Inteligência e Esperteza
Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto.
A inteligência sabe por em evidência verdades gerais e eternas. A sensibilidade cria verdades particulares e momentâneas.
Sábio é o ser humano que tem coragem de ir diante do espelho da sua alma para reconhecer seus erros e fracassos e utilizá-los para plantar as mais belas sementes no terreno de sua inteligência.
O homem inteligente aprende com seus próprios sofrimentos. O homem sábio aprende com os sofrimentos alheios.
O sábio teme o céu sereno; em compensação, quando vem a tempestade ele caminha sobre as ondas e desafia o vento.
Jesus era tão bom, humilde e sábio que ele não queria ser adorado, muito menos ser pop star, ele queria apenas fazer com os homens enxergassem o caminho do bem e do mal para que pudéssemos escolher, mostrar que todos nós temos Deus dentro de nós e não precisamos de intermediários pra falar com Ele, mas a humanidade ainda não aprendeu isso, mesmo em 2000 anos.
O sábio não se exibe, por isso brilha.
Ele não se faz notar, e por isso é notado.
Ele não se elogia, e por isso tem mérito.
E, porque não está competindo, ninguém no mundo pode competir com ele.
O homem sábio é aquele que não se entristece com as coisas que não tem, mas rejubila com as que tem.
Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender.
Sábio é quem se contenta com o espetáculo do mundo.
Nota: Trecho adaptado do livro "Odes de Ricardo Reis", de Ricardo Reis (heterônimo de Fernando Pessoa). Link
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