Insônia
Em hábitat de tubarões, se esforçar para Sorrir ou se esforçar para não Chorar, tanto Dói quanto legitima o Medo de Sangrar.
A Saúde Mental deveria importar bem antes de alguém tirar a própria Vida. O que vem depois disso, é puro desespero!
Ai dos que forem Abraçados pela Depressão e Ansiedade que era Drama enquanto ela só Abraçava os outros!
Um aborto seria muito mais afortunado do que eles!
A NOITE ACORDADA
Pelo cerrado a me conduzir
ia eu pela noite sozinho
sem sono pra dormir
Ia eu pela noite sem dormir
solitário e tão quietinho
sem sono e a refletir
Eu ia sem sono sem concluir
pela noite sem caminho
sozinho e tentando sorrir
E se ao sono tento aderir
a noite comigo juntinho
caminha tentando coibir
Eu sozinho pela noite a ir
sem caminho, pintainho
e sem sono para dormir...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
I nstável equilíbrio,
N otavelmente insaciável,
S entidos imprecisos,
Ô nus bastante pesado,
N egligente sacrifício,
I ntensidade quase incansável,
A dormecer lhe é atípico e dispensável.
Acolhimento de uma madrugada tranquila, tranquilidade propícia para pensamentos audaciosos ficarem à vontade com uma emoção forte, gradativa, tamanha expressividade na mente que vira um cenário inquietante, que convida a insônia a estar presente mantém o sono um pouco distante, se agora estás lendo estes versos, acredito que me entendes, pelo menos, nestes precisos instantes.
de pé
na madrugada é quando
os pensamentos afloram
num sentimento infando
e agruras que choram
ilusões, em solitário bando
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Ó NOITE...
Ó noite, ampla noite, de insonolência
Noite umbrosa, de fado aos sofredores
Suspiros, preocupações e tantas dores
Nessa apertura tediosa e sem paciência
Socorre a alma ó repouso, com essência
De paz, suste a tortura e seus langores
Ó quimera venha a mim para dispores
Sonhos calmosos, e me tire da dolência
E o silêncio, que estronda a harmonia
Numa solidão que no breu se mistura
Insistente, e tão tomado de teimosia
Inquieto sinto o negror da amargura
Sobras frias, sinto áspera melancolia
Na rude poesia, canto! Ó noite dura!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 de abril de 2021, 03’23” – Araguari, MG