Intensidade em que ela Dura
Mentir o amor
A mentira severa que dura
Engana a boca que a profere!
É lobo sem lei nem bravura!
É cordeiro em pele de engodo
Que a todos dor confere.
Vai cavando a sua sepultura
E conspurcando de mágoa,
O algodão que tinha no princípio.
A língua ensanguentada
É limpa depois com tintura,
Pra desinfetar culpas e aflição!
E nas entrelinhas do seu errar,
Vai pedindo ao amor,
Perdão!
Mentir,
Quem não usou já dessa pomada?
O problema da mentira
É a sua incontinência!
Quando já nada a segura!
Quando ela vira gente
E mente, mente, mente!
Maré calma nunca fez o homem forte
A vida é dura pra quem é mole
Quando o barco balança, sei que vários corre
Corre, corre…
Pedido na dualidade
Da dura realidade
De ver as flores
Mudar seus sentimentos
Tão rápido quanto o que penso
O amor mora em qualquer lugar, até na dor faz morada se você fizer dele sua casa
Se uma flor no seu auge
Nos passa a imagem de belo e amor
Mas tudo é uma construção
Mas o amor representado por uma flor murchar
Quem sabe um coração seco que não teve mais uma chuva de águas harmônicas
Aquela flor afogada nas águas
Está banhada por mágoas
Precisa se trocar as águas
Mas eu mando a real pra você dura e verdadeira
Um movimento errado, e você perde a sua cabeça
Eu não sou nenhum super herói
Eu não sou nenhum gibi
Agenda do novo ano à moda antiga: de papel; com fusos horários; mapa-múndi; e capa dura, além da função agregada de diário de bordo. No momento inaugural e solene do primeiro registro, três sentimentos bateram forte: felicidade pelo novo ano, esperança para bons registros e medo, deixa pra lá!
Começa em rima
a triste descriçao
do humano que hoje vive
e encara a dura missão
Caracteristicas, do agora
deste que explora
por aqui ser e estar
e escrever, e poder relatar
Arrogante,
que nunca me torne tal
O asco e o ignorante
Formando um horrivel casal
Aquele que cobra
Aquele que pede mudança
Mas nele a atitude nao mora
Nele não há esperança
Chega uma hora que cansa
Tanta, tanta, tanta arrogancia
E que eu não entre na dança
da má sobrepujança
Labuto todos os dias
Não me desespero em qualquer agonia
Mas me maltrato no meu proprio silencio
por que vivo ao lado da falta de bom senso
Ando cansado de saber
Que ter dinheiro,
é ser melhor
do que se pode ser
Não compactuo com a ideia
De que ser bom
é ter um papel impresso
seja sujo e desonesto
Detesto saber,
Que querer meu bem
é atrair poder
e saber ofender
Cresci pensando,
ou melhor, sabendo
que viver amando
é superior a viver querendo
Cresci sabendo
e isso defendo
que o amor é união
é ajudar, estender a mão
Cresci sabendo
que nao ia ser fácil
que o mundo não é amavel
que nem todo mundo é confiavel
Cresci sabendo
a dar valor ao que é simples
a ter estima, em síntese
por pessoas humildes
Tudo isso cresci sabendo
mas hoje não ando vendo
por que o contrario vem crescendo
e o que é bom, o mal vem subvertendo
Hoje o aluno tem ser o numero um
e o segundo é o primeiro dos ultimos
a brigar pra ter livre cada segundo
e desperdiçá-los teclando curvado mudo
Aprendi a acreditar em mentiras
Compartilha-las como verdade
defender de forma agressiva
o que se impoe de forma covarde
Tanta luta na semana
Tanto labor em vão
pra descobrir que uma planta
aproveita melhor o verão
Tanto conhecimento jogado fora
no abrir da comporta de um avião
e a hipocrisia que não se esgota
nem no soar de uma explosão
tanto treino pra ficar forte
tanto alimento pra nutrição
pra nao conseguir escapar da morte
e ficar sem vida num caixão
Isso tudo é pelo que nos empenhamos
mas o "nos" tem excessão
e não sou só, pois acertamos
a viver a vida na certa direção
E me nego a mudar
deixar de amar
viver a buscar
o que a riqueza tem a dar
Dessa procura,
digo e falo
pra mim é tortura,
Não me tem sustentado
Quero ter a maior das fortunas
Que é deixar saudade nessa terra
por que não prevejo as horas futuras
mas feliz estou, se essa for a que se encerra.
???
O que define um momento?
Quanto tempo exatamente dura o agora?
O que de fato é um sentimento?
Por coisas passam rápido, e outras demoram?
Perguntas como essas são feitas,
Quando estamos diante do que não sabemos.
Quando vimemos experiencias quase perfeitas,
E o seu futuro, simplesmente, desconhecemos.
De fato, a vida nos prega várias peças,
Nos colocando em situações inesperadas.
O mal é que esses momentos passam depressa,
E quando percebemos, são coisas já passadas.
Talvez em algum outro lugar,
Fora do que chamamos realidade,
Os caminhos sempre voltem a se cruzar,
E o resultado seja diferente, com mais verdade.
A ideia do existir em outra existência,
Assusta, mas nos traz esperança.
De que noutro lugar, noutra consciência,
Possamos ser felizes, com inocência de criança.
Pensando no que escrevo, admito parecer insano,
E que diferença faz, se nada disso é factível.
De tudo que se vive, o único fato, se não me engano,
É que viver, pensar ou dizer tudo que quer se quer, é impossível.
Peguem suas armas,
que a dura batalha é chegada.
Eu já empunho o verso,
que é escudo, armadura e espada.
Entre o amor e o ódio eu sempre vou escolher a loucura,
porque nessa vida dura.
só há um instante.
um fio
traçante
Corte profundo.
Sangue vermelho
Quente vivo pulsante.
"penso a todo instante"
A vida é dura quando lutamos para as metas, é bela quando temos felicidades e torna um carvalho quando perdemos quem realmente amamos.
..."Todo fruto verde tem a casca dura e o gosto acro. Assim como os frutos são as pessoas, que precisam de tempo para amadurecer. Ruim mesmo é quando esse fruto amadurece na árvore e lá permanece ou por que ele está longe do alcance das pedras ou por que sem cair lá ele apodrece."... Ricardo Fischer
VINGANÇAS
A vingança não dura um segundo
No coração dos simples e puros
Como a água cristalina e corrente
Que desliza frémita e tão contente
Passando apressada nas barreiras
Marcações de pedras fronteiras
E socalcos das terras do mundo.
Água vinha
Água vem
Água se foi
Água mansinha
Sem mais ninguém.
A vingança, por si se dói,
Nos corações benditos.
Nos corações empedernidos
Sem ponta de bons fluídos,
Ela corrói e destrói,
Vem, mas não vai.
É teimosa,
Birrenta
Como égua fanhosa
Peçonhenta
Que rebenta nos piores adjetivos.
Mas vai um dia na noite que cai
Com ventos de depuração.
Vingança que não vai
Não tem razão
De morar nos sem sentidos
Dos corações bandidos.
E eis que os corações tais
Desses empedernidos mortais
Não aguentaram o choque
E morreram sem esperança
Nem reboque
De aplicar a vingança.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 02-05-2023)
FUNDO DO POÇO
Estamos vivendo
No fundo do poço
A vida está dura
Pro velho e pro moço.
A guerra e a fome
O mundo consomem
Será culpa de Deus
Ou é obra do homem?"
A doença se espalha
Fere como navalha
Corpo e alma do povo.
Mas o homem não teme
Sua sorte no mal
Cresce sua altivez
Quando a culpa é só dele
Não daquele que o fez.
Poço de arrogância
Tanto velho e criança
Sábios na intolerância
Sucumbindo ao caos.
Mas a morte é distinta
Fica a obra que pinta
Para os bons,
Para os maus.
A infância dura 10 anos; a adolescência, 20; a idade adulta, 40; e a velhice pode durar a vida inteira.