Insônia
Já são quase oito da manhã, e mais uma vez a insônia me vence. Me sinto acostumado já com noites assim, desde pequeno minha mente sempre foi mais barulhenta a noite. Enquanto todos estão dormindo, no mais silencio profundo, aqui, existe uma galáxia de inquietudes barulhentas. Sou daqueles poucos seres às avessas que tem o habito incontrolável de sonhar acordado, de se perder nas utopias dos pensamentos aéreos. Vez ou outra me pego viajando, desconexo desse mundo. É como se eu me conectasse a um mundo paralelo, e nesses momentos eu me perco, me perco por instantes, horas, e quando percebo, mais uma noite virou dia.
Insónia
A madrugada acorda-me constantemente, parece que me chama, parece gente. Não durmo, apenas descanso o olhar, a mente, que dormente se levanta para caminhar com o corpo pela casa. Não sei porque o sono foge, porque a noite grita e a alvorada se antecipa num véu em agitação. Os olhos aberto no escuro, percorrem corredores e espaços vazios, não sei o que procuro, não sei por que deambulo no vazio da noite. Escuto uma voz que se propaga na neblina, o eco de um trovão que trespassa o céu, a vontade de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, a incapacidade de mover-me do mesmo sítio. Sabes, acho que me chamas nos teus sonhos, que escuto o grito do teu alento, que me banha como água gélida na madrugada fria deste inverno. Pese embora o silêncio, escuto perfeitamente os ecos que me levantas, os ventos que me aportas, as vontades que me reclamas. Volto para a cama, adormeço até que amanhã me levante.
Incômoda Insônia.
Por que eu não te conheci antes?
Por que não te conheci quando todos os problemas possíveis me cercavam?
Por que não gritei seu nome em alto-falantes?
Por que te conheci só agora quando todas as coisas melhoraram?
Antes de dormir me pergunto isso todos os dias.
E tenho a mente dominada por torturantes utopias.
Você é uma dessas, que constantemente me tortura.
Surgiu-me como sonhos que minha mente, aberta, costura.
Meu eu era estático, sempre tinha a certeza que nada iria acontecer.
Mas fui descoberto por você e como num jogo paguei para ver. É confuso, meu desalento.
Te conheci quando tudo era tão sórdido, quando não havia firmamento.
Para minha surpresa você apareceu do nada e revirou tudo que achou pela frente em minha vida.
Ao invés de curar, aumentou minha ferida.
Deixou todos meus pensamentos obsoletos e infindáveis.
Transformou minhas certezas absolutas em dúvidas insustentáveis.
Conscientemente eu deveria te odiar
Deveria te odiar por revelar meus segredos e me revirar
Inconscientemente não nasci para te contrariar
Inconscientemente fui feito somente para te amar.
Á luz da lua na janela, acompanhando a insônia que devora ao som do silêncio da madrugada. Pensamentos voam esperando o despertar da seis e quarenta e três.
Que meus sonhos não causem insônia nas pessoas da alma pesada.
Que eu consiga partilhar da minha luz para aqueles que visualizam apenas a escuridão.
E que a dor do meu próximo não seja indiferente, que eu caminhe com as mãos abertas e o coração repleto de esperanças.
Hoje é sussurrando nas pontas dos pés para não acordar insônia.
Orar pensamentos simples agradecendo o dia
E quando lá chegar, realize tudo o que aqui sonha
Pois realidade sem sonho não é real, se não é real não é vida!
a dor foi mais branda está noite,
meu coração se desprendeu,
a insonia está indo embora,
a dor de viver oprimido terminou,
assim espero, pois meu corpo não aguenta mais,
minha alma é livre só pede liberdade para viver,
será que pedir muito, a cede da opressão era constante,
como se pode viver assim?
nada nessa vida é assim,
nada que faço é bom,
nada que sou vale nada,
por mais que faça é suficiente,
mais o clamor do do meu coração...
ainda dolorido gritou mais uma vez....
destemido com as ultimas forças gritou e gritou,
sois que sou diante do medo não me calarei mais,
abrupto, o sentimento vagueia no som da melhora,
o sono veio, ador amenizou, mais coração não se calou,
tudo que sinto vem tona, não está mais guardado no coração,
sei que minha vida é desejo de contrastes,
as vezes sei que sou um diamante bruto.
por celso roberto nadilo
Insônia... meu pensamento em torvelinho...
Saudade dos caminhos de outrora...
O coração em febre, em fogo e ânsia, está.
Os dias da vivida adolescência,
as doces esperanças no amanhã,
os gritos de liberdade e de paz
e a alma despojada de inocência!
Insônia... Eternidade de instantes,
somados de minutos contrastantes,
e a fuga nos versos da ilusão.
Nossa mente as vezes nos castiga com a insônia pelos pensamentos que tentamos evitar, nos ocupamos, nos entupimos de tarefas e atividades ao longo do nosso dia na tentativa de afasta-los, neste exato momento chego a conclusão de devemos abusar bastante desses pensamentos, pense bastante durante o dia ou perca o sono e não durma a noite.
INSÔNIA
O dia se faz frio sob o sol intenso,
A noite sobre a luz branca se faz casta.
Tudo esplêndido, mas nada me basta,
Nada me é na alma tão imenso!
A minha sede inda é maior, insana...
Tudo me é morto, a minha lua é extinta!
O meu desejo é d’uma luz profana,
Que digna a me clarear... Não minta!
Eu amo como ninguém tem amado,
Como um maldito ser endoidado
Que tão pequeno se sente no mundo...
Quero anoitecer no calor aberto do dia,
Mas nada me faz queimar! Imensa agonia,
Esfria-me a alma num sono profundo!
"Para alguns, é durante a noite que a solidão se faz mais presente.
A insônia é apenas um aviso de que as estrelas serão lembranças, saudades e um pouco de nostalgia.
Por minutos, o amor fica frio, com medo e sem agasalho..."
A minha insonia, nada mais é que o fruto da saudade de percorrer o delicioso desenho do teu corpo com a ponta dos dedos...
Noite á fora
Oh! Insônia...
Noites pesadas desabitadas apenas repletas de dissabor
Oh! Perca de tempo
Visões de olhares distantes e doentes da alma
Enfastiadas faces solitárias
Oh! Solidão
Fonte de sentimentos que jorram
Inutilmente para fora e para dentro
Cálices que ressoam para o nada
Oh! Infindável tristeza que habita em mim
Em noites de vigília
Lucubração que desmorona com meus sonhos
Sonhos?
Oh! Sonho que apenas atravessa minhas noites
Ilude os meus dias marcando-os com pequenos passos
Pequeninas pegadas deixadas no vão do nada
Oh! Fardo de longínquas e penosas horas,
Voltadas ao silêncio com tropeços em pensamentos
Embutidos em palavras que agora rolam, rasgam-se para fora
Aqui fora onde existe o que vivo dentro de mim.