Inocência
Inocência
Nas narinas da imaginação...
Ela sente o cheiro da inocência....
O vento vai soprando e rasgando o véu...
Aflorando a inspiração...
Oh inocência perdida....
Viola açoita....
Que ecoa no sertão....
Saudoso é o nacer do dia...
Que mexe com o coração de um peão...
As cordas vão tinindo...
Com a melodia no refrão...
Objeto de pinho...
Envernizado por um chorão...
Ahoooo , trem maluco...
A gaita chia ,no alto do espigão.....
Vai vocalista da garganta afinada...
Desenrola livremente...
No dó-ré-mi....
Sou eu que vou no batente....
Não uso dedeira...
As unhas até se ferem....
Formando a canção...
Na frase ainda virgem...
Flores se desmaiam com seu odor...
Livres , leve e soltas...
Que batem no peito do poeta....
Nas manhãs tropicais...
Que atiçam o cantar dos pardais...
Tico-tico no serrado...
Voa triste e rasteiro no quintal...
Outros pássaros aparecem....
Querendo ouvir a afoita melodia...
O braço do instrumento...
Inverga mais não quebra...
Aperelho bem afinado...
Poesia ilustrada...
Sem intervalo vai gemendo...
Na mente do cantor...
O que não falta...
É um verso que sustenta....
E aqui...
Aguenta só quem pode...
Nesse verso arrumado...
Inocência misturada....
Na orquestra improvisada....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Paraíso dos meus sonhos.
Ah se eu pudesse..
Desfrutar da tua inocência...
Não pra fazer o que você pensa...
Mas sim...
Te cobrir de carinhos meus...
Tirando toda sua carência...
Ah se eu pudesse...
Provar gota a gota do teu néctar..
Ah se eu pudesse....
Causar-te nascentes onde eu posso matar minha sede...
Ah se eu pudesse..
Dar-te um céu lindo e estrelado....
Ah se eu pudesse....
Comer do teu fruto..
E sugar todas as substâncias necessárias que eu preciso...
Ah se eu pudesse....
Caminhar milimetricamente em tua alma...
Nutri-la com gosto do meu céu...
Ah se eu pudesse.....
Provar á ti...
A força do amor que há em mim...
Ah se eu pudesse...
Fazer um mundo....
Diferente de tudo....
E lhe entregar...
O mais lindo paraíso dos sonhos...
Onde abelhas rainhas...
Jamais teria sua vez....
Pois lá...
A Rainha seria tu...
Pois foi por ti....
Que esse Poeta se tornou Rei....
Autor: Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O segredo incompreensível da vida é encontrar dentro de nós a inocência de uma criança misturada com a perspicácia de um sábio ancião.
A perda da inocência é um preço alto a se pagar. Mentiram para mim! Nada fica mais fácil quando crescemos.
"Sabor de inocência, paixão de infância,o destino fez teu caminho novamente cruzar com o meu,sigamos juntos e em frente,temos muita coisa pra viver,multiplicados sejam estes momentos,que a felicidade seja nossa companheira eternal."
O doce olhar e a meiguice da criança, vem mostrar que é na inocência transmitida, o universo encantador que nos toca
Quando jogamos a culpa em alguém que reconhece sua inocência, ele se afasta evita nosso contato. É neste exato momento que reconhecemos que o errado era nos mesmo.
As provas da minha inocência não desvalem masmo depois de o juiz bater a gabela e ler a minha sentenca injusta
Senti o arrependimento no fundo dos teus olhos, a inocência de uma criança assustada, o carinho inesperado e verdadeiro. Te levei aos braços com amor, escutei todas as palavras que agora vinham a tona, tudo parecia se encaixar perfeitamente, mesmo que antes, já sentisse todas essas coisas.
Aceito o teu perdão, me lanço nos teus oceanos, mas se por acaso eu afogue ou me perca no fundo desse mar, saiba que irei me erguer sozinho. As coisas mudam! Agora posso ser peixe.
Os anos passam, a teoria é enraizada e muitas decisões antes tão fáceis pela inocência, agora se tornam um fardo se algo der errado;
Tão simples mas tão complexo...avaliar a delicadeza ou ser algoz?
Tudo tem sua singularidade, mas conter a balança buscando alternativas para ser maleável, nem sempre evolui e a insanidade é o melhor antídoto.
A inocência é tanto um privilégio quanto uma deficiência cognitiva, uma ignorância protegida que, uma vez prolongada até a idade adulta, ganha força e se torna um direito.