Insanidade
Poetisa e insana
Sou aquela insana que prefere viver na insanidade
Do que encarar a realidade nua e crua.
A insanidade me conforta
Das incertezas da vida
Qual o sentido da existência
Será acaso ou consequência?
Assim como o Coringa mata sorrindo com insanidade, o Batman salva com seriedade. Nem sempre um sorriso é empatia, e seriedade é antipatia!
Pensava sobre como a vida nos encanta a cada olhar desviado da nossa insanidade. Outono em Copacabana, Maeve Phaira
A insanidade parece não atingir dois tipos distantes de mim, o ignorante e o sábio. Não sou nenhum destes e meu medicamento está para acabar.
“Vagando entre minha ilusória intelectualidade e minha pré diagnosticada insanidade psicanalítica, me desvio para não tropeçar e tento não me tornar pedra de tropeço”.
A palavra que nós restou foi "insanidade", pois nenhuma outra se faz poesia sem responsabilidade...
Mas quem insiste na ignorância não merece a verdade.
A filosofia é verdadeira com palavras mais que sensatas;
Voo
Em plena insanidade me pego a voar sobre celestial cidade, penso com pensamento apenso, meio atormentado e desatento:
Será um sonho da mais alta realidade?
Mentira ou verdade?
Neste momento também revejo meus pensamentos recheados de amores e tormentos, e concluo: A vida às vezes é sonho, às vezes pesadelo. Não devo nada questionar sobre o desenrolar deste mavioso novelo, tampouco, soprar a chama desta santa novela, pois, o grande lance é voar, velejando sobre doce brisa qual a mim me avise: Deixe de ser burro e aproveite esse vôo livre do qual devo tirar esse chapéu, para que haja um voo incrível, contemplando somente essa paz, deixe de questionar, fazendo guerra como a efêmera vida que em si se encerra quando se desfaz na terra.
Ao ouvir Beethoven não sei o que é que houve quando se ouve um estrondo rotundo advindo do mais profundo, além do fim do mundo, muito rápido quando me vejo sobre sagrado céu de anil.
Com abismal calma me pergunto:
Será que minha vida querida desfaleceu após morte batismal?
Enquanto, aqui ouço o glorioso Bolero de um cara chamado Ravel. Essa melodia noite e dia acompanha moribundos santos ou imundos à caminho dos céus quais cada um sua porta abre, sendo céu do amor ou céu das cabras.
Já com Piazzola e sua arte bandoniônica e irônica faz quebrar minhas molas ao dançarilhar um tango diferenciado ao olhar esbulhado de Gardel afrancesado, sentado bem aqui ao meu lado a bocejar seu resmungo afinado em total reclamação, mirando ao Cartola o qual num cantarolar se enrola. Com esse time me vejo morto e revolto apesar de sublimar sublime paz local.
Porém, vou além: Não me ache otário e redundante o bastante, pois, se essas palavras não existiam, agora é só botá-las no dicionário ou numa página de jornal.
O papo está muito bom, mas tenho de ouvir outro canto no meu velho recanto, pois, espero acordar vivo e solto e mais santo.
Volto a sonhar a vida de meros mortais.
jbcampos
Sou feliz por minha insanidade, pois foi ela que me permitiu chegar onde eu, em minha razão, acreditava ser impossível.”
Se sentir necessidade de cometer uma insanidade, e, veja bem, eu não falei "vontade", eu falei "necessidade", aí você vai escutar o seu coração. Porque se ele, e só ele, te jogar pra insanidade, você vai.