Instantes
Diante da beleza
Delicadeza dos instantes
Abri os olhos
Nota tecimento envolvente
Da beleza, cativa o ver
Chora diante da simplicidade ecoando pelas veias que pulsa.
Cultivar
Cuidar e plantar
Lindas flores
Libertar energia ruim
Ter instantes para admirar a primavera
Viver amplitude renascimento constante.
A vida
Viver instantes
Ida e vinda de intensidade
Degustação da beleza
Abraço amanhecer e entardecer.
Tudo na vida tem leves instantes de loucura, é nesse exato momento que você percebe que o julgo não faz tanta importância assim.
Em Silêncio –
Os instantes do dia em que eu
fico em silêncio (pensando),
são sempre os momentos em
que,
essencialmente,
me ouço.
A fala,
diante de um interlocutor,
é corruptível.
Somos,
verdadeiramente,
honestos,
em pensamento.
Logo então
Vem o tempo
As mudanças
E seus momentos
Nortes, cortes
Sentimentos,
Instantes secos
Bagunça ao relento
História levada
Pelo vento
Memórias, histórias
Nortes, cortes
Sentimentos,
Bagunças que ficam
História não vencida
Pelo tempo
Inutilidade
Esse estado perverso
De consumi a alma vazia
Instantes de futilidade
Tendência repugnante deste mundo inútil.
O TEMPO
O que é o tempo, senão uma onda de instantes
Maleáveis como as tardes frias de inverno,
Desprendidas de todas as leis e regras,
Puramente livres e, por consequência, poéticas.
Instantes que se enchem como um balde,
Que debaixo da goteira, ligeiramente e devagar,
Transborda por sua borda e molha o chão da sala,
Fazendo lembrar a importância de se consertar
O telhado antes que surja a tempestade das adversidades.
Ora, porém, o tempo não se mede em números,
Ora, porém, o tempo causa nó no próprio tempo,
Fazendo enganar-se aquele que o percebe assim,
Em um trajeto contínuo entre passado, presente e futuro.
Para além de mero algoritmo e rotina,
Superando os segundos, minutos e horas,
O tempo é, sobretudo, um sujeito romântico,
Sendo, portanto, para nossa sorte, uma incógnita,
Uma onda de instantes e infinitas possibilidades.
Me atrevo a imaginá-lo como um sujeito simples,
De passos calmos, sorriso largo e descalço,
Que, gentilmente, todos dias bate à sua porta, e convida:
Vamos ver o sol nascer hoje?
Trecho: O Tempo, parte I.
Ilhas do mar da vida
Somos instantes
Leveza no andar
Horizonte de uma amplitude
De uma singularidade extraordinária
Movendo a entranas absurdas da alma
Vivemos como egoísta, pois somos ilhas do mar da vida .
Desfrutar a eternidade que existe em alguns instantes especiais da vida; é o maior desejo existente em cada um de nós.
Cada sorriso seu pra mim é como uma obra de arte que admiro em instantes de duração, mas se renovam à cada franzir do lábios.
Distância
Detririou instantes singelos entre nós
Tivemos um amor notável
Construímos inumeros momentos para amargar
Um trageco fim.
Aproveite o hoje para abraçar.
Deixe o coração falar, ao amor se entregar.
Somos instantes.
E em instante já não somos mais nada.
Aproveite o hoje para sorrir.
Deixe o coração sentir, seguir.
"Saudar a vida e suas nuances sendo grato por cada um desses instantes, sejam de prazer ou dor, amor ou indiferença, felicidade ou angústia, está ai, nessa mistura de resiliência e resignação uma parte do segredo, senão por completo da vida, ao menos de uma parcela relevante dela, aquela em que encontramos o equilíbrio necessário para ao menos se tentar, bem vivê-la."