Insignificante
Tão pouco pra ser amado
Tão insignificante pra ser notado
Nada pode me salvar
Não há o que ser resgatado
Deleitarei-me da fragilidade
Dessa insignificante existência.
Gozarei dos prazeres mundanos,
Que trazem à epiderme a sensação de estar vivo.
Sigo errante,
Oscilando entre uma intensa vontade de viver,
E a desistência que me convida diante as dores das cicatrizes
Que ardem sempre que me deito a noite.
Nada me restou,
Além de algumas memórias de épocas distantes.
Retratos de faces que rasgam meu peito
e me submetem ao gosto amargo da saudade.
Tudo faz parte de um grande ciclo
Que incliná-se para a destruição.
E o brilho de uma supernova me faz crer
que o fim têm lá suas magias.
Somos insignificantes diante desse mundo pandêmico de gente que carrega no seu DNA a maldade para lucrar em cima da desgraça alheia.
Não destrua sonhos de ninguém mesmo que seja insignificante pra você lembre- se da lei do retorno volta em pesadelo pra você.
Se o meu pecado fosse algo insignificante, ele não teria levado meu Jesus à cruz. Com o pecado não se brinca.
As pessoas resumem suas insignificantes vidas, a vazios rótulos que exalam mentiras e mediocridade.
Sentir a dor física,
pujante, latejante,
faz reconhecer,
o corpo!
Frágil, insignificante.
Frente a mente,
doente,
rastejante.
Por mais insignificante
que seja um problema, enquanto ninguém se importar com ele, ele nunca será resolvido.
Sempre tem algo dentro da gente pra gente expressar, e letras e palavras insignificantes é só começar a escrever que vai vim mais coisas legais .
Não precisamos ser maiores para abrir grandes portas, as chaves são insignificantes para o tamanho de portas que abrem.
Não sei onde vou para com tantas palavras , que pra muitos pode ser insignificante mais pra outras poder ser trechos importantes , eu sei que estou no caminho certo por isso não parou .
"Quero ser o velho louco da cidade
Cidade tão miserável, tão insignificante
Quero ser o velho louco da cidade
Ando, não sei para onde
Rio de coisas sem valor, rio da vida
Quero ser o velho louco da cidade
O meu nome não sei qual é
Minha idade muito menos
A que importa? Tudo isso?
Quero ser o velho louco da cidade
Esquecer meus aprendizados
Me banhar mais uma vez no rio Lete
E nunca mais sair de lá
Quero ser o velho louco da cidade
Pois a matemática resolve tudo
Mas falhou em explicar
A razão de sorrir, ou chorar
Quero ser o velho louco da cidade
A inocência cala tudo
A demência muito mais
Quero ser o velho louco da cidade
Me contentar com centavos e pão velho
Pois nada importa, nada importará
Quero ser o velho louco da cidade
Sustentado por um governo qualquer
Que não me conhece
E nem quer me conhecer
E muito menos eu ele
Quero ser o velho louco da cidade
E que se alguém se achar indignado
Por minha capacidade de rir da desgraça
Resolver, pois, acalmar-me aos punhos
É porrada e chute em cima dele
Não por mim, não
Pois de tudo isso, alegro-me
São os que me conhecem
Me conhecem, mas não
E pouco querem agora, ou além
Habituados com a loucura alheia
Se comovem em ajudar
O que não precisa ser ajudado
Quero ser o velho louco da cidade
Quero ser o velho louco da cidade
Quero ser o velho louco da cidade
Rio, como, danço e rio novamente
Contagiando aquelas pragas
Com o vírus da mais pura ineficiência
Um louro alegre, se arrepiando e gritando
Para uma família de surdos-mudos
Mas é feliz apesar disso
É feliz pois não loura como os outros louros
Que lourando lourarão em rumo à lourância
Passada de louro pai para louro filho
E que pouco importa no final
Pois a história se quebrou
E já esquecemos
Quem é ou será o velho louco da cidade
Ou o louro
Ou a história
E a poesia
Acabou.”
Todos são intensos e complexos por dentro, mas apenas uma insignificante porcentagem da população tem interesse no profundo de um ser.
O vento leva as folhas que estão no asfalto
Que vida insignificante as delas
Um cachorro preto me fita os olhos
Grita em seu corpo a miséria
É a insignificância emitida na pele
A natureza é psicológica
Observo as nuvens indo embora
Eu observador do mundo
Modificador; inútil
Somos uma só tempestade
Que desaba no mundo
Ouço o barulho do mar de carros
Reis e rainhas no poder
É latente o medo de crescer
Na rua um pobre florista
Não me surpreende a angústia
Somos corações capitalistas
Quem vive para amar?
Quem vive para dar?
No centro égo
Um égo centro, em qualquer lugar
Tão egocêntrico
A energia que flui entre corpos
Flui entre tudo
Quero dar um sorriso
Mas sei que o poder é bruto
Aliás, em momento mais crítico choro
E aquela gota d'água sob a folha
Lutando contra o calor e a gravidade
É uma força em equilíbrio
Quero falar sobre ela
Sobre o tronco
O que me irrita é que esperam por rima
Que patético é o tom da ironia
Eu sinto o grito de uma flor
Vou liberando minha dor
Somos a mesma semente
Entre eu e ela
O outono e o inverno
O mundo girando sua manivela
Roda que a noite vem bela