Inventar
FEIJÃO COM ARROZ!
Feijão com arroz,
Agora só no pensamento,
Pois, é tempo de carestia,
Esse é meu lamento
Com arroz faço poesia
O arroz leva a melhor.
Vou comer feijão e mocotó
Feijão faça com arroz
Não se misture ao baião de dois
O feijão agora está só.
Feijão faça greve à mesa
Tente se valorizar
O preço do arroz subiu
No mercadinho tá pra matar
Em casa o arroz sumiu
Ele só que faturar
No campo não tem solução
Subiu também o pão
Na mesa vou ter que inventar.
Já devem ter me perguntado um milhão de vezes se vou parar ou não. Eu me divirto inventando coisas. Ninguém quer que eu saia, sabendo que ainda dou conta.
Ela contou que eu continuava a maior inventadeira do mundo. Aí foi aquela crise: o pessoal todo ficou contra mim. Fui dormir na maior fossa de ser criança podendo tão bem ser gente grande. Não era pra eu ter inventado nada; saiu sem querer. Sai sempre sem querer, o que é que eu posso fazer?
Eu quero aquela vida que a gente inventa antes de dormir
Mas, pra dar certo, sei que tenho que acordar tomando atitude
O tempo não me espera só porque quero jogar tudo pro ar
E quase sempre é em desistência que o fracasso se resume
É incrível como nosso cérebro pode criar todo tipo de forma de evitar a verdade. Ainda mais quando há algo que você simplesmente não quer encarar sobre si mesmo ou sobre quem você ama. Nunca nos cansamos de fugir de nós mesmos. Nunca nos cansamos de inventar desculpas.
Ensaio no espelho pra tentar ligar
Invento mil acasos pra te esbarrar por aí
Não sei o que eu faço, eu quero mais
Eu quero mais de ti
Deus é omnipotente; pela sua omnipotência, tudo o que Ele cria nunca se repete. Vejamos : Não existem duas gotas de chuva iguais muito menos impressões digitais iguais. Ele nos fez à Sua imagem e semelhança, mas Ele nos fez únicos. Ao aceitarmos estas individualidades que cada um acarreta, isso poderá nos levar a nos compararmos com ninguém e a não inventarmos ser. Quando tentas ser como outrem, acabas por atrofiar a tua alma e perdes a oportunidade de teres a melhor versão de ti mesmo.
Agora estavam me dando dinheiro para eu sentar e escrever. Eu ficava em dívida com eles. E a dívida era uma coisa invisível que se escondia em meu cérebro. Uma sucessão de imagens inter-relacionadas que deveriam sair da minha imaginação. Aquilo com que eu deveria pagar não existia, não estava em lugar nenhum. Era preciso inventar. Minha moeda de troca era uma série de conexões neuronais que iriam produzindo um sonho diurno, verbal. E se essa máquina narrativa não funcionasse?
É chato sentir que a pessoa te esconde algo.
É chato ficar na expectativa de que ela vai te procurar.
É chato ficar pensando em várias possibilidades e chegar a nenhuma conclusão.
É chato sentir aquela ânsia que te impulsiona para o desejo de querer saber o que aconteceu.
E quando você cria coragem ela diz: não aconteceu nada.
É chato ela continuar a te ignorar.
E agora está lá, com a cara amarrada, como se tivesse certeza.
E não passa de uma vítima da lavagem cerebral.
É chato a facilidade que a pessoa tem de se deixar acreditar sem antes perguntar.
É chato o poder que a pessoa tem de fazer se deixar acreditar a ponto de que a outra nem precise perguntar.
Uma jovem que passou por um monte de coisas ruins está só pela primeira vez. Acabou de terminar com o namorado. Está se sentindo isolada, sozinha... e, talvez, no calor do momento, tenha inventado algo sem pensar direito, para ganhar a atenção de que ela precisava.
Relembrava a vida passada, pensava no presente, mas não sonhava e nem inventava nada para o futuro.
Quando tomei posse da vontade de escrever, vi-me de repente num vácuo. E nesse vácuo não havia quem pudesse me ajudar. Eu tinha que eu mesma me erguer de um nada, tinha eu mesma que me entender, eu mesma inventar por assim dizer a minha verdade.
Continuem inventando e não se desesperem quando a princípio a ideia parecer maluca. Lembrem-se de questionar. Deixem a curiosidade ser sua bússola.
"Não perco tempo tentando me encontrar, gasto minhas energias tentando me renovar, tentando me inventar."
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