Insatisfeito no Trabalho
Frase do dia 24/09
Sua insatisfação em como vive apenas piora seu dia a dia, lute, persista mude não se acomode.
Pensamento do dia 05/08
Reclamamos de nossas insatisfações como se isso fosse mudar alguma coisa. Antes de reclamar mostre determinação.
Reflexão diária 21/08
Muitos querem ser você e fazer metade do que você faz, entretanto insatisfeito, ingrato e egoísta todo ser humano como sempre, reclama do que Deus lhe dá.
Já descobriu onde anda gastando seu tempo?
A maior parte do tempo gastamos com nossas insatisfações.
Avaneide Siqueira Silva
Se não tiver a intenção de ficar, não fique. Assim você não desperta ainda mais a minha insatisfação com as pessoas.
Um filme bom é aquele que causa insatisfação positiva, ou seja, um filme que ao chegar ao seu final, você quer mais... Muito mais!
INSATISFAÇÃO
Acontece a qualquer momento. Enquanto passo o pó de café, finalizo um relatório importante, ou durante a faxina de todo o santo dia. Entre uma música e outra no rádio, o silêncio abafa e escuto: fuja. Levanto as sobrancelhas e olho pros lados. Ufa. Ninguém ouviu. Esse desejo secreto, quase bandido, que faz da minha própria vida uma refém de mim mesmo.
O cotidiano é uma arma pressionada contra a minha cabeça. Despertando às 7h, horários marcados. Passa hora, passa dia, passa noite, continuo preso, sem ter aonde ir. Ando em círculos numa cela do tamanho do mundo. Tantas vias, mas tão complexas. E esse meu destino, distante, que nem sei se existe.
Por um instante eu fico feliz. Conquistei o que eu queria, beijei , escrevi, li, trabalhei, corri, comi, caguei. Mas e depois? A felicidade se esvai a cada meta alcançada. Depois só me resta sonhar e esperar de novo pela alegria da realização. No momento seguinte, acabou. A felicidade não dura, sequer, um momento.
Minha vontade de ir embora é a plenitude da satisfação, pois a rotina calculada me embrulha o estômago. “Bom dia, amor”. “Deixei a chave embaixo do tapete”. Mensagem por mensagem, deixo a mim mesmo embaixo do tapete. Deixo o eu que quer viajar. O eu sem hora pra voltar. O eu que não depende de nada nem ninguém para fazer o que quiser. É difícil ser fiel a uma rotina quando bem no fundo de mim sei que não pertenço a lugar nenhum.
Minhas roupas são escorregadias. A cadeira em que almoço, desconfortável. Até o sagrado quarto aonde descanso todas as noites é alugado. Nada é meu. Só o meu corpo me pertence, e ainda assim eu o maltrato. Às vezes deixo de comer, aperto a cinta, raspo meus pelos como se não reconhecesse minha pele. Vejo no espelho: ainda que eu fuja desta casa, continuaria preso num corpo limitado para as minhas expectativas.
Dia após dia, essa é a vida. Medrosa que é, ela se esconde atrás de máscaras, abaixo de camadas de ossos, carne, pele e roupas. Dia após dia, se camufla da morte por debaixo das músicas do rádio, barulho d’água monótona na pia e das vozes que abafam o silêncio. A vida é a insatisfação que grita no silêncio. Mas não a ouço direito pelo meu próprio medo de viver.
E assim eu me acostumei a morrer dia após dia.
Já tive alcunha de Canela
Esse epiteto poético me fazia roer as unhas
Tamanha era minha insatisfação
Mentira, ligava não era só um modo de ligação
O apelido mais humano, dado pelo falecido mano...
Não por minha cor castanha avelã
Mas pelas canelas finas de menina
Que pareciam canelinhas de rã...
Hoje não mais...
O tempo passou e me revelou
Remodelou minhas pernas e coxas
Já faz tanto tempo isso, poxa...
Têm lembranças que são eternas
Sempre que vejo meus membros inferiores
Me lembro que são locomotores
Sorrio louco motor é o pensamento disperso
Me agracejo pelo avesso e me viro para o lado de dentro
As almas mudam suas instâncias e estatutos
Reverso o tempo ás vezes é justo
Nos concede indulto de boas lembranças
Já tive alcunha de Canela
Esse epiteto poético me fazia roer as unhas
Tamanha era minha insatisfação
Mentira, ligava não era só um modo de ligação
O apelido mais humano, dado pelo falecido mano...
Não por minha cor castanha avelã
Mas pelas canelas finas de menina
Que pareciam canelinhas de rã...
Hoje não mais...
O tempo passou e me revelou
Remodelou minhas pernas e coxas
Já faz tanto tempo isso, poxa...
Têm lembranças que são eternas
Sempre que vejo meus membros inferiores
Me lembro que são locomotores
Sorrio louco motor é o pensamento disperso
Me agracejo pelo avesso e me viro para o lado de dentro
As almas mudam suas instâncias e estatutos
Reverso o tempo ás vezes é justo
Nos concede indulto de boas lembranças
RENASCIMENTO
Espera me, assim, lascivamente.
Nosso encontro porá fim.
Na insatisfação dos desejos da mente.
Os mais íntimos e indecentes, enfim.
Não sintas vergonha de nada.
Põe para fora, tudo.
Abre qualquer porta fechada.
Sai detrás deste cruel escudo.
Toda nudez será recompensada.
Teu grito de prazer será o mais agudo.
Aquele do fundo da alma lavada.
Arrepende-se deste mundo mudo.
Sente-se, verdadeiramente, amada.
Por alguém que te quer e te procura, muito.
Agostinho Lima
Quando repetidas vezes a insatisfação da sua presença para alguém se mostra patente, evidente e objetiva, insistir constitui um erro tamanho. Não é orgulho que se cresce, é sabedoria que se chega, fazendo entender que é melhor partir, sem mais voltar.