Inverno
CHUVA DE INVERNO VEM, HOJE É O SEU DIA,
CAI BEM DEVAGAR PARA REGAR AOS POUCOS O MEU PENSAMENTO,
ESFRIAR SEM MACHUCAR POR DENTRO O MEU SENTIMENTO,
FORTALECER AINDA MAIS O DESPERTAR, PARA AJUDAR A ACABAR COM A DOR DOS NOSSOS IRMÃOS QUE VIVEM NO RELENTO.
Antonio R FEDOSSI-escritor--editora interação.com.br
"Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol."
Me sinto florescer como se fosse várias estações: outono, primavera, verão, inverno e ao fim de cada uma delas me vejo reflorir mais uma vez.
Sou tempo em cada tempo que o tempo me traz!
O inverno chegou
sem deter o relógio aflito que me pulsa
não posso impedir
a tua ordem de despejo
todos os dias escrevi nosso nome na areia
sabendo que a noite o mar viria com carícias
apagar de novo
dou mais um passo
até a aeronave envenenada
que me matará
com seus rojões nas asas
dando adeus a ninguém
tenho no bolso uma carta
pensando nas estrelas que tocaria
nos lobos que me habitam
vendo passar o dia com suas alegrias
enquanto morro de saudade...
Há quem diz, que seu eterno inverno um dia já foi verão. Que suas melancolias, são apenas tristes lembranças de alguém que um dia ousou derreter seu gelo, lembranças de alguém que não ousou ficar. Há quem diz, que seus lamentos não passam de histórias, e que a verdade, nem ela mesmo sabe, ou entende, o que se passa nas suas estações. Há quem diz, que seu mundo é pequeno, resumido em palavras escritas ou pensadas, nunca ditadas. Há quem diz que essa garota pensa. Pensa tanto que esquece de falar, de viver, de se arriscar. Há quem diz que ela já se foi, que nenhuma parte sua lhe resta…Há tanta gente que diz, há tanta gente não diz… Há garotas que são decifráveis… E há garotas como ela. Há garotas como ela. Não mentira. Há garotas, e há ela.
Te vejo às vezes como fria, quase como o frio do inverno, mas na minhas mãos você se derrete toda, quase como aquele verão gostoso que gostamos.
Nossa amizade é assim, como o vento frio do inverno, tem época que está forte, em outras aparece mais fraquinho, trazendo só lembranças da estação gostosa, e por mais que outras três estações passem, esse vento leve passa por elas para manter a pureza e o equilíbrio da natureza e quando o inverno novamente volta, o vento fica cada vez mais forte, se renovando a cada três estações. Por mais que novas amizades surjam, outros rumos tomemos, sempre que nos encontramos é aquele abraço que daremos, porque verdadeiras amizades vão muito além do que presença física, e é nesse vento leve que mando em minhas orações o teu nome. Nesse mesmo vento te mando mil beijos e mil abraços para que nunca se sinta só ou com frio.
Te adoro😊❣
Passos lentos
Aprendi com o tempo
A dar passos mais lentos.
Aproveitar o inverno
De dezembro.
Ter sonhos que não tive
Em novembro.
Aproveitar o sol nascente
E observar o que estava
Em minha frente.
Era apenas mais uma pessoa
Comum, como qualquer outra.
Pelo menos era para ter sido
Se pelo menos meu coração
Dela estivesse esquecido.
O meu tempo nessa poesia
Não seria apenas um desperdício.
Hoje encerra-se o inverno e inicia-se a primavera, o dia em que as pessoas celebram a entrada de uma nova estação. Dita como a mais bela das estações.<br>
Eu e você celebramos a nossa primavera.<br>
As pessoas celebram a beleza das flores, com suas cores e fragrâncias, e eu celebro você, que veio fazer da minha vida uma primavera, para sempre.<br>
Uma primavera que eu jamais pudesse imaginar, com sua amizade, cumplicidade, respeito, carinho e amor.<br>
Sem contar que nem uma flor é tão linda ou terão um perfume agradável.<br>
Mas eu sei, eu sei que chegará o verão, um calor intenso, o calor da paixão, a paixão que eu vivi no dia que eu te vi.<br>
E a cada amanhecer, eu buscarei renovar esse calor, esse calor intenso da paixão. Mas eu sei que haverão dias que esse calor não será da paixão, e quando esse momento chegar prometo com ajuda de Deus lembrar sempre que você é minha primavera, e com isso postarei te ouvir, amar e respeitar,<br>
Eu sei, que chegará o outono, quando as cores já não tem mais brilho, o perfume já não para mais no ar, quando tudo parece que é a mesma rotina: não há brilho no olhar, não há sorrisos estampados nos rostos. Nesse momento eu prometo, com ajuda de Deus lembrar que você é a minha primavera.<br>
Buscarei trazer seu sorriso de volta, olhar no fundo dos seu olhos sabendo que o brilho dos seus olhos são eternos mesmo sabendo que não são externos.<br>
Eu sei que chegará o inverno, quando as flores e as folhas estão secas, não há mais cor onde as noite são frias e longas, quando parece que o frio é tão intenso a ponto de parecer que o nosso calor não é suficiente. Irei te esquentar, te fazer sentir-se o mais confortável possível. Porque eu sei, eu sei que chegará a Primavera novamente. E eu prometo com ajuda de Deus lembrar que você é a minha primavera.
RETRATO DE CURITIBA
Minha amada, gelada, cinza e nublada,
de inverno com o céu azul translúcido,
outros muitos bruscamente escurecidos,
o sol tímido algumas vezes brilha aqui.
Queridinha do vampiro e polaquinha,
do Poty, da Elena Kolody e Leminski.
da “vina”, do“penal” do “piá” e Au Au.
Tem o Pierogi do Tadeu e tem Cini,
a cocada do Bomfati, a rua Teffé.
da Boca Maldita e o chique do Batel.
Sorriso e cores, flores no calçadão
Suas Torres, palácios e casarões.
tem também a feirinha do Poeta.
A Curitiba de natais inesquecíveis,
musicais, teatros, do antigo e do novo.
Aqui tem Gralha Azul, pinheiros, pinhão
Domingo no Tangua, Tingui e no Barigui.
Porque é linda e Santa a Felicidade,
hoje eu te envolvo com meu abraço
Curitiba, é muito bom viver aqui !
Na Primavera de um sonho, no Verão da vida, no Outono de amores ou Inverno de partidas. Dias que passam, memorias que ficam, saudades eternas, feridas vividas, gritos da alma, gemido contido na lágrima de um coração ferido.
AMIGO
É inverno com cobertor,
É verão de sol iluminado,
É outono de fruto maduro
E é primavera de nova era,
Enfim, seja a estação que for,
Amigo é a flor do genuíno amor!
Guria da Poesia Gaúcha
Chuva de inverno,
Chuva de verão,
Sem ti sou terra seca,
Contigo uma flor,
sem ti sou como a erva,
contigo um jardim florido,
Morro contigo,
Morro sem ti,
Partes comigo,
Partes sem mim,
Vibro contigo,
Não vibro sem ti,
Folhas ao vento,
Folhas o chão,
Deito-me contigo,
Deito-me sem ti,
Adormeço contigo,
Adormeço sem ti,
Sou feliz mas...não sem ti.!
Gosto do inverno...
do frio, da chuva,
do vento gelado na cara em dias de sol
de me enrolar nas mantas
de me aninhar num outro corpo quente
da lareira acesa... se a tivesse
Outono da minha vida
Adentrando ao outono da minha vida,
Um paradoxal inverno quente me anima.
E a primavera, florida, faceira e sorridente
Reflete a esperança de um dezembro caloroso,
Com o verão pulsando caloroso em minhas veias.
Com certeza um natal muito feliz
Entre familiares e amigos.
Um “adeus ano velho” ruidoso
Com prazerosos brindes, fortes abraços,
Estalados beijos e furtivas lágrimas.
Mais um Ano Novo repleto de promessas.
Que aventuras viverei em janeiro?
Viagens, estradas, novas paragens.
Fevereiro de olhares, sorrisos e afagos.
Conquistas merecidas, achados fortuitos,
Quiçá novos amores, explosivas paixões,
Prazeres incontáveis, noitadas inesquecíveis.
Assim a vida se renova, até a hora da partida.
Março trará corações dilacerados,
Almas partidas, bilhetes rasgados,
Pulseiras, anéis e colares jogados.
Roupas rotas, tênis gastos,
Revistas dobradas, livros esquecidos.
Enfim, páginas viradas, vidas passando.
Os passos antes largos, agora lentos,
Os olhos lassos, as nuvens altas,
Prolongados suspiros, ais, sussurros.
O tempo escoando entre dedos e frestas,
As ondas do mar lavando lamentos,
Na areia desenhando imagens funestas...
(J.M. Jardim, setembro/2013)
Tinha em si, todas as cores e todas as lãs que, customizavam uma espécie de inverno e tricotava dúzias e dúzias de amor por dia.
Fazia nas costuras, apliques com flores para perfumar ainda mais à liberdade da primavera.
Com agulha e linha, atravessava um novelo e pulava no verão dos outonos e quando se sentia cansada, estendia à colcha de retalhos e fazia piquenique com as sobras e remendos...
Era toda remendada, mas tinha uma alegria bonita de singelos contrastes e estampas que, furtavam só sentimentos bonitos, esses que, de tão bonitos, dá vontade guardar numa caixinha, pra não se perder...
Me sinto fria como uma noite de inverno. Seca como o chão sem a chuva. Não me importo, não tenho reagido. Estou sem forças, sozinha. Tanto dei, hoje não recebo nada. Tanto fiz, agora ninguém faz por mim. Se valeu a pena? Não sei.
Beije-me que aceito e a recebo-lhe para aquecer-me nesse inverno em um pleno delírio da sua sensualidade cultivando o despir da minha intimidade...