eu me lembro que naquela manhã,
setembro, a primavera chegou sorrindo,
avistou, no despertar do dia,
o amor de uma mãe que concebia
aquele que seria a sua eterna melodia.
A primavera passou,
mas a melodia ficou
e encantou todas as demais estações,
provocou em todas elas as mais latentes emoções.
Depois de setembro de 1983
os pássaros já não mais se assustavam com os raios do sol,
com as tempestades de final da tarde
ocasionadas pelo fervor do verão,
apenas seguiam a canção.
Os pássaros já mais nada viam,
apenas voavam pelos céus encantados pela melodia,
pela sinfonia,
pela magia de setembro de 83.
As cores das flores no outono se modificaram
depois daquele setembro.
Os girasois refletiam pontos de sol no horizonte.
As Orquídeas brancas
pareciam pombas presas ao solo.
As rosas vermelhas eram como corações ardentes de paixão.
O verde das folhas tinha a mesma forma das gotas de orvalho.
O canteiro de Tulipas amarelas, vermelhas e liláses
formava um arco Iris fincado à terra.
O outono passou,
o inverno chegou,
mas a sinfonia de setembro ficou e aqueceu aquela mãe
que sorrindo alimentava a melodia
que para sempre seria o seu grande esplendor.
A primavera voltou,
setembro retornou com ela,
mas desta vez algo havia mudado,
sim havia,
ocorre que a melodia havia se apaixonado pela fantasia,
razão pela qual partiu e ninguém viu.
O mundo inteiro então se espantou
e em prantos se calou,
pois ninguém,
nem mesmo o vento cantou,
infelizmente a Melodia jamais voltou.
A primavera então ordenou que setembro
voltasse a reproduzir aquela canção,
mas o que a estação não sabia
é que nem mesmo o tempo,
quem derá setembro conseguiria reproduzir a melodia,
que nasceu daquela mãe, naquela manhã, no dia 01 de setembro .
O coração deve estar preparado para as quatro estações: OUTONO (preparar), INVERNO (esperar), PRIMAVERA (florescer) e VERÃO (colher)... Somente assim se pode viver o verdadeiro AMOR.
Com o cair das folhas no outono, a resistencia dos vegetais são provados no inverno, e logo na primavera, a beleza da superação é mostrada em suas flores.
“Era um lindo dia, estava calor lá fora, mais entre nos dois os dias eram de inverno, estava tudo parado e eu odiava saber que 80% da culpa era minha. A sua frieza muitas vezes me congela e eu não sei como mudar isso”
Deixe-me amar cada vez mais
Quando o inverno chegar, vou lhe procurar,
Pra cantar as alegrias do nosso bem estar,
Ao lado da tua aclarada silhueta maravilhosa,
Sei que ficarás ociosa pra amarmos até cansar.
Naquele tempo frio, coladinho no teu corpo,
Sem contorno, abraçar-te-ei até no pescoço,
Fazendo trajeto sem pensar em qualquer objeto,
Eu fico ereto, abrangendo-te com tantos afetos.
A chuva cairá de mansinho em nosso telhado,
Todo espelhado com o meu coração prateado,
De tantas emoções que jorrarão espalhados,
No limiar das goteiras que fazem o meu meado.
Eu quero te ver mulher donzela, pois, ela é só pra mim,
É toda assim, uma bela que não tem sequer um fim,
Até parece o fundo do universo em meus frágeis versos,
Que adormecem em profundos beijos feitos de jasmim.
Eu te quero completa na minha eterna alma exigente,
E por aí vai contente com o balançar dos lindos cabelos
Afogando o meu pensamento que voa tranquilamente,
E quando o inverno chegar saiba que eu vou lhe procurar,
Pra ficarmos unidos e deixar rolar essa feição que vou dar.
Sertanejo
Saiu ao terreiro sinto no rosto o vento.
O calor é grande o inverno não veio.
O feijão, o milho tudo estar se perdendo no tempo
Tudo parece ferver o bicho esta feio.
O gado agoniza a vida morre.
O desespero é completo
Espero que a chuva não demore.
O sertanejo esta inquieto.
Lata da água na cabeça.
Crianças de barrigas vazias.
A mãs apelou, rezou mas não veio a recompença.
È muito sofrimento é lamentações a noite é choro de dia.
Uma criança que morre.
Um adulto que foge.
Uma vuva da seca esperando que o marido não demore.
A esperança estar longe.
O açude ferveu.
O sertão é solidão.
A esperança morreu
Mais uma vergonha para a nação.
Vidas Entrelaçadas
A chuvinha fina da esperança
prometia um inverno que nunca chegou.
Plantamos a dourada semente de vida
mas a safra e a colheita não vieram.
Portanto, é melhor dizermos adeus
aqui nesta encruzilhada,
fazer prestação de contas
se é que ficou algum saldo.
Siga seu caminho, seguirei o meu.
Escrevemos nosso livro de lembranças,
podemos fechar o romance
mesmo sem um último capítulo.
Nossa imaginação tinha navegado
através de lagos e oceanos -
agora estamos na beira de um riacho
que parou de correr, falta de ninguém.
Foi tudo tão maravilhoso
quando os sonhos voavam livres.
Felizmente o céu continua azul,
nossas asas ainda pedem mais vento.
Assim, partimos sem rancores,
sem feridas nem cicatrizes.
Levamos corações mais afinados
para dançar outras valsas.
Pelas imutáveis regras do universo,
você continuará a ser parte de mim,
e eu parte de você para sempre
no ciclo de vidas entrelaçadas.
Doce brisa
Doce brisa , minha única companheira nas tardes de inverno...
Suavemente me tocas
E com a cumplicidade de bons amigos que somos
Vamos nós .Apenas eu e você...
Me falas das suas aventuras
Dos amores vividos
Das sensações experimentadas
Porém jamais me falara de saudade...
Ah!Como eu gostaria de não saber falar de saudade!
E como a doce brisa poder te tocar suavemente e imperceptivelmente.
E só então eu poderia dizer
De tudo que já experimentei
De tudo que já vivi
Apenas não sei falar de saudade
A paisagem do inverno também tem sua magia...
... mas os encantos do outono são únicos...
Arquitetura Divina...
Nem o frio do inverno
Diminui o doce, o terno,
Carinho da Natureza,
Que compensa tal rigor
Nos mostrando com amor
Este esplendor de beleza!
ESTAÇÕES
O frio do inverno
Que acalantou minhas angústias
Que tremeu meus gritos
Aproxima-se do fim
Num prenúncio de fluorescência
Essa transição silenciosa
Parece insossa quando percebo que a noto
Vejo o tempo em sua divisões milimétricas
Suporto a dor a cada dia com conforto
Quero senti-la na próxima estação.