Insegurança
Passei muito tempo
PENSANDO
CRIANDO
SONHANDO
De mãos dadas as minhas inseguranças.
Foi quando vi um abismo
Eu tinha duas opções:
Ou me atirava ou as empurrava.
Eu estou bem!
Já elas de vez enquanto mandam um "zap".
TO IGNORANDO.
Não importa o que você fantasiou. No mundo real somos só nós carregando nossos próprios ossos, pele e medos.
“Sim, eu sou insegura!” Hoje em dia isso virou um insulto.
Indo contra a maré das empoderadas, assumo minha fragilidade e dou a cara a tapa. Não faço isso por vontade de me expor ou atrair piedade alheia, mas como um auto analise. Não repreendo de forma alguma as autoconfiantes, pelo contrário, as admiro muitíssimo.
Sou insegura, mas tento não ser, é um exercício diário. Em momentos posso me sentir inabalável e poderosa e em outros tudo vai por água abaixo. Nesses momentos onde o exercício falha, qualquer palavra ambígua me faz sentir pequena, ínfima, patética.
Não importa o quanto eu ache que estou bonita ou quão bem fiz algo, eu tenho necessidade de que isso seja verbalizado. Alguns podem ver nisso uma vaidade exagerada, porém na verdade isso é só mais um traço gritante da minha insegurança.
Não é uma condição agradável mas confesso que na insegurança existe certa comodidade e é difícil se libertar do que é cômodo. Mas o ser humano precisa evoluir, mudar, crescer. Isso é intrínseco, essencial.
Aos poucos estou aprendendo a gostar do meu corpo, o espelho, amigo de longa data, já não responde com rispidez aos meus olhares.
Aos poucos me obrigo a me ver e me aceitar.
Aos poucos as angustias e medos se vão.
Aos poucos me conquisto e me apaixono por mim.
Aos poucos quem sabe um dia eu me ame?!
E o que me angústia, é essa dúvida de não saber se vc realmente estará lá quando eu precisar.
Se saberá me entender no olhar; porque sabe?! eu não falo pra não incomodar, para que comigo não precise se preocupar.
Mas eu estou angustiada, eu só quero às vezes ser abraçada, não fale nada, não pergunte nada
Não se preocupe comigo, não é nada!
Eu só preciso ser abraçada.
Estou observando a vida, não quero mais nada que me deixe em dúvida... Nem nada que me faça me sentir como um rato de laboratório sendo testado e observado... Se me traz dúvidas, insegurança, medo, não serve pra mim.
Superproteção desprotege.
Se focarmos nossas relações na segurança, há grande chance de promovermos relações de dependência.
Quando alguém, se dispõe a arriscar, a tentar algo diferente, difícil, ou até que o exponha a algum desconforto e um outro (pai, mãe, namorado, esposa, amigo) diz:
"não vai, não faz, olha bem, cuidado..."
"Isso não é pra você."
"Será que você consegue?"
A mensagem inicial é de carinho, zelo, preocupação, em outras palavras é um gesto de amor. No entanto, quando esta dinâmica se torna frequente para quase todas ou todas as situações, a mensagem começa a ganhar outro sentido.
Pode ser que quem esteja escutando comece a acreditar que não é capaz de realizar tais atividades, com estas frases se planta a dúvida e se desencoraja. A mensagem de cuidado se transforma em mensagem de impotência.
Desta forma começamos a incentivar que as pessoas sejam mais medrosas, menos ousadas, mais inseguras, e portanto, mais dependentes, pois se elas sozinhas "não são capazes", terão que buscar algo ou alguém que seja capaz ou que gere nela a sensação de potência.
Então, tenha cuidado com o excesso de cuidado, às vezes é importante deixar que seu filho, sua esposa, seu irmão, ou sua mãe, acredite neles mesmos e em suas capacidades de vencer os obstáculos.
Quando um corpo feminino é violentado brutalmente
É certeza que falta humanidade numa sociedade
Viciada, hipócrita e que se safa impunemente
Homens que representam a podridão
O descaso, o desrespeito, o esvaziamento
Porque se sentem no direito de machucar
Denegrir, ofender e humilhar
Seres desprezíveis que caminham livremente
Assediam, "brincam", diminuem, batem
E consideram normal, porque são homens
São miseráveis escrotos, débeis criaturas
Habitando um corpo racionalizado
Agindo como bicho irracional
Não é o que vestimos, dizemos, fazemos
Não é o meu comportamento que dá permissão
O NÃO é imperativo sempre
O que uma mulher é
Homem nenhum tira
Mesmo machucada, humilhada
Consegue ser muito mais forte
Do que qualquer homem
Talvez por isso estejam despertando
Tanto medo e insegurança
Em uma grande parcela masculina
Que ao não reconhecer seu empoderamento
Buscam através da crueldade seu desmerecimento
É preciso viver bem na diversidade
Não existe melhor ou pior, existe o diferente
Homens e mulheres, juntos, com direitos iguais
Livres para serem o que desejarem
Para ir e vir como quiserem
Não há perdão para a desrazão
Uma sociedade humana e decente
Só se fará através da educação
Pessoas inseguras estimulam o medo, a desistência, a dependência e desarmonizam o seu grupo de convivência.
Pessoas confiantes estimulam a criatividade, a coragem, a independência e promovem maior articulação do seu grupo de convivência.
A insegura amorosa no relacionamento não desaparece escrevendo um simples status no facebook, nem apenas se expressando com um tradicional "eu te amo". A segurança se consolida sentindo o amor do outro, junto à convivência, onde deve prevalecer o companheirismo, a cumplicidade e a tolerância. Não se lamente por alguns fracassos, porque você nunca terá o suficiente para dar, a quem não sabe receber.
Invoca em mim um desejo indomável
Toca meu corpo e em suas mãos se vão toda dor
Viro-me pra você...
Retribuo ...
‘Para!’ Diz você.
‘O que sentes, meu amor?’ Eu indago.
Passo pra ti todo medo e pavor.
Pode não parecer, mas eu sou bem insegura.
Insegura sobre se estou falando a coisa certa.
Insegura por medo de assustar as pessoas com a minha sinceridade.
Insegura de fazer novos amigos e talvez não ser aceita.
Mas as vezes eu abuso da sorte, eu arrisco um pouco, afasto minha insegurança e tento.
Tento realmente fazer algo por mim.
Me permito estar com pessoas que realmente gosto.
E percebo que fazendo isso estou cada vez mais feliz.
Engraçado que... Eu percebo que aquela insegurança toda não fazia muito sentido.
Ela só existe na minha cabeça para me impedir de tentar.
As vezes eu só preciso ser mais forte que ela.
Interrogações
Firma-se a incógnita
Alguém a derruba
Certo da vitória
Mas é sempre um engano
Ela tem sete vidas
Não morre
Não cai
É o símbolo:
da insegurança
dos sonhos desfeitos
dos desamores
No mundo pós-moderno, não há estabilidade na vida profissional, nos relacionamentos amorosos nem nas relações de amizade.
Nasci em 1990, na cidade de Salvador, no bairro de Nazaré, fui uma criança esperada e muito amada. Meu pai tinha adoração por mim, mas me foi arrancado muito depressa, não deixando em memória mais que duas lembranças de minha infância. Aprendi a ler com 2 anos de idade, através da minha mãe, que com toda paciência fazia colagens de letras em papel branco, recortadas de revistas no chão da sala. Enquanto isso, meu pai, motorista de carretas, passava o dia fora trabalhando, para levar o sustento da família.
Aos 4 anos, fui surpreendida com um fato que mudaria toda a minha existência. Meu pai almejando melhores condições de vida viajou conosco para o Mato Grosso com uma promessa de trabalho, que não se concretizou, e então na volta para a Bahia, em 1995, na cidade de Luz, em Minas Gerais, aconteceu um grave acidente: o ônibus em que estavamos retornando se chocou de frente com uma carreta desgovernada. Meu pai dormia em sua poltrona, sem o cinto de segurança, e foi arremessado, ficando preso entre as ferragens. Ficou em coma por 3 meses e voltou para casa sem andar e sem falar. A expectativa de cura dos médicos era 5 anos. Com o passar dos anos ele voltou a andar e falar, porém com graves seqüelas, perdeu a capacidade de raciocinar e memorizar os fatos, se tornou agressivo e inapto para trabalhar ou tomar decisões.
Cresci ouvindo de todos, as qualidades de meu pai, embora ele estivesse na mesma casa que eu aos cuidados de minha mãe, eu sentia falta de afeto. Principalmente nas fases de adolescência e pré adolescência. Eu era quieta, magra, desengonçada, dentuça, ingênua e uma das melhores alunas da classe. Fui vítima de bulling em três escolas.
Na vida da minha mãe se instalou um quadro de depressão, que se intensificou na minha passagem da adolescência para a vida adulta, surgindo uma competição e difícil convivência entre nós. A carência e a falta de estrutura contribuíram para que eu fosse mal sucedida em meu primeiro namoro sério, aos 17 anos, me tornei uma pessoa insegura, infeliz, adquiri um bloqueio, que me prejudicou nos anos seguintes, mesmo depois do término.
Garanto a você, que apesar de ter enfrentado muitos problemas, tirei lições que foram primordiais para alcançar a maturidade.
Tão doutor e tão vagabundo. Tão seguro e tão bobo. Tão sóbrio e tão etílico.
Tão ridiculamente humano afinal.
As vezes é tão intenso o sentimento que descompassa o coração...
Como explicar?
Colocar pra fora o que nos vem à alma?
Tentar aliviar tanta pressão
que parece nos querer sufocar com tamanha intensidade...
É preciso e necessário! Mas, é tão difícil.
Lágrimas...
Elas brotam com intensa facilidade..
Em vão, buscam equilibrar a razão,
mostrando que a Vida...
Pode nos propiciar novas emoções e muito prazer.
(Alessandra Alcântara)
Eu vejo pessoas inseguras!
Com que frequência?
O tempo todo!
Vamos para de colocar a própria felicidade na mão dos outros!!!