Inquieta
Ela tenta
Levanta
Mesmo com todo peso
Nem sempre os dela
Um imenso peso
Caminha
Com os ombros caídos
Mas ainda sim com um sorriso no rosto
Que máscara em menina?
Se senta
E o descanso ?
Que nada !
Ela ainda se sente pesada
O seu peso, mais o mundo
O dela?
Nada!
Nem sempre ela olha pra ela
Então sente
Na pele, na mente, na alma
Aprende menina
Se cuida e se acalma
Deixa de lado
Se cala
Se deita
A mente ainda inquieta
O sono derruba
Mais ainda sim o peso
O mundo, mais o dela.
Menina, descansa, dança
Deixa o mundo
Ele não é criança.
ALMA INQUIETA
Quem o cerrado dirá à alma inquieta no vazio?
De tortos em tortos galhos queixas soltas no ar
De estrelas em estrelas o pensamento a voar
Num calafrio, recolhido e só, eu, aqui sombrio...
Ergo os sonhos do chão seco, do pó a jorrar
Jorro angústias murchas do peito sem feitio
Cheio de desagrado, de pecado. E mal gentio
Que saudade doída! - Recordação sem paladar.
Pra purificar a sensação, um coração piegas
Livre da ingratidão, livre da trava indiferença
Onde, em perpétua quimera, devaneio cativo
Não posso então ter na ilusão as tais regras
E tão pouco nas lembranças cética crença
Amor e esperança vivem no cárcere que vivo!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
E que a vida sorria pra você como se fosse uma criança traquina, inquieta por abraçar o dia que chega, que se vai e que volta tão logo a noite nos deixe, abrindo o sol nosso de cada dia para brilhar sempre dentro de nós.
O verdadeiro lugar de descanso onde a dúvida e o cansaço,
latejo de uma consciência inquieta,
e os desejos de uma vida insatisfeita podem aquietar-se,
somente,
em seu braços,
pois,
você,
exalta a minha alegria e, todas as manhãs, renova a minha paz.
Se eu tirasse de uma estrela sua luz de chama inquieta e em mim pudesse contê-la, diria, então, sou poeta...
E eu disse a mim mesma, que nunca mais uma lágrima verteria! De repente, apreendo-me por horas em torrentes de mananciais que insistem em transcorrer sobre minha face num confronto sem fim, e por vezes adormeço imaginando: aaaaah, que bom, morri! Mas que triste, ainda não foi agora, pois vi minha alma inquieta, acalentando a criança que há em mim, fazendo-a sossegar envolta em sonhos que hão de se realizar. Nos primórdios celestiais, me deleitarei quando este dia chegar, pois ali sei que toda dor irá cessar e a felicidade, para mim voltará a reinar. Alí sim não mais lembrarei do que ficou por se concretizar.
Amo e odeio essa minha teimosia ... essa mania de insistir até não poder mais!!! Só é saudável às vezes ... se passar do ponto vira doentio ... inútil talvez ... Amo e odeio minha teimosia, mas sei que muito do que conquistei devo a ela ... e muito do que sofri também ...
Enfim ... amo e odeio essa teimosia toda que me inquieta ...
Inquietude
Inquieta-me,
passar por você,
sem que eu não o olhe!
Meus olhos...
Foram feitos,
para ver o amor
em seu coração!
E o desejo em seu corpo.
Não posso fugir
dessa realidade
que minh'alma
consegue sentir,
pela sensibilidade
que nela mora!
A vida amarga
mói
inquieta
queima tantas ...
Tantas vezes !
É preciso que estejamos sempre
a postos
prontos e atentos .
Quem pensa que anda no céu
todo o tempo ...
Ilude sua alma e não se filtra
em nenhum momento .
É preciso muita paciência
para fazer soar um canto
de paz na vida .
Não apagar as feridas
Mas tentá-las cicatriza-las
Afinal elas sempre estarão ali nos
lembrando o quanto já fomos fortes
e o tanto que já vencemos .
Quem pensa que o tempo
vem sempre vestido de vento ...
Ainda não aprendeu a
florescer a vida por dentro !
Meu pensamento está acelerado, não consigo parar. Quero ler, assistir, fazer alguma coisa. Mas minha mente está inquieta demais, eu não consigo fazer nada além de dormir. Não consigo sequer pensar.
Sem ter uma mente inquieta
Não há criatividade
Tão pouco o homem terá
Sua total liberdade.
Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN
SOLIDÃO INQUIETA
Inquieto no peito os soluços e os gritos
Do silêncio que rege uma tal despedida
Há choro, lamento, e tarares contritos
Para, infeliz, galgar o prosseguir da vida
Teu cheiro, nos meus dias viraram ritos
O meu capricho está sempre de partida
E os meus ineditismos estão proscritos
Sem tu, o coração é uma imensa ferida
Mas tua alma ficou, tatuada na poesia
E assim os sonhos confidencias pra lua
Das noites de devaneios, amor e magia
E nas trovas de solidão inquieta e nua
O poetar é de dor em forma de agonia
De quem vagueia despovoado pela rua
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 de junho de 2020, Triângulo Mineiro
Sertão da Farinha Podre
Olavobilaquiando
Eu gosto de corações sujos e mentes inquietas.
As almas antigas que conheceram vidas difíceis.
São essas, que lançam o brilho mais maravilhoso sobre as vidas alheias.
Desconfio dos que se dizem serenos.
Uma alma que não se cala.
Minha inocência contém...
Inspiração em minha alma...
Sou uma ave sem ninho...
Sou uma gaivota no espaço...
Sou o perfume dos lírios...
Sou um bailado no espaço....
Sou bacharel em poesias...
Sou um poliglota calado...
Sou um observador de temor....
Sou a pintura do quadro...
Sou a dança nas culturas...
Sou a esperança de um futuro...
Sou música...
Sou calor...
Sou a fera que não maltrata...
Sou o Rose no vinho tinto...
Sou um giro que não roda...
Sou a hélice do helicóptero....
Sou por inteiro...
Em mim...
Não falta pedaços...
Sou o carburador que injeta...
Sou o pistão que causa explosão...
Sou um peixe do rio em busca do mar...
Sou apenas uma alma...
Em busca da paz...
Que jamais irá se calar...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Só existe saber na invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros.
Bom dia,
nestes dias a incompreensão inquieta a alma,
sangra o sentimento e desconstrói
nossas certezas.