Inocência
Gostaria muito de ver o mundo pelos olhos de uma criança...
A inocência, a esperança e os sonhos nelas parecem ser infindáveis...
E contudo, desde a idade da inocência em que tanto me divertiam aquelas batalhas, aquelas aventuras, aquelas histórias de amores, aquelas cenas todas, tão naturais, tão bem pintadas — até esta fatal idade da experiência, idade prosaica em que as mais belas criações do espírito parecem macaquices diante das realidades do mundo, e os nobres movimentos do coração quimeras de entusiastas, até esta idade de saudades do passado e esperanças no futuro.
E aquela velha inocência descabida? Deixe-a ir! Ela já estava sufocada com sua maturidade, com seu desenvolvimento e sucesso, com o balé dos estorninhos.
E esse rostinho de inocência com um toque de malícia me faz querer sempre mais, e mais, e mais, e mais...
Em teu andar perante os outros, une a inocência à prudência. “Sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mt 10.16). Devemos incluir a inocência em nossa sabedoria, pois doutro modo tal sabedoria não passará de astúcia; e precisamos incluir sabedoria em nossa inocência, pois do contrário nossa inocência será apenas fraqueza.
Convém que sejamos tão inofensivos como as pombas, para que não causemos danos aos outros, e que tenhamos a prudência das serpentes, a fim de que os outros não abusem de nós nem nos manipulem.
Quando estamos em plena sintonia espiritual com o belo, o puro, a bondade, a inocência...reconhecemos quando ela acontece à nossa frente
“Ó páginas da vida que eu amava
Estava a tua procura no passado
Mas preciso da minha inocência
Para que hoje eu possa esquecê-lo
Ó coração mascarado, doentio e sagrado
Em algum tempo o dragão já houve em cova tão formosa?
Monstro atraente, angélico demônico, corvo de belas penas
Santo maldito, honrado vilão!
Ó natureza,
que tinhas a fazer no negro inferno quando
puseste um infernal espírito no mortal paraíso
Ó dragão, todo poderoso
com os teus fogos formou-se a dor
a dor de acreditar em um impossível amor”
A criança que vive em mim recusa-se aceitar que perdeu a inocência... Chora ao lembrar que com ela se foi a pureza.
Pula Pula
Criança ilumina qualquer dor
porém cava a maior saudade
sem maldade, na inocência
pura benevolência
Criança? Mata a sede dos meus olhos
dando-me água com as mãos.
Ô moço! Chora não.
Quer brincar? Só me dê seu coração,
nem mais um tostão!
Caminha a passos minúsculo, pequeno pesado.
Na vida há imprevistos, notícia inopinada
surge no final da tarde, depois que o andarilho
de camisa amarela suada, desbotada
jogou na garagem espelhada por objetos (bem definidos)
um papelucho desorientador, e inerte.
No balanço da árvore os cabelos voam,
desprendem-se até a moleira,
despenca maças carnais dos galhos
e sobra salada na sobremesa saudável.
É levada para a casa do moço bom,
-Ele gosta de você, terá todo cuidado
de porcelana frágil, estás em boa companhia
-Tudo bem mamãe, eu sei, eu te amo,
chama lá a vovozinha.
A mãe desaba como a fruta, a maçã
e sabe da força do filho,
daquela criancinha,
que corria para sua cama,
com medo de monstro da infantil fantasia.
Se apega no terço coração marejado
-Mãe rainha, derrame suas graças
na minha pobre filhinha.
Força maior do dia, dia-a-dia, nutrida
por mistura composta por três partes
Há bolinhas de sabão por tudo
e palhaços a cantar uma vez por mês
só pra sonhar com papai do céu
toda vez.
Exemplo há superar.
Criança chora, ainda brinca
criança dorme eternamente,
vai para o infinito cativante
silencioso, escuro, molhado
florido, inesquecível.
Na caixinha de boneca toda branca,
o carrinho empurrado com sutileza
igual àquele carrinho
de madeira puxado
pelo cordão do peão.
Criança? Criança é ternura em cima
do cavalo magricelo de vassoura:
-Devolve menino, tenho que varrer,
seu pai há de chegar, e entra pra dentro
que vai chover.
Adulto é ser, ter o desgosto de não
poder deitar no chão, junto à chuva
sem saber se vai resfriar.
É não arrancar a tampa do dedão,
chutando bola de leite: -Silêncio, caiu no vizinho
O senhor se apegou a camada de borracha
protetora de incômodos terrenos, empoeirados:
-Devolve a bola moço?
Implora, choraminga e míngua:
Só mais dez minutinhos mamãe...
é minha vez de procurar a minha paixão
no esconde-esconde e polícia e ladrão:
-Achei, agora me dá um beijinho? Um beijinho Zinho?
-Entra menino, o jantar está pronto
panela de barro pro feijão cheirosinho, avental
e cadernos com lápis e borracha, juntos com a
tábua de tomate
-Dever? É obrigação!
É bom viver, aprender com corpos franzinos
pequenos, ter aula de ser prazenteiro
sem se fincar para pagar conta e cartão.
Criança? É aprender que a vida brota do chão.
Guarde em seu coração um canto em que a inocência se encontra com a pureza. Se for assim, ali você encontrará refúgio nos tempos de angústia.
Ontem a inocência brincava comigo e me protegia por instinto, hoje a ingenuidade irmã da inocência, me confundi as vezes, porém o passado me faz lembrar da inocência perdida, ele me joga nos braços da perspicácia, não me queira mal futuro, sou protegida pela perspicácia minha amiga de longa data, não se iluda mais comigo, faz tempo, que eu não ando com a inocência e nem com a ingenuidade, hoje meu olhar é firme, minha palavra é verdadeira, minha atitude é visível, minha personalidade é forte! e não se engana mais com elogios tendenciosos ou falsas promessas, que partem de bocas, que eu jamais beijarei, pois é, cresci por dentro e por fora, não é qualquer frase de amor ou poemas ditos, que me levaram para o horizonte!
Um pai joga a filha do sexto andar de um prédio
e jura inocência aos policiais.
Bandidos roubam um carro e não permitem
que uma mãe retire seu filho de seis anos
de dentro do carro, o menino fica pendurado
pelo cinto de segurança do lado de fora do veículo
e é arrastado por sete quilômetros de distância.
Menores de idade sequestram um casal de jovens
que acampava, após abusarem da moça em forma
de rodízio, um dos menores a assassina na frente
do namorado e depois atinge o jovem com golpes
de facão, o jovem morre por traumatismo craniano.
Abra os olhos,
não se deixe enganar,
o inferno é aqui na Terra!
Roney Rodrigues em "O Inferno é aqui"
Tem horas em que fico me lembrando
Sentindo uma imensa saudade
daqueles bons tempos da inocência
Coloridas peças de encaixe
o brinquedo que vinha no doce
desenhar a minha mãe com tinta guache,
A moeda que meu pai trouxe da rua,
Olhar as figuras nos livros
Sem saber o que é que estava escrito
Correr até ficar sem ar
Parava, dava uma respiradinha
E novamente estava pronto pra brincar
Brincando a gente se machucava
cortava o dedo e chorava
No outro dia, tudo havia passado
E meu medo era de coisas imaginárias
Hoje os cortes são bem mais profundos
Feridas, que apesar de imaginárias
No outro dia não passaram
Eu aprendi a ler o escrito
E não gosto das coisas que eu leio
O tempo da falta de inocência veio
As peças não parecem ser mais assim;
Tão coloridas
Meus medos são reais
Nada mais se encaixa
Talvez a mudança esteja em mim, mas a inocência não me deixa saber da verdade, então digo que as pessoas já não são as mesmas...
Sentimento é lucura,é muito forte,meu desejo é ter com você um amor coberta de inocência total,quero ser teu sonho onde quer que esteja.
Me chamam de pedra mais dura do mundo porque cerca de mil mulheres tentaram me esfregar e nenhuma delas conseguiu,mas você foi a única pessoa que consegue me esfregar facilmente sem usar nenhum martelo.adoro tudo que existe em você.
Hoje eu observei crianças. Vi fotos de crianças e vi-las correr com a maior inocência do mundo. E eu vi seus pais felizes. E eu vi seus pais cuidando de seus filhos com todo o amor do mundo. E então eu me lembrei que em breve você também será papai. E você também vai se sentir feliz ao lado de sua namorada e de seu filho. E eu me lembrei que vocês serão felizes, e você vai ter um filho que não vai sair de meu ventre, como um dia eu sonhei. Mas ainda assim, espero que saibas que desejo a você a sua família todo a alegria desse mundo.