Insensato
O conformismo com minha desgraça é o meu algoz. Aprendi isso hoje. Talvez aquela errônea frase atribuída ao Einstein esteja correta. Está na hora de constituir métodos, e levar-me mais a sério. Ser responsável por mim mesmo, e culpado de mim mesmo. O dia de amanhã está ansioso para ver-me, como um belo amigo distante, à muito tempo não visto. Meu corpo ainda deseja viver. Não irei também decepcioná-lo. Viver. Prosseguir. São somente tais coisas que me restam. É isso o que irei fazer. É isto o mais valioso, e o mais importante por agora.
Toda minha angústia está dentro de mim, percorrendo minhas vértebras, sacudindo-me as entranhas, emaranhadas em meus nervos, refletidas nas minhas noites mal dormidas, comidas mal digeridas, dores de cabeça, vômitos, desinteresse, mas que não tornam-se num líquido de aspecto paliativo e gosto salgado, capaz de escorrer-me pelos olhos. Meu choro é indiferente ao comum; é um choro impar. Ele está em mim em todos os momentos, mas ninguém pode vê-lo ou sentir seu gosto. Proponho que me tornei um dos mais dignos atores, frente aos palcos vivenciais, ludibrio todo, qualquer ente, que prostram-se diante de mim, incapazes de entenderem-me, sequer compreenderem-me. Estou só. Querendo apenas uma pessoa no mundo, aquilo que julgo capaz de enaltecer-me as alegrias e, quem sabe, fazer-me voltar a minha ‘’humanidade’’, pois, como estou, não sei mais discernir-me de fronte os meus espectadores, seja para superioridade, ou inferioridade. Afinal, eu sou: Melhor ou pior que eles? Quem ousará me responder isso?
A realidade em mim são os meus sentimentalismos e apreciações para com as coisas. Não busque em mim fábulas desvairadas e picaretas, apoteóticas, e fingidas. De mim, tudo que terá será o ardor da veracidade de um sentimento, que como um grande e voraz predador, despedaça sua presa ao pleno limite do saciar de suas vontades. Obterá ao experimentar-me consequências de minha literalidade. Eu não sou sua invenção. Sou um homem de carne e osso.
A vida não é vivência, é sobrevivência! Nela, os corpos viventes estão em constante luta por um mísero resquício de agrado temporário. O que prevalece é a lei do mais forte, do mais imponente. Se não está disposto a luta, esqueça o desejo pela vida. Aos fracos e miseráveis, só resta as migalhas dadas pelos fortes. Migalhas, e sorrisos sórdidos dados por espíritos superiores.
A depressão é o último estágio da noção evolucional que tutela a humanidade. É o ser segregado em liberdade, de tudo e todos. O que compõe o depressivo em seu pleno estágio de afirmação de liberdade é, ainda, se deve ir para além, ou volver ao seu estágio de animosidade dentre seus semelhantes humanos. Quando não, resta apenas ao depressivo ir para além, para longe, tão longe, que mais nenhuma alma humana possa alcançar. Seu espírito livre vai para ''além daqui''.
A realidade em mim é que eu não consigo expressar o que comumente chamam de 'amor'. E não é por nenhum tipo específico de desconsideração para com aqueles que amo. Não, não é. É mais para com uma inabilidade específica em ser incapaz de sentir isso.
Então, não é que eu não consiga expressar o amor, é mais que eu não consigo amar.
Eu encontrei ela ontem, vagando vagarosamente pelas ruas. E ela estava linda. Mas não para mim, para outro homem. Enquanto eu falsamente esbanjava um sorriso de felicidade ao vê-la, meu coração fervia todos os meus nervos em ódio ao saber que nunca teria-a para mim. Ela continuou andando, sem saber de nada, indo de encontro ao homem que eu mais invejo neste mundo. E eu, continuei andando, com o maior desgosto pela vida, sabendo que a mulher que amo, ama outro, que não eu.
Na vida, não há sucesso, só há declínio. Tudo morrerá, tudo tem fim. Tome controle de si, escolha seu destino e, assim sendo, se estrague a sua maneira.
Eu perdi a fé nos humanos. Eu não amarei, tampouco me doarei mais por qualquer um deles. Até que me apareça um humano que me prove que vale por ele lutar, por ele amar, eu nunca mais amarei ninguém. Nunca mais.
O poeta e a flor 2
Minha frágil e linda flor,
O poeta é às vezes insensato,
Jamais entenderia a sua dor,
Ainda quer ser seu namorado?
Por isso lhe pediu perdão,
Daquela forma chorando,
Dizendo que à amava de paixão,
Que era a flor que ele estava procurando.
Nos jardins de todo o universo,
És sempre uma flor rara,
A minha inspiração para um verso,
Uma linda rosa clara.
Rosa ou flor?
O poeta é ideal?
Sem permissão, não atua o amor,
E sem o amor impera o mal.
Tu és flor de uma era,
Nunca a dor, és primavera,
Seu odor de aloevera,
Deusa,sereia,pantera.
Flor que o poeta ama,
E por ela nutre um louco desejo,
No escuro da noite ele à chama,
Saudades loucas do seu beijo.
Beijo doce e molhado,
Sensual e eloqüente,
Beijo que me deixou apaixonado,
Beijo intenso de adolescente.
Lourival Alves
Para aqueles que tem seu sexto sentido bem apurado, use a seu favor para se afastar dos insensatos, e concentre-se nos objetivos não nas dificuldades.
O insensato mata a alma com as suas próprias armas. Suas palavras são como balas ricocheteadas que atingem o seu coração.
"Desabafo insensato”
não gosto de minha mãe e tampouco de meu pai...
não gosto de você e muito menos dos filhos de meu pai...
não quero ouvir sua voz,um suspiro,um soluço seu...
não quero pensar melhor,nem sonhar ou ser ateu...
não aceito o que falam,respeitar não é algo meu..
não aceito insandices,conselhos vagos,um filho teu..
sei que tudo tem seu espaço,seu valor,certo sou eu...
sei da minha teimosia que uma procura se perdeu..
sei da magoa que deixei mesmo assim fui e não parei..
sei que tuas lagrimas enchem um lago...não olhei
não relembro meu passado meu futuro talvez não vem..
não relembro um desabafo,certo dia,talvez alguém...
não acordei de um sonho errado,vivo o que sempre quis..
não acordei para seus braços sei que sou um aprendiz..
não errei ao procurar,tentei ao menos ser feliz...
não errei embriagado,sem detalhes,sou infeliz...
do que quero nesta vida,sou escravo ao escrever..
do que busco à noite em claro,teimam os olhos em não ver..
do sorriso em seus lábios sinto o mar estremecer..
do que gosto ? do que gosto...
...desabafo
Por que os homens não podem falar de uma coisa sem logo declarar: 'Isto é insensato, aquilo é razoável, aqueloutro é bom, isso aí é mau'? De que valem essas palavras?
Só louco amou como eu amei
Só louco quis o bem q eu quis
Ah! Insensato coracao pq me fizeste sofrer
Porque de amor para entender
E preciso amar...
Porque, só louco...
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