Intervalo
Fecham-se as cortinas,
o teatro dar-se em intervalo,
as máscaras são tiradas,
os personagens mudam seus figurinos
para o novo ato iniciar.
Durante esse intervalo refrescam-se
com as águas geladas assim como o coração de seus personagens,
ou diria assim como os próprios corações.
Alimentam-se do seu ego e,
finalmente, estão prontos a voltar em cena.
O espetáculo retorna para o ato final,
o coadjuvante torna-se ator principal
e começa a escrever sua própria história,
o vilão retorna com cara de inocente,
aproxima-se pacientemente para o bote dar,
a vítima está preparada,
inicia sua ação e finda-se em negação.
A atriz principal livra-se da enrascada,
o vilão fingirá que não fez nada,
o novo principal fica desarmado,
sem poder se defender,
sem poder gritar,
sem poder um socorro pedir,
então cala-se e vai dormir.
Fecham-se as cortinas,
o novo teatro é produzido às surdinas,
só noutro dia saberá como esse teatro se findará.
Mas o spoiler é "o novo ator principal ao acordar irá se vingar".
Os 5 últimos grandes eventos de extinção em massa ocorreram com um intervalo médio de 50 a 100 milhões de anos entre eles.
Em 2024, passaram 66 milhões desde o último evento de extinção em massa terrestre.
Pelos sinais da natureza, está chegando o próximo?
A vida é apenas um intervalo, então aproveito antes de voltar ao verdadeiro jogo do qual desconhecemos.
Quando o morrer
É impossível
É como um intervalo rápido
Quando ela começa a chorar
Você já está de volta
Porque você deixou
Sua marca
Um sinal
Estendido no céu
A sua capa
O seu manto
(Imortal)
É como ir alí e voltar
E por mais que eles escondam
Este corpo
Sob a terra
O imortal nem vê isso!
Ele nem sequer
Vê a corrupção
O que é nesse caso
Uma vida?
Dizem que um gato
Tem 7 vidas
Mas esse imortal
Tem vidas infinitas
O segredo?
Ele vive no sonho
Sua vida na íntegra
É um sonho
Sonho literal
Na vida literal
Imortal
E essa experiência científica
De unir, juntar
A vida física
E a vida do espírito
Me dá esse corpo
Que não pode de fato
Experimentar
A morte
A morte
É a prisão dos injustos
É a prisão dos pecadores
É a prisão dos imperfeitos
Mas os ungidos de Deus
Conhecedores da [verdade]
Em conformidade com ela
São livres
Desse aguilhão
De morte
São brancos como o algodão
Reluzentes como o ouro
E andam descalços
Com pés feitos de cobre
(Polido)
A morte não tem força quanto a eles
Eles venceram a morte
São indestrutíveis
De tempo a tempo
De tempos a tempos
Eu vi alguém
Dando a sua vida
Pelo seu amor
A mulher do seu coração
Ele deixou o seu sinal na terra
Deu a vida por ela
E mal ela começa a chorar
Ele volta
Para enxugar seu choro
Ele pensou até que morreria
Mas viu
Que não pode morrer
Tem o dom da vida
Sabe reviver
Mesmo não sendo visto
Mesmo sendo um espírito
Tem um corpo
Anda entre vós
É um ser de luz
De fato, os olhos de Deus estão em toda parte
Vigiando os bons
E os maus
Temos até o dom
De ouvir a oração
Dos que tem o coração puro
Como crianças
INTERVALO ENTRE TIROS
Jeff Cooper disse uma vez: “A melhor defesa contra um ataque violento é ser mais violento. Contra-ataque intensamente, parando apenas no fim, com o agressor no chão, fora da luta.”
Seguindo o pensamento do grande Mestre Jeff Cooper, a mentalidade de combate é a melhor das armas, pois esta será apenas a extensão da sua vontade de vencer e manter-se vivo.
O domínio de todos os fundamentos proporciona ao atirador bem adestrado a diminuição dos intervalos entre um tiro e outro, mantendo seu agrupamento. Uma boa empunhadura tem como principal atribuição o domínio sobre sua pistola, de forma que o focinho da mesma não empine tanto, pois uma empunhadura com a aderência errada na arma resulta na perca da massa de mira para cima, e também para baixo, quando o atirador tenta restabelecer uma nova visada. Da mesma forma, não perder o contato do dedo indicador com a tecla do gatilho diminui de forma significativa os intervalos entre os tiros, retornando com o seu dedo apenas até o momento que este se reinicia (resert do gatilho), diminui também a chance de revide por parte do suposto agressor.
E por fim, para não se alongar, o follow-through, fundamento não executado por alguns (talvez por ser o último), porém de extrema importância em um combate armada, como já explicado em uma postagem anterior. (Seguir o tiro através da sua visada, sem desfazê-la)
Dito isso, entendemos que o domínio de todos os fundamentos do tiro, sem exceção, desde o primeiro acesso à arma, de forma correta, atacando a pistola com o dedo polegar e já sacando ela com sua empunhadura simples alta e firma, passando pela apresentação onde são desenvolvidos diversos movimentos coordenados (ao mesmo tempo) e mantendo todos os fundamentos do tiro após o disparo vendo o resultado do tiro através da sua visada, também diminui o intervalo para um próximo tiro, uma vez que atirador e arma já encontram-se prontos caso um novo tiro seja necessário.
Lembrando que a negligência de um dos fundamentos pode resultar na perda de um tiro, podendo custar sua vida.
“No intervalo de um programa de debates sobre a reforma da previdência tem sempre um banco ou uma agência de investimentos exibindo os comerciais”.
Ser e querer
Quem sou?
Apenas um intervalo cinza e gélido a cada final de um romance.
Um silêncio angustiante no meio dessa solidão,demonstrando paixão pura no reflexo de um coração.
O que fiz?
Fiz loucuras cheias de ternura,
Fiz viagens espirituais e rotinas como rituais, em suma,fiz coisas essenciais.
O que eu quero?
Um amor eloquente nessa vida de momentos,
Ser passageiro do vento nas asas dos meus pensamentos,ser cura para um sofrimento.
O que eu aprendi?
Aprendi à ser forte, entendi que no mundo precisa-se de sorte,para jamais termos que fugirmos da morte.
O que deixarei?
Deixarei saudades de verdade,
Amores sem dores,
Talvez jardins e flores,
Impressa na realidade da vida em um livro de sabores.
Serei lembrado?
Não me importo, apenas me suporto nesse porto de barcos da vida, onde a solidão é a âncora da saudade de um tempo que se foi.
Lourival Alves
O silêncio do eu te amo II
Há um silêncio que pesa,
um intervalo vazio onde antes cabia o mundo,
onde antes repousavam as palavras doces
como um abrigo onde o coração se aquietava.
O “eu te amo” era certeza, era solo,
ditas sem hesitação, no toque mais leve,
nas despedidas sem drama, na rotina de existir,
como quem respira sem pensar.
Agora, apenas o silêncio se estende,
imenso e frio, como uma noite sem estrelas,
e o vazio, antes inimaginável, se instala
na ausência daquela voz que já foi casa.
Por um tempo, o peito espera, teimoso,
acreditando que o som familiar voltará,
que a falta é breve, que logo se ouvirá
o eco de um amor ainda em espera.
Mas os dias passam, o eco não vem,
e a vida, em sua crueza, ensina
que os "eu te amo" também morrem em silêncio,
que o tempo desbota até o que parecia eterno.
E aceitamos, a contragosto, o vazio deixado,
a voz que se cala e não retorna mais,
como uma despedida que nunca foi dita
e permanece, sussurrada, na alma.
“A tranquilidade pode ser passageira, um intervalo no tumulto; a paz é duradoura, uma âncora em águas turbulentas.”
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