Inverno
Espera
Eu nunca compreendi a vida,
esperei pela primavera, verão, outono e inverno.
Esperei por ele, por ela. Esperei por segundos, minutos, horas e até dias, nunca cansei de esperar, sabia que ia passar.
A vida é efêmera, é constante, é contrariedade de um instante.
É alegria, é tristeza de um rosto perdido e tantas vidas, quanto tempo ainda falta para isso acabar? Quantas primaveras irão passar para eu poder compreende-la, a vida, a alma o sossego de teus sonhos, e tantas coisas para sentir, pensar e olhar, mas depois de tantos invernos tudo isso chega ao fim.
independentemente das estações no meu coração o calor é intenso o tempo todo. Quando o inverno chegar eu posso ser o seu abrigo.
Quem é Ela?
Tem o abraço quente como o verão,
Para aquecer os corações em dias de inverno!
Ela veste as cores da primavera,
E seu sorriso, faz cair as folhas da inveja como no outono!
Chuva e sol
Amor e amar
Esse é o meu lugar.
Chuva de inverno
Sol de verão
Você está apaixonado e não sabe, não.
O inverno passou...a prumavera chegou.
Que com ela chegue o renovo e a firme esperança em Cristo jamais se aparte de nossos corações.
Em meio às dificuldades, lembrwmo-nos que em todo o tempo, o Senhor é bom e está no controle de tudo.
Andréa NS Tavares -Dreca
Folha Morta
A manhã de outono, varrida pela ventania, anunciava o inverno que daqui a pouco chegaria, o salgueiro quase desfolhado, um estranho "Ser" parecia, já era tardinha e sua última folha caia.
Outrora verde, macia, agora, sem vida, sem cor, a última folha morta, do salgueiro se despedia, sem destino certo, levada pelos ventos, perdida entre prados e cercanias, uma nova história escreveria.
Nessa viagem que a vida é, nas breves paradas, transformada, muitas coisas viveu, a folha morta, da chuva o besouro protegeu, um casulo em sí, a lagarta teceu, com outras se juntou, o ninho da coruja se formou.
Folha morta largada ao léu, entre a terra e o céu, se fez leito pro viajante errante que sua amante deixou, amanheceu o dia, o vento que nada sabia, pra longe a levou, a folha morta, do salgueiro lembrou.
Nessas andanças, arrastada de lá pra cá, a folha morta seus pedaços, aos poucos perdia, não reclamava, ela sabia que outras vidas servia, lá no fim da tardinha, solitaria, em algum lugar se escondia.
Ela mesmo morta vivia, levada pelos ventos pra casa voltou, debaixo do salgueiro, em mil pedaços se deixou, adubando a terra, o salgueiro alimentou, na sombra frondosa sua história terminou.
Autor
Ademir de O. Lima
Se você não tem nada de "Concreto" para oferecer a alguém neste inverno, ofereça um "Abraço". Porque tudo aquilo que vem de um coração solidário traz luz, que aquece o corpo e protege a vida.
Meu Amor...
O teu sorriso é como um raio de sol
Que atravessando os rigores do inverno
Vem aquecer os recantos mais escondidos
Do meu coração..... Te Amo...
Minha Primavera
Após um inverno duro, a primavera chegou e com ela tudo voltou a florescer, as paisagens formadas pela natureza encantam, uma grande diversidade de flores forma um belo tapete acima do solo, a temperatura ficou mais agradável e os dias agora são de prosperidade.
Você é a minha primavera, quero espalhar pelos quatro cantos do mundo que você chegou e agora a felicidade vai jorrar como aguá de uma fonte que nunca seca.
Não tenho medo, fecho os olhos e confio em ti, ainda que chegue o inverno, me sinto acolhida. Me sinto forte, já me sinto curada, por ti.
Inverno, você me perdoe mas eu não gosto de você.
Sei de sua importância e respeito. Mas é só.
Você traz frio e eu quero calor.
Você trás o recolhimento e eu quero a expansão.
Você me veste e eu quero nudez.
Friozinho gostoso pra ficar na cama, que nada, quero o sol na minha pele.
Passa logo, frio, eu quero calor!
Eles dançaram durante o dia
E noite adentro através da neve que varreu o corredor
Do inverno ao verão, e em seguida, o inverno novamente
Até as muralhas de fato desmoronarem e caírem
SONETO DE INVERNO
Frio, uma taça de vinho, face em rubor
No cerrado ivernado pouco se aquece
Um calor de momento, o vinho oferece
E a alma valesse neste desfrutar maior
Arrepio no corpo, do apego se apetece
Pra esquentar a noite, tornar-se ardor
Acalorando o alento do clima ofensor
Tal é perfeito, também, o afeto tece
E na estação de monocromática cor
De paixões, de misto sabor, aparece
Os mistérios, os desejos, os sentidos
Assim, embolados nas lareiras, o amor
Regado de vontades, no olhar floresce
Pra no solstício de novo serem acolhidos
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Junho de 2016
Cerrado goiano
Adeus junho
Junho, despede-se
Agasalhado no inverno
Vai-se tão terno
Brindado com vinho
Bem de mansinho
Um novo recomeçar
Doce é poder estar
Dádiva da vida a girar
Vivificando a cada manhã
Em um novo amanhã
Adeus junho das festas
Das madrugadas em serestas
Na despedida a evidência
De dia vencidos, reverência
Sai junho, mortulho...
Vem julho...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Junho, 2016
Cerrado goiano
Presente
Os ipês apagam as tristezas do inverno.
Renovam suas cores ao vento.
Desmancham o cinza sem graça e lento
em tons que afagam a tardinha.
Os ipês esbanjam ternura.
Roubam os olhares de quem está triste à toa.
Porque tristeza não foi feita pra gente boa.
Tristeza não foi feita pra ninguém.
Dias nublados de inverno...
O coração parece ficar vazio...
As ruas ficam desertas...
Sem alma por elas...
A vida fica singela...
De poucas cores a aquarela...
Parece que tudo está quieto...
Tudo dormindo...
Sol cochilando...
As nuvens cinzentas completam...
O tempo vagaroso...
Passando...
Dias nublados tem a cor da minha saudade...
E navego em minhas lembranças...
No silêncio que se faz...
As canções dos pássaros não se calam...
Poucos trinados que duelam...
Nem todo silêncio é eterno...
Acredito que ainda tudo possa ser belo...
Dia nublado que parece não ter fim...
A nuvem vai passar...
A Noite vai chegar...
Nova aurora a surgir...
Sol resplandecer...
Tudo voltará a brilhar...
A saudade, em meu peito...
Terminará...
Deus continuará a sussurrar...
Nunca deixou de fazer...
Hoje o dia chora...
Amanhã será sorriso...
Sandro Paschoal Nogueira