Insônia
Não se torture porém, procure constantemente resolver!
Pois, a insônia o fará Obrigatoriamente
O resolver-se.
Se eu pudesse dormir, eu sonharia com oque eu poderia ser.
Mas a minha insônia sempre me afasta do que eu poderia ter.
Quando o Juízo da Mente
determina a prisão do Sono,
Com prontidão, A Insônia o prende,
Pensamentos Carcereiros tomamconta
atentamentepara que não fuja,
Enquanto ele aguarda o seu Advogado Cansaço
Com a sua Almejada Soltura.
A insônia é um pássaro de hábitos noturnos: quando a noite começa ele chega e só vai embora com o raiar do dia.
Não lute contra, pegue uma caneta!
A insônia nao te impede de dormir, apenas
Ela é um convite para libertar a criatividade.
SONETO SEM SONO
Tarde da noite. Ao meu leito me abrigo
Meu Deus! E está insônia! Que conversa
Morde-me o pensamento, e tão perversa
Numa flameja que acorda, tal um castigo
Meia noite. E o silêncio também versa
Tento fechar o ferrolho, e não consigo
Da espertina. E assim impaciente sigo
Olho pro teto, numa quietude inversa
Esforços faço, remexo, me envieso
Disperso, nada! O sono se concreta
E o meu fastio já se encontra farto
Pego no devaneio, e o olhar ali reteso
Arregalado, e nesta apertura secreta
Fico ancorado neste túrbido quarto
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/08/2020 – Triângulo Mineiro
copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol
Insônia
Mais uma noite que falou para mim....
Tormentos de pensamentos
Virar e revirar sem fim
Estou só com estes apoquentamentos
Ânsia pela paz que não me quer,
pelo sono que não me abençoa.
Liberdade nem que seja de aluguer
Porque me prendem estás correntes?
Tudo está além do que sentes.
O sol não chega e a noite vai longa
Fria, me envolve, me abraça, me atormenta!
Insonâmbulo
A insônia que o sondava
Não sabia ser consensual
Sadicamente persistente,
Insistia hipnótica.
Cinicamente sorrateira
Subia os degraus,
Efetuava os sintomas
Numa inversão alcoólica.
Perambulava sonâmbula
Ao redor do quintal,
Anulando seu sono,
Insinuando abandono.
Atravancando,
Adulando a agonia,
Implorava ao cansaço
Que o dominasse.
Desacelerando o batimento,
Suando de hipotermia,
Desejava caminhar em transe,
Mas não podia.
Sonolento não dormia,
Expelia amônia.
Dura resenha de um
Sonâmbulo com insônia.
#INSÔNIA
Atravessa a noite...
Gostaria de ser inesperada...
Não sou só eu quem dorme tarde...
Enquanto o coração arde...
Aqui dentro sentimento...
Quantas noites sem dormir apenas olhando...
Esse tão louco e estranho sufoco...
Sombra que eu carrego....
Espírito cego...
Silenciosa e fria...
Por que se arrasta tão longa?
Por que o espelho mente...
Enquanto o sonho se dissolve?
Para alguns tarde...
Para outros muito cedo...
Fico girando o mundo...
E a paisagem parada...
Chego a ter medo dessa paz...
Há anjos em pé, por sobre as nuvens...
Em alamedas, ruas escuras...
Na procura de um doce instante...
Espalhando sementes ao vento...
Ouço ao longe gritos...
Mendigos e curiosos...
Bandidos e criminosos...
Desdém do acaso...
Das noites sem destino...
Um detalhe aqui, outro ali...
Lá fora névoas de incertezas...
Aqui dentro uma penumbra de sentimentos...
Todo mundo rasteja pela madrugada...
Momentos que eu perdi...
Olhares que eu não vi...
Saudades das coisas que não fiz...
Sino da igreja calado...
Insônia escancarada...
Alma despedaçada...
E vai-se a hora...
Amarroto os lençóis...
Desforro a cama...
Junto todos os meus cacos...
Tudo é chama...
Junto com as cinzas do meu corpo cansado...
Então, me diz alguma coisa...
Pra sempre ou só por um momento...
E eu ainda estou aqui pensando...
Enquanto passa o tempo...
Sandro Paschoal Nogueira
Certa vez, na calada da noite, acordei,
a insônia, como sempre, inoportuna,
quis fazer-me uma visita,
enquanto ela não ia embora,
decidi abrir a janela
e ver como estava lá fora,
vi um céu lindo repleto de estrelas
com uma pequena quantidade
de nuvens agrupadas,
em uma delas, havia um ser angelical
que tocava uma bela harpa
que emitia um som surreal
e bastante agradável,
a cada nota tocada,
um afago minha alma sentia ,
aquela visita indesejável,
mesmo sem querer,
havia me proporcionado
um momento de grande prazer,
após alguns instantes
daquele meu deleite,
de repente, foi ficando nublado
como cortinas sendo fechadas
ao fim de um grande espetáculo,
em seguida, voltei para a cama
e, sobre o ocorrido,
fiquei pensando
até, finalmente, cair
num sono profundo.
insônia
O sol me venda os olhos cegos
A lua me vende a sonhos mudos
o confuso fuso horário normal
Espaça o tempo de um jeito absurdo
Acordado me revira de sono
E de insônia me viro no escuro
ouvindo o vento bater na janela
afobado, correndo, inseguro
pedindo socorro e fugindo
de algum vulto uivando no muro
sonos curtos sonhos longos
visito lugares em algum além
onde tenho outra vida
em que nasci e cresci
e onde eu deito e durmo tão bem
que sonho que estou aqui
Desperto a insônia em não sentir o teu cheiro
ao respirar o teu sorriso, mas não tocar... Me bate um leve desespero
Dentro dos meus sonhos os teus lábios é meu sossego
Quero te beijar e te amar de janeiro à janeiro;
INSÔNIA
Dias tensos, noites impacientes
madrugadas frias...
E eu em clarão...
Pensamentos e foco na esperança de uma certeza...
Que uma mensagem sua iria chegar...
Telefone ao lado, música tocando...
Tendo uma certeza que a distância
e a saudade me fazendo de inimigo...
Tenho um amor como arma, esperando a sua volta...
Coração aflito...
Tristeza no sorriso, rosto em lágrimas...
Um silêncio profundo na voz.
Uma ansiedade incomodando o corpo...
Na espera de um sinal seu...
Entre quatro paredes, luz apagada...
Naquela insônia sentindo um gosto amargo na boca... É aquele amargo da saudade...
Que não passa, não passa...
São 3 da madrugada
Estou aqui, na insônia
Pensando nela
É como se fosse um gatilho
Tudo me lembra ela
Minha vontade era
e ainda é
sair correndo agora
ao encontro dela
Com quem ela está agora?
Quem ela quer?
Estou aqui, na insônia
Pensando nela
A vontade ainda não passou
O pensamento só multiplicou
O que fazer quando a gente pensa tanto numa pessoa
mesmo ela estando
ali
do nosso lado?
Me disseram que o pensamento atrai
Te espero , xará