Inscrição para uma Lareira
Eu não quero algo tranquilo. Tranquilo não é o bastante. Não que eu precise de uma lareira ou qualquer outro clichê que você possa inventar, mas, sim, quero uma conexão. Quero que você se importe na mesma medida que eu. Quero que você precise e queira de verdade. Quero que seja importante.
A Primavera nos aquece no calor da noite em volta da lareira com um vinho gostoso e quente com musicas poeticas Escocesas e Portuguesas, envolvendo as Estrelas do sistema solar e nos iluminando a noite em cima dos cristais cheios do vinho, como se fosse o teu cheiro e calor a passar pelos teus labios e pelos nossos corpos humidos e excitados.
A sabedoria aliada a simplicidade dos teus seios e corpo a vibrar de excitacao e orgasmos e de todas as perdas o tempo e o mais irrecuperavel, porrque nao se pode reaver das nossas aventuras a beira mar e no campo a sentir-mos a paixao ardente.
O esplendor das manhas sentido a neblina, Como se fosse a gente a fazermos amor juntamente com o nascer do sol e as noites apaixonantes olhando para o mundo e para o universo em expansao ate aos seus confins.
"A Lareira da Infância"
(EU)
Na casa do Outeiro, em Monsaraz,
junto ao lume que se ateia,
sentavam-se à conversa,
à hora da ceia,
meu Avô, minha Avó
e a Tia Josefa!
Era eu uma criança,
jovem entre velhos,
cheio d'alegria, Amor e Esperança!
Tanto calor que me vinha
da lareira da Infância!
Um leve odor ...
E a Tia Josefa, branca,
imponente, lânguida, serena,
sisuda, começava a conversa!
(PARA MEU AVÔ)
Ó meu irmão, que fizeste tu
da alegria que pela Vida fora
te conhecia?!
Às cores do teu rosto
que o Sol ardente te havia posto?!
Essa expressão, risonha e calma,
que me alembro, a força do teu corpo,
a Vida da tua Alma!!!
Onde, meu irmão?! Onde?! ...
(EU)
E estoira a lenha na lareira da Infância!
Meu Avô, atento, ouve a conversa,
e responde, fixando a Tia Josefa!
(MEU AVÔ)
Estou velho minha irmã!
O tempo passa ...
Mas como as bagas da Romã,
a memória fica junto ao Coração,
imersa, arreigada,
numa imensa solidão!
E ái do Coração! Ái do Coração!
(TIA JOSEFA)
É Verdade meu irmão! É Verdade ...
Fica a saudade... Nossa mãe, nosso pai,
já estão na Eternidade ...
(EU)
E a lareira da infância ardia,
queimava a lenha da saudade ...
Era lá que em criança
minha Alma se aquecia!
E minha Avó,
silenciosa que estava, ouvia!
Profunda, graciosa, sentia Esperança,
junto à lareira da infância! E dizia:
(MINHA AVÓ)
Ouve, meu Neto, um dia,
nenhum de nós aqui estará!
E a tua glória, será escrever em verso,
aquilo que nos ouviste,
junto à lareira da infância!
Mas escreve com Esperança, não te esqueças!
E triste, ou não, guarda sempre na lembrança,
a conversa da lareira, que ouviste
à hora da ceia, à beira de teu Avô, tua Avó
e da Tia Josefa!
(EU)
Em volta da lareira os três sorriam,
e minha infância, momento terno, era quente, com a Esperança, de quem sente,
que aquele instante podia ser Eterno! ...
Mas a Morte sempre vem! ...
É breve! E tudo leva!
Fica a memória na saudade
e a saudade nos meus versos!
É esta minha unica Glória!!!!
Ricardo Maria Louro
Na Casa do Outeiro em Monsaraz
Junto à Lareira da Infância
ainda ao lado da Avó.
Uma noite hilariante
A lareira está acesa, o vinho tá na mesa,
a chuva cai lá fora, na música sinto leveza,
as lembranças são uma doce companhia, as imagens repentinas são proteínas para a minha empolgação,
mais uma garrafa de vinho é aberta, alguns suspiros de alegria prestam reverência ao amor vivido a tempos, depois de minutos a saudade transforma as lembranças em um convite enviado por mensagens via celular...
LAR vem de Lareira, local de se aquecer, local de conforto. Se onde você estiver não houver calor humano e conforto, não é o seu lar. Onde você não se encaixa, a insistência sempre será gambiarra.
MEMÓRIA
Uma xícara de chocolate quente,
No frio do inverno gelado
Ao lado dessa lareira,
Aquece meu coração solitário.
Lembranças surgem em segundos
E o cãozinho ao meu lado me faz companhia,
Enquanto volto ao passado...
Mãos trêmulas, já não posso mais escrever
Saudade daquele vigor que havia em meu ser,
Aproveite a vida, ela é pra se viver!
Hoje, das minhas memórias,
o tempo ainda não se tornou ladrão.
Mas chegará o momento, que não mais existirão!
Ficará apenas saudade, de um período
Por mim já desconhecido.
Contudo, minhas ações sendo boas,
Serão a inspiração, recordação,
De muitas e para as outras pessoas...
Uma xícara de chocolate quente,
No frio do inverno gelado
Ao lado dessa lareira,
Aquece meu coração solitário.
Lembranças surgem em segundos
E o cãozinho ao meu lado me faz companhia,
Enquanto volto ao passado...
No silêncio da noite, as sombras dançam ao redor da lareira. É ali, na penumbra, que o passado se materializa , e surge as memórias enterradas sob camadas de tempo .
Foi com fogo na lareira que Sidarta Gautama meditou noites inteiras, conhecido por Buda o Iluminado, iluminou, tentou salvar o nosso mundo abominado; dizia que tínhamos sido fulminados pelo individualismo que ainda nos tem dominado. Platão era um estudioso de Buda, como Buda dizia que quando mudas tudo muda; Deixou mestria, na história da filosofia, imensa sabedoria na 'Alegoria da Caverna'. De costas para a luz nunca terás alforria, atua mente será sempre sombria e subalterna.
Benfica
Na casa do meu avô estávamos à lareira,
Meus irmãos e eu, e um cão também,
O cão ao lume fazia asneira.
Mexendo no que o lume contém.
Meu avô era surdo, da muita idade.
Meu irmão, muito irado...
Ao cão repreendeu, com autoridade,
Pois já estava muito danado.
Põe - te quieto Benfica...
Sossegado, já fica!
O cão parou de inquietar,
e do lume estragar...
Mas meu avô perguntou:
O quê ? É uma cadeia Jacinta?
Porque o ouvido não escutou.
Que era o cão nome Benfica.
E nós rimos bastante,
Deste episódio emocionante.
Da cadela Jacinta...
Que era o cão Benfica.
Que prazer!
Eu e você Neste Apê
de frente à Lareira
com o vigor de suas chamas
e a Faísca do nosso amor,
Sua presença me Adoça,
na sua ausência, um Dissabor,
Contei, no Relógio, as horas
pra que este momento logo chegasse,
Vamos aproveitar este agora
e deixar os problemas pra mais tarde.
Num dia frio, gostaria de estar contigo na frente de uma Lareira num momento aconchegante com chocolate quente, uma boa conversa, troca de olhares, nossas mentes distantes dos problemas por alguns instantes, por estarmos focados numa demonstração recíproca e sincera de afetos. Certamente, por tua causa, seria inesquecível, pois és uma mulher cativante de um lindo sorriso.
A verdadeira morada interior do nosso coração é aquecida por uma lareira que queima sem dó feixes de lenha que serão transformadas em brasas vivas de misericórdia
Uma boa lembrança não pode afagar um ente querido, mas serve como lareira a queimar a lenha da saudade
Na lareira chamada recordação os corações são chamados a aquecerem seus sentimentos, mas é o amor verdadeiro que os incendeia e apaga a falsa chama que dilacerava suas emoções
[...] foram
dias frios...
Que passei
sem você!
Você
sem me
aquecer.
Sem dourar
a minha pele.
Os meus sonhos!
E eu me aquietei.
À beira da lareira.
Tomando um café.
Lembrando-me
de você.
Dias terríveis,
que sua ausência
me causou.
E ainda me causa.
Me deixa com frio,
mesmo nesse calor!
O amor chegou em uma tarde de inverso — ou era primavera! Não me lembro bem. Aqui no espaço a gente não tem muita noção de calendário. Ele chegou e foi se assentando perto da lareira. Perguntou-me se já o conhecia pessoalmente ou só tinha ouvido falar. Respondi que algum tempo atrás eu o tinha visto de longe.
— Foi rápido — disse. Você sorriu para mim e passou como um vendaval.
Falei ainda que aquele sorriso havia me provocado um turbilhão de pensamentos e que imediatamente cai doente de paixão por uma pessoa que sorria igual. E que até guerra eu havia declarado por aquela paixão.
O amor me olhou com cara de quem não gostou do que tinha ouvido. Seria ciúmes da paixão ou realmente o amor era da paz? Aí eu disse para ele ficar tranquilo porque isso já fazia tempo e eu tinha me curado da cegueira da paixão.
— Ainda bem — disse ele se ajeitando próximo ao fogo. E de olhos cansados, ainda sorriu lindamente: — É porque sou muito ciumento, se é isso que você quer ouvir. E adoro guerras também...
Percebi que o Amor também tinha senso de humor. Não era aquele sentimento chato que eu achava que conhecia. Era tímido. Educado. Distraído, mas de uma inteligência de outro mundo. Falava doce e de vez em quando, gargalhava-se, trazendo todas as estrelas para dentro de seu olhar. Ficou a tarde toda comigo conversando, sorrindo e dizendo poesia. Isso mesmo, o amor só fala em poesia.
Leandro Flores
Julho de 2013
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