Instantes

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Esses instantes em que se revela a trama da nossa existência, pela força de um ritual que reconduziremos com mais prazer ainda por tê-lo infringido, são parênteses mágicos que deixam o coração à beira da alma, porque, fugaz mas intensamente, um pouco de eternidade veio de repente fecundar o tempo. Lá fora o mundo ruge ou dorme, as guerras se inflamam, os homens vivem e morrem, as nações perecem, outras surgem e em breve serão tragadas, e em todo esse barulho e todo esse furor, nessas erupções e nessas ressacas - enquanto o mundo vai, se inflama se dilacera e renasce -, agita-se a vida humana.
Então, bebamos uma xícara de chá.

É Noite, na janela vejo a chuva e em alguns instantes penso nela! Será!?..
Ou é minha Mente está embriagada ou ate mesmo corrompida pelo Afago que encontro em seus olhos Ingênuos.

Hoje, neste instante nós estamos de pé. Mais falta instantes para que nós deite-nos e não acorde, nunca mais levante. Todos os nossos sonhos, todas as nossas vontades, todas as nossas virtudes, tudo que a gente é, todas as pessoas que a gente ama se vão. As vezes muito antes de um segundo.

Embora a morte seja um terror para os homens, nos últimos instantes ainda presta um favor; faz o homem avaliar sua trajetória de vida para ver se fez o que estava ao seu alcance, e poderá assim, descansar em paz.

Não é necessário uma vida toda, basta alguns instantes para alguém se tornar eterno!

Sentamos por uns instantes e começamos a pensar, mas não pensamentos comuns, pensamentos distantes, logo então começamos a falar, pusemos-nos a pensar alto. E logo surgiram perguntas: como o destino une seres tão diferentes, como o destino ainda os deixa juntos, como o destino pensa que isso algum dia iria resultar, pensamos e tentamos raciocinar como ele. Mas apenas chegamos a conclusão de que, quando existe algo mais do que coincidências isso já pode ser sentimentos fortes, sentimentos marcantes, pode até ser amor.

"Experimenta substituir os instantes de queixa, por momentos de serviço ao próximo e observa os resultados. "

Em frente ao mar
Com os pés descalços
Eu sinto a areia em meus dedos
Em poucos instantes eu toco a água
Olho para o horizonte
Eu me pergunto como vim parar aqui
Então me dou conta de que não estou aqui
É apenas a minha imaginação.

O transcorrer do tempo perdeu a importância, a sucessão de instantes também, porque é tudo como se fosse um só instante.
Os pensamentos se manifestavam em sensações extraordinárias, que me transportaram aos extremos de minha consciência.
A distinção entre o mundo e eu de certa forma não existia, eu era como parte de tudo.
Não entendo muito bem o que aconteceu, já que essa não é uma questão de razão e sim de vivência.
Sentir o planeta se mover, sentir que a terra é antiga, pensar, dizer e simplesmente sentir que tudo isso é real.
Fiquei ali sentado na grama, tomado por esse mundo paralelo. Viajando num paraíso psíquico induzido pelo cogumelo.

Fecho os olhos por instantes, inspiro fundo, alimento a minha alma com um pouco de paz.

O conjunto da obra boa é importante mas a genialidade sobressai em poucos instantes.

Eu vivo de saudades suaves.
De instantes que se eternizam.
De alegrias compartilhadas.
De amores possíveis.
De preces diárias.
Eu vivo da fé que alimenta
os corações persistentes.
Porque, sem isso,
a vida não faz sentido.

E há instantes demasiados grandes, em que a alma ganha tamanha imensidão ... que não cabe no meu corpo minúsculo.
É então, que a vontade de voar é tão grande, que bastaria abrir os braços e deixar-me levar pelo sonho muito para além do que é ...imaginável!

Posso me aborrecer com você por alguns instantes,
grito, vocifero, te chingo, te bato e te mordo!
Fazer o que?
Sou passional.
No entanto, não posso deixar de ama-los por toda uma eternidade
com uma paixão mais avassaladora
que toda a minha fúria.
Sou passional.

Muitos homens te querem
Por alguns instantes
Outros te desejam por algumas
horas, uns te admiram
Outros nem tanto.
Tem os que sentem
Saudade, os que esqueceram
Os que nunca vão esquecer.
Enfim, tem eu, e o quê eu sinto nem sei dizer.

Fotografias sempre foram capturas de instantes, mas estão longe de ser a vida como ela é. Por trás da imagem paralisada está a vida em movimento.
Diversas tribos indígenas temiam a imagem capturada, pois achavam que sua alma ficaria presa naquele papel. Hoje, o "fake" surge da confusão entre o momento estático e o tempo que flui. Há quem segue o movimento e quem vive fixado no ilusionismo da captura. O que antes parecia ingenuidade nos índios se tornou realidade: para onde olho vejo almas presas em fotografias enquanto suas vidas passam. A imagem deixou de ser lembrança para o futuro e passou a ser a essência do momento.

Guardar instantes
Refazer laços
Pedir abraços.

*Não necessariamente nesta ordem

Em relação ao amor há momentos que não sou capaz de nada, e instantes que sou capaz de tudo.

E só me resta hoje uma alegria:
É que, de tão iguais e tão vazios,
Os instantes me esvoam dia a dia
Cada vez mais velozes,
mais esguios...

Sonho genealógico

Era uma noite de verão, estava quente e eu dormia.
Alguns instantes após comecei a sonhar e o que sonhei agora relato.
No sonho eu estava em minha própria casa revirando compartimentos e gavetas em busca de documentos que me permitissem convergir para o meu passado.
Queria descobrir o nome de meus bisavôs e trisavôs, etc. Contudo todo meu esforço era vão. Subitamente minha mãe apareceu no sonho e explicou-me que os papéis aos quais eu anelava estavam na antiga casa de meus avôs, naquele sitio onde passávamos todos os anos-novos.
Despedi-me da minha mãe e corri com afinco e esperança para a casa mencionada; enfim eu desbravaria minhas origens. Naquela paisagem onírica a casa estava tão bela quanto era na realidade - claro que minha mente usara minhas antigas lembranças para arquitetar aquele sonho - e toda uma atmosfera nostálgica pairava por sobre as arvores, a casa e os animais. Quando atravessei os umbrais da casa deparei-me com uma montanha de papéis amarelecidos atirados sobre os cômodos e o chão enquanto outros estavam fixados ao teto, como se a casa já estivesse a minha espera.
De repente ajoelhei-me sobre aqueles documentos e no primeiro que pus as mãos li o nome e o sobrenome do meu bisavô materno. Meus olhos pareciam não acreditar no que estavam lendo, parecia um sonho dentro de outro sonho. Eu descobriria tudo, tudo o que sempre ansiara para descobrir.
Tomado de euforia e já rascunhando e esquematizando minha arvore genealógica senti com se meus sentidos estivessem me abandonando, suave e perversamente eu acordava chocando-me com a realidade, a triste realidade onde estou perdido em um emaranhado de dúvidas que se conectam a outras dúvidas numa teia infinitamente colossal.
O golpe de misericórdia veio quando recobrei a consciência e lembrei-me que eu jamais encontraria essas respostas na casa de meus avôs, porque ela não passava de cinzas. Em futuro algum eu decifraria meu passado.
Minhas raízes sempre desapareceriam um pouco além dos meus pais, como se minha família tivesse surgido a pouco mais de cem anos nesta terra anciã, consumidora de vidas, algoz de todos os séculos.
Somente os sonhos trazem o que a realidade se nega a revelar.