Inquieta
RELATO DE UMA MENTE INQUIETA
Hoje eu sonhei que estava no topo da Serra Fina, uma montanha que divide Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, esse lugar permite caminhar pelos três estados, possibilitando visualizar uma área endêmica e uma vista privilegiada, onde eu conseguia considerar toda a beleza natural que a vida proporcionou de presente, eu me sentia no céu. Eu não sabia se merecia ou não aquela sensação de plenitude.
Eu sempre ouvi meus amigos dizerem que as montanhas são fonte de inspiração e causa uma sensação de êxtase nas pessoas. Naquele momento eu vivia essa experiência, desprendi de todos os pré-conceitos e receios internos. Era um lugar sereno, tinha um cheiro agradável de vegetação e luar, podia sentir o perfume, o vento em meu rosto e arrepio em meu corpo.
Eu estava sozinha, mas me sentia completa e protegida, muitos pensamentos bombardeavam minha mente.
Avistei uma estrada, tive curiosidade para saber onde me levaria, mas ali eu permaneci sentada contemplando aquela paisagem por horas, com objetivo de entender aquela sensação de acolhimento e paz.
Era tão diferente da minha vida desperta! Eu sempre me senti uma pessoa insegura, ansiosa e solitária, mesmo diante a tantas pessoas amadas ao meu redor, além disso, eu me sentia desorientada e fora do contexto referente a tudo e todos.
Eu aprendi que, sim, há um tesouro na dor. Ela é chata, deixa a alma inquieta, faz o coração e a cabeça doer, mas é capaz de proporcionar tanto aprendizado. Ela é capaz de despertar aquele amor próprio que estava dormindo, aquela coragem para seguir adiante e deixar um passado ruim para trás. Ela é uma pedra no sapato, mas acredite em mim, também é uma ótima professora. Depende de como a enxergamos.”
ESTIMA
Há pessoas que vivem procurando o seu destino e parecem viver mudando, de forma inquieta e incerta, o que carregam dentro de si. No fundo, acho que ainda estão procurando a mesma coisa. Um lugar que os ajude a ser o que realmente querem ser; onde possam sentir que essa vida tem sentido! Acho que o caminho, o primeiro passo tem alguma coisa com aceitar e com estima! Eu, novamente, com o primitivo e selvagem!
Uma mente inquieta,
Que se modifica sempre deixando arestas.
Que não se encontra,
Sempre destrói tudo que constrói.
Um quebra-cabeça sem encaixes,
Onde tudo se encaixa.
Certezas se tornam ilusões,
Mesmo sendo realizadas.
Parte de uma mente desconcentrada!
Uma alma inquieta,
Talvez não a de um poeta.
Uma pessoa incerta,
Que nunca acerta.
Uma mente brilhante,
Igual a vidro, não diamante!
“O medo é um alarme que estremece, inquieta todos os sentidos e paralisa as ações. Algumas vezes, pode ajudar a nos proteger, outras vezes se não for dominado, pode até nos matar." Luiza Gosuen
O estrangeiro vive na mira inquieta de todos nós, ele mora aqui, também aí. Habita nos sonhos e planos que atravessam as vigílias da desolação. Se refresca em qualquer entusiasmo que inicialmente contempla a incitação. Ele é o novo e o velho atraído pela ilusão, e que nos move pelas cadeias da pulsão. E é estando só que conhecemos essa intimidade que manifesta, esse estrangeiro, desconhecido, amigo, inimigo, audaz, atrevido que habita em nossas mansões.
E do tempo temos a dor, mas também o amor. E o estrangeiro zomba da própria decisão. Mas são as vãs repetições que florescem a vida na estação. E ao passar pelo caminho já percorrido, não é difícil perceber o vacilo dos passos repetidos e a força do estrangeiro movida em uma frustração.
Da cor ao amor tudo se repete, até o estranho em nós. Da amargura a cura, com giz de “cera” reescrevemos a solidão, e quem dirá que essa cera já não serviu de vela em outra ocasião. Nada pode ser acrescentado do ventre que nós fomos tirados. Estar só será sempre nossa distração.
O amor pode preencher o enredo de uma história, mas nem um, nem dois amores podem ocupar o coração. São três cubos de estranheza a habitação das emoções, e cada um que se eleve na possessão dessa proeza.
O estrangeiro é o que temos na saga da desilusão.É de imaginação que tudo sobrevive. E a fantasia é um guia que se rende a sublimação. A vida é esse bem absurdo e o estrangeiro é essa perfeição. Nenhuma mira é certa, toda ela é distorcida pela ilusão.
Bem verdade…Não há sossego para o coração!
Katiana Santiago
Tu, poeta
a fala inquieta
um código meio solar:
pelo tom, fragmento de asteróide...
Eliana Mora, agosto/2009
Perdi-te na distância (25-08-07)
Este silêncio está-me sufocando
A sua ausência inquieta-me
Queria fazer parte do seu mundo
Você é tão diferente do que sou
Este seu gelo congela-me por dentro
Deixaste-me ficar na tua ausência!
Um olhar que já não é meu!
Segues o teu caminho…
Sim querida, não olhes para trás
Vai, fria e segura nesta vida
Para ti o que fica são memórias
Mas não me culpes pelo que nunca fui
Ficaste dona de ti
Nem a brisa te toca
Deixei de saber que chão pisas
És a rainha do teu mundo!
A pele inquieta, gélida, passa a sentir falta de ter um corpo másculo sobre este feminil, agora, frígido que só. Espera-se não ser esquecida por entre grandes tragos de vinho branco nesse tempo ameno que aí, longínquo, abraça. A mão suada tramando fios de cabelo e o calor de dentro embaçando o vidro do carro com o frio de fora; Desenhos. Saudades, e não se esperava por.
Sigo inquieta, nunca aquieto-me.
Não, mentira, minha.
Quando há nosso enroscar de pensamentos e olhares, a calma transborda, o tempo pára...
" Penso na exatidão com extrema paciência. Incomoda-me a busca da certeza. Inquieta-me a espera ... O tempo flui e deparo-me com pequenas incertezas. Encontro-me nessas sutilezas ... Trabalho, constantemente, a aflição da paralisia diante meus conflitos e espero, um dia, na inconstância desses sentimentos, completar-me."
Fernanda Missurino
A cabeça quando inquieta
Não pende apenas para uma vertente
Joga nos dois times
Dança que nem valsa
Pra lá e pra cá
No maniqueísmo
Parece barata tonta
Corre para todos os lados
Exerce sua obsessão de observar e inventar
Num tiroteio criativo
Salva e fere as idéias
Das bonitas, agridoces até as mais escrotas
ANDORINHA INQUIETA
(Luiz Islo Nantes Teixeira/Carolina Teixeira)
Se o seu amor
E como a andorinha prisioneira
Que quer partir?
E ser livre?
Mostre valor
Auto respeito e confianca maneira
E a deixe ir!
Se ela esta triste?
Nao se humilhe,
Nao chore, nao implore,nao grite
Por sua ida!
Por sua decisao!
Sorria sempre!
Mesmo que que voce se sinta triste
Nesta fase da vida
No fundo do coracao!
Talvez seu amor
Se sinta sufocado
Se sente frustrado
Com tudo na vida
Mas a sua dor
Nao depende de voce
Nao depende do seu querer
Nem do seu amor
Depende dela
Saber quem e
Ser honesta com voce
E crescer juntos
E discutir os piores assuntos
Sem nada esconder
Se o seu amor
E uma andorinha inquieta?
Deixe a porta aberta
Para ela partir!
Se algum dia
Ela voltar entao
Voce sabera no coracao
Que ela sempre foi sua enfim
Mas primeiro
Deixa que ela adivinhe
Onde voce esta?
Deixe que ela telefone
So para te espionar!
Deixe que ela te pergunte
Mas nao diga nada
Deixe que ela chore
E purifique a alma torturada
Deixe que ela se torne melhor
E aprenda a te respeitar
Seja severo no amor
Antes de perdoar
Deixe que ela abra o coracao
E so a voce aprenda a confidenciar
Exija compromisso e abra as maos
Para que ela possa voltar
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