Intervalo
O sono é uma bela trégua
na luta e na lida
Muitas vezes uma suave passagem só de ida
para o outro lado da vida
Faz bem em qualquer idade
para os que o tem com qualidade
Nos intervalos de ir e vir
o maior prazer é dormir
o sono é amigo dos que tem sorte
mas os que o perdem e não o encontram
se aproximam da morte
Que significado teve essa descoberta? Na verdade, não apenas naquele exato instante, mas pelas três décadas seguintes, ela representaria pouco mais do que um intervalo idílico em meio a uma longa e tediosa navegação oceânica.
O amor de verdade, que não se importa com as doenças, do tipo que envelhece junto, que faz compras, que divide as contas, discute sobre política e sorri quando o outro faz um som engraçado: esse amor não se compra. Não tem em livros e nem se acha nos cinemas. É o amor que acontece no intervalo entre uma cena bonita e outra, ou depois que sobe o som em uma cena no carro, em um filme. O amor acontece quando não se está gravando, postando, pensando.
O tempo é simplesmente o instante da eternidade onde a glória de DEUS é de tal forma manifestada, que nos cabe olhar para cima e dizer: É tempo de adorar ao SENHOR!
O tempo é o percurso a partir do ponto de partida, um verdadeiro condão entre a atitude e o resultado pelos quais nos ocupamos, podendo redundar estagnado, quando sem propósito, ou transcendentalmente eternizado quando se dá "sentido" a esse intervalo!
O equilíbrio entre o bem e o mal em nós, somos nós mesmos. O que somos entre nossa insuficiência presente e nossa caminhada rumo ao futuro, que guarda consigo mais um pedaço de nós, que é o que buscamos como se fosse o que falta, até que, estando presente no futuro, novamente se sinta incompleto e em uma nova caminhada(busca).
Logo vê-se que não há equilíbrio, pois o mal faz do bem, um ser falsamente alcançável, mostrando falta de equilíbrio entre o "ir" e o "parar".
" O intervalo entre um segundo e o outro."
Sempre vi a vida como um laboratório e a mim mesmo como um aprendiz do grande cientista do universo.
Sempre brinquei de misturar sentimentos e atitudes, os únicos elementos de que dispunha.
Sempre acreditei que a mistura exata de ambos me conduziria à fórmula da cura de todos os males, aquela que a literatura chama de felicidade eterna.
Confesso que algumas vezes acreditei ter chegado à descoberta, mas com o passar do tempo a felicidade foi se dissipando e ficou em mim apenas a sensação de ter voltado ao começo.
Talvez, a felicidade sem intervalos não exista, ou, quem sabe, talvez a felicidade seja o próprio intervalo.
De talvez em talvez eu sigo minha busca sem intervalos, para descobrir, talvez, que a felicidade eterna é o intervalo que começa somente depois do fim.
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