Inicio
Desde o início eu quis o fim, mas o fim nunca chega... quanto mais quero adormecer mais vezes eu acordo nesse lugar!
Faleceu no inicio desta madrugada, à meia noite
em ponto, o "Dia de Ontem", que segundo
algumas pessoas, já fora tarde, e para outros,
deixou saudades imensas, um gostinho de
realização inesquecível.
Para algumas pessoas, o dia de ontem demorou
demais para passar, foi longo e tedioso, marcado
por momentos de dor e sofrimento, para outros
passou rápido demais porque marcou o
nascimento de mais uma vida, a descoberta do
amor, a possibilidade de um novo emprego, a
esperança de uma nova amizade.
O dia de ontem será lembrando por algumas
pessoas, pela dor ou pelo amor, mas muitos não
conseguem reter sequer uma lembrança do dia, não
se lembram sequer o que comeram no café da
manhã, outros nem tiveram o prazer de fazer uma
refeição.
Muitos guardarão impressões para sempre, porque
o dia de ontem marcou o fim de um antigo
relacionamento, a morte de um ente querido, a
demissão do emprego tão necessário nessa época,
a reprovação naquela prova tão importante, a
briga familiar que deixou todos com vergonha de
si mesmos, e outros estão dormindo rindo,
sonhando com anjos, pois no dia de ontem
realizaram um sonho...
No meio dessa notícia da morte do dia de ontem,
Deus em sua generosa misericórdia, manda-nos a
Boa Nova todos os dias, sempre no primeiro
minuto após a morte do dia de ontem: nasce o
"Dia de Hoje", onde todos nós, invariavelmente
temos a oportunidade de marcar com as nossas
atitudes, essa data para sempre, com alegria ou
tristeza, com amor ou revolta, com mais trabalho
ou preguiça, com desejo de mudar ou conformismo
de sempre.
Ai está o nosso presente: o "Dia de Hoje" que se
renova em esperanças, na certeza de que somos
nós mesmos, os donos do dia, de cada minuto que
nos compete trabalhar, e por isso mesmo, o sol
que se levanta brilha para todos, mas é preciso
que você saia da sombra e o busque para aquecer
seu coração para este dia seja mais do que uma
lembrança, seja inesquecível e para sempre,
o dia mais feliz da sua vida.
Deus, ainda existe dentro de mim.
Começar a falar de Deus é realmente um ínicio de oração, dessas que enchem nosso coração de alegria, por buscar a Presença do Espírito Santo, sem perceber ouvir e saber que seus anseios, os anseios do nosso coração são escutados por Deus. Porque na verdade Deus compreende e escuta todo aquele que lhe buscar. Esse é um ínicio para quem quer ver, falar, escutar e aceitar Deus, esse Deus que se fez homem e se chamou Jesus, esse Jesus para alguém que muitas vezes está sozinho, procurando pelos caminhos errados a solução dos seus problemas.
Alguém que chora escondido por algo perdido, que tem medo de entregar seus sentimentos para Deus, sem lembrar por causa da dor, da raiva guardada, que nada se esconde aos olhos do Senhor Deus.
É para aqueles que se entristece por maldades humanas e se esquece que é de Deus que vem as melhores bondades.
Procure refletir cada vez que ouvir o nome de Deus seja como canção, poesia, palavra, gesto, de qualquer jeito é uma forma de Deus demonstrar que se importa com você, que lhe ama assim do jeito que ele te fez, para ele, somente para ele.
Você já parou para conversar com Deus?
Há sempre alguma coisa para ser dita, com certeza você se identificará com muitas dessas palavras escritas...
Alguém sempre fala de consolo...
Se o coração desanimar e, por algum motivo você sentir coisas erradas, e seus lábios pronunciarem palavras de tristeza e de amargura, fique à sombra de uma árvore, deixe o vento lhe acalmar, e acalmar seu coração, seus inquietos pensamentos, admire o azul do céu, desse céu infinito e, chore até sentir que chegou perto de Deus, pois nossas lágrimas significam que temos que ser humildes, é assim com a verdade no íntimo que Deus se manifesta para nós.
Chore não de tristeza, mas de esperança, compreenda cada gesto seu e dirija o Deus Pai uma prece de gratidão e de amor, pois seu corpo deixará de ser uma sombra para ser uma esperança, pense no amor, busque o amor, e nos momentos difíceis não fale mal, não se despreze,
Não enfraqueça, pois nosso pecado de baixa estima enfraquece nossa fé e a imperfeição desse ato tenta aos poucos destruir o amor e Deus não quer que isso aconteça, pense no quanto você sairá perdendo.
Pois, uma oração triste começa assim, Deus não quer ver tristeza na vida de quem lhe busca a cada instante, a cada momento, mas se mais uma vez você achar que Deus não lhe escuta, não queira em nenhum momento se afastar dele, queira simplesmente desabafar, pois muitas vezes o ser humano é tão inconformado que é difícil aceitar a vontade de Deus.
Se ontem, se hoje, se amanhã você sentir que tudo parece perdido, que a Presença de Deus parece tão longe, acredite que Deus lhe ama, olhe para o céu e sinta vontade de clamar seu nome, de lhe escutar.
Sinta a necessidade de lhe procurar e, então confirmar para todos que unicamente é Deus nosso único Salvador.
Se você sentir sua fé pequena e, no seu coração surgir maldades, dúvidas, sinta que é impossível estar perto de Deus e querer coisas erradas, pois ao lado de Deus é ter a maior riqueza que um ser humano possa desejar, se você buscar a Deus sua vida terá um novo sentido, pois compreenderás o que realmente necessita.
E, uma oração renovadora surgirá...
Início do fim
Ah! Se você soubesse
se tivesse consciência
se entendesse
e não se fechasse à realidade
compreenderia que se abrisse a sua porta
encontraria a relva verde
veria a delicada flor orvalhada
exalando o puro perfume
no amanhecer do dia
do resto da sua vida.
Um sonho, uma vida
Sonho sonhado, vida vivida
A vida é um livro...
Constua o início, pra viver o meio, e quando chegar no fim....
Ah, deixe o fim com o destino."
Ah! Como eu tenho saudades do seu perfume, do seu abraço no início do trabalho e de seu olhar apaixonada por mim! Saudades do jeito que sussurrava no meu ouvido, da forma que arrumava minha gravata! Embora tudo isso já tenha se passado a algum tempo e nunca irei esquecer seus carinhos por mim! E até hoje eu lembro da nossa música :"É mais um dia sem você! Mais uma noite que eu espero. Se alguém no mundo quis você : Fui eu... "
No início eram tão esparsas e pequenas, que eu quase não percebia, mas de repente, as doses tornaram-se tão altas e constantes, que rapidamente me viciei, a ponto da sua presença tornar-me absolutamente dispensável nos meus dias tão repletos de ausências.
O que é o fim, se não o seu início?
Quem constituiu o tempo por juiz, para os determinar?
Outono e inverno estão a legislar.
Quem os legitimou? Quem os escolheu?
Sou partidária do atemporal, do verão, da primavera.
Voto para que os poderosos sejam condenados a vitalícia cela!
Que eu derreta antes de congelar!
Melhor ser fogo do que água dura me tornar.
Tudo começa com o nascimento ou com a morte?
Para muitos apenas o nascimento indica o inicio de uma jornada, mas digo, mesmo no caminho desconhecido da morte, uma nova jornada se inicia.
Tudo que eu planejei foi em vão.
O que devo fazer agora?
Construir tudo desde o início,
Ou perder-me por não ser capaz de agir como deveria?
A vida é curta, e encurta nossas decisões.
Pense bem, mas pense de tal maneira,
que saibas que não vás se arrepender.
Talvez esse pouco tempo que você perdeu assimilando os fatos,
te dê uma vida inteira para compreender o melhor da vida.
A chance que ela nos dá pode ser única.
Por isso,
se arrependa antes de fazer algo,
mas não sofra as consequências igualmente.
Depende somente de si,
pra tudo ocorrer bem.
Seria tão simples se dissesses tudo no inicio, assim me poupavas da tristeza que agora não desgruda de mim.
Como se enganam os que acreditam que nossos castigos provenham de Deus. Desde o início dos tempos a Infinita Inteligência delegou à consciência esse papel de juiz quando fazemos sofrer os que nos amam para que o Amor Supremo cuidasse apenas de coisas mais nobres. E como esse juiz me encontra onde quer que busque esconder-me, ah...como ele sabe se mostrar implacável!
Tanto a discussão pode ser vista como o principio de um dilema, quanto como o inicio de um entendimento, e o resultado disso dependerá não pela concordância em si, mas pelo o estado de espírito dos envolvidos.
Correr atrás do amor só tem final feliz em filmes, porque na vida real, feliz é apenas no inicio.. Até que de verdade, você ame.
Tinha o tamanho da praia
o corpo era de areia.
E ele próprio era o início
do mar que o continuava.
Destino de água salgada
principiado na veia.
E quando as mãos se estenderam
a todo o seu comprimento
e quando os olhos desceram
a toda a sua fundura
teve o sinal que anuncia
o sonho da criatura.
Largou o sonho nos barcos
que dos seus dedos partiam
que dos seus dedos paisagens
países antecediam.
E quando o seu corpo se ergueu
Voltado para o desengano
só ficou tranquilidade
na linha daquele além.
Guardada na claridade
do olhar que a retém.
A Budiudiuca
Chegou no início da tarde e acomodou-se ali no último compartimento da minha prateleira que ficava encostada no meu tanque de lavar roupa. Sequer me pediu licença. Decerto já sabedora da minha paixão por seus iguais. Para ser mais exata, de minha enorme paixão por todas as criaturas do Uno.
A princípio arredia. Bastava que ela ouvisse minhas passadas para cair no mundo como se só a minha presença a colocasse em perigo real. À medida que eu fui me aproximando sem fazer barulho, pé ante pé, de mansinho, passinhos sonoros para não assustá-la, ela foi se assentando e aceitando a minha presença. Não me evitava mais. E eu, de minha parte tentava fazer o menor ruído possível ali na área de serviço. Não sacudia mais, depois de lavadas, minhas sacolas plásticas para não levantar suspeita de perigo na minha inquilina.
No entanto, ela só aceitava a mim. Bastava que chegasse visita para ela fugir em vôo disparado. E, assim, foi ficando, foi ficando e um belo dia ouviu-se o ruído denunciador da minha condição de avó. Haviam nascido dois.
Minha mãe com experiência na área sentenciou, assim os viu:
— São macho e fêmea.
— Por que sabe? Fiquei curiosa
— O macho é maior e mais forte.
Batizei-os de Leo e Léia.
O que mais me encantava naquela família era a dedicação total da recém-mamãe.
Saia logo cedo e após uma hora mais ou menos voltava com o papo cheio de comida para os filhotes. E ficava lá em cima deles esquentando-os, o restante do dia.
Porém, um dia, saiu e não voltou. Só comecei a me preocupar por volta do meio dia. Disse para minha mãe que aquilo não estava certo, ela havia abandonado os filhotes que ainda não voavam.
Eu olhava ao redor, em cima da casa, no arvoredo próximo e nada da mãe fujona.
Afligi-me com aquela traição e fui para a internet ver o que podia fazer. Que comida dar para os filhotes, enfim, eu tinha de suprir, como avó, a ausência da mãe desnaturada.
Encontrei, para meu espanto, vários relatos de abandono de ninhos pelas mamães rolinhas:
São ‘levianas’, pensei de pronto. Muito magoada e com um enorme dó dos dois pequerruchos despenados, considerei seguir um dos conselhos de um tratador de filhotes órfãos: mingau de fubá sem sal. Quando a papa ficou pronta minha mãe recomendou;
— Coloque bem perto deles, pois eles não vão deixar você pegá-los para colocar goela abaixo.
Assim que me aproximei qual não foi meu espanto quando eles assustados, ensaiaram um voo e caíram desajeitados no chão com grande estardalhaço e por mais que eu tentasse não conseguia pegá-los. Rápidos eles se escondiam entre as bacias e baldes e quando eu conseguia retirar o que me estorvava alcançá-los, eles pulavam para debaixo de outra vasilha. Ficamos lá nessa luta inglória muito tempo, até que desisti e deixei a comida no chão bem à mostra de seus olhares famintos assim que eles resolvessem sair do esconderijo, por conta da fome.
Sai para resolver uns problemas no banco e quando regressei encontrei a mãe andando pelo quintal, vagarosamente como se carregasse o peso do mundo.
Fiquei catatônica.
— Como assim, você não havia sumido?
Ela me olhou demoradamente e eu li naquele olhar a pergunta?
— O que você fez com meus filhotes?
— Eu tentei alimentá-los e eles fugiram, estão por aí debaixo das coisas. Respondi amargurada.
Ela ficou por ali muito tempo e nada de localizá-los. Então resolvi procurá-los para mostrar pra ela que eles estavam ali mesmo escondidos.
Não os localizando, chorei.
— Perdoe-me. Pedi aflita para a mãe. Será que você consegue me perdoar? Implorei para aquele olhar postado em mim doloridamente.
Após vários minutos ela desistiu e partiu. E eu fiquei remoendo a minha dor de haver interferido na didática de ensino da ave. Certamente ela saíra para dar aos filhotes a oportunidade de se virarem sozinhos. Era um meio de forçá-los a saírem para o primeiro vôo a demora do retorno.
Passei o restante do dia moída de remorso. Até pareceu-me que eu tinha declarado a terceira guerra mundial e estava à beira de acabar com toda a vida do planeta terra, tal era a minha dor.
À noitinha saí para dar mais uma olhadela em torno da extensa casa, comprida a perder de vista, e para minha surpresa, avistei o macho, em cima do telhado da cozinha, bem rente à cumeeira de separação com a sala de jantar. Gritei de alegria.
— Léo, você voltou pra vovó.
Ainda em estado de êxtase supliquei esperançosa.
São Francisco de Assis, protetor dos animais, me ajude a encontrar a Leia.
Ele me atendeu prontamente. Léia saiu debaixo do tanque dando saltinhos miúdos, sinal da sua fraqueza por falta de alimentos. Consegui pegá-la desta vez e depois de alimentá-la com uma pequena colher boca a baixo, joguei-a para cima em direção ao telhado. Ela ensaiou um meio voo e parou em cima da casa.
— Léo, cuide da sua irmã até sua mãe voltar, por favor, querido.
Eu tinha certeza que a Budiudiuca voltaria para resgatar os filhos, e ali em cima do telhado era mais fácil avistá-los.
De vez em quando eu saia ao terreiro para ver como eles estavam se saindo. Lá pelas tantas da noite, não conseguindo dormir, voltei ao terreiro e fiquei demasiadamente comovida: eles estavam tão próximos um do outro como se tentassem suprir um pro outro a falta da mamãe.
— São Francisco, por que a Budiudiuca ainda não veio cuidar deles? Perdoe-me a insistência, mas eu preciso que ela volte, a culpa foi minha. Ou então faça com eles arrisquem um voo e sejam vitoriosos.
Fui dormir depois da minha oração muito esperançosa, tenho muita fé no Santo protetor dos meninos irracionais (ou não)? Confesso que ainda alimento muitas dúvidas a esse respeito. Acho que eles pensam e amam como nós humanos, só não desenvolveram a linguagem de palavras.
Ao acordar, corri para vê-los e fui presenteada com uma maravilhosa surpresa: no ninho, que eu não tinha tido a coragem de desfazê-lo, encontravam-se mãe e filha. Ela aconchegada debaixo das asas, só se via a sua pequena cabecinha. A mãe me olhava fixamente. Chorei desta vez de alegria.
— Eu te amo São Francisco. Preciso dizer que beijo teus pés e tua boca, se puder, claro.
Léo não estava lá. Mas a mãe me olhou tão calmamente que eu compreendi o que ela me dizia.
— Meu filho agora é dono do espaço, ele se foi.
Corri a contar para minha mãe que sentenciou:
—Léo voltará, fique tranquila.
Minha irmã não concordou.
— É claro que não volta, ele é novo e não tem noção de rumo, de espaço. Ele se foi pra sempre.
Nós três, eu e as duas aves fêmeas, ficamos num namoro demorado e apaixonado durante a manhã toda. De vez em quando eu ia vê-las e lá no meio do dia em um dos meus regressos no quintal, não as vi, elas não estavam mais lá.
— Foram embora. Nunca mais vou ver nenhum dos três. Fiquei aliviada e feliz pelo desfecho, só que eu teria uma alegria ainda maior...
À tardezinha, fui recolher minhas roupas que já haviam secado e me deparei com a cena mais bela de toda a minha vida. Estavam os três em cima do telhado e em vôos curtos e rápidos, mas numa bela coreografia ensaiada.
Estão se despedindo de mim. Tive a certeza disso e gritei.
—Sejam felizes e se cuidem. O céu é o limite. Amo vocês do fundo do meu coração.
Decorridos três dias, ela voltou passeando pelo chão, deu a volta no quintal todo e de vez em quando me olhava.
— Desmamei-os. Eles agora são donos de suas vidas.
No dia seguinte, apareceu com um galho no bico. Eu a toquei desta vez.
— Vamos nos mudar pequena, não posso deixar a prateleira pra você. Procure outro lugar pro seu ninho, me perdoe.
No dia mudança, eu fiquei pra trás aguardando o caminhão enquanto eles colocavam a mobília no baú e então, ela chegou.
Ficou em cima do muro do outro lado da rua, andando de um lado para o outro, parava e me olhava, muitos, muitos minutos.
— Vou sentir muita saudade Budiudiuca. Acho que desta vez não nos veremos mais. Você não saberá pra casa eu fui e eu não tenho como te levar não é mesmo?
Ela veio para a árvore defronte a casa e pousou no galho mais baixo. Ficou lá até o caminhão sair.
— Meu coração é seu, pequerrucha.
O caminhão foi embora e eu saí, também, olhando pra trás. Ela ficou lá no galho quieta como se com isso fizesse com que eu mudasse de idéia de partir.
Embora, talvez ninguém acredite nisso, eu posso provar. Minha mãe e minha irmã são testemunhas vivas desse meu caso de amor.
Depois de vários meses na residência nova, minha mãe me chamou.
— Vem ver quem está aqui.
Minha amada filha Budiudiuca e seu companheiro. Eu soube assim que a vi. Meu coração a reconheceu. Eles estavam em cima do muro nos fundos da casa e fui lá conversar com ela.
— Minha casa é muito pequena agora e a prateira está cheia de louças que não couberam na cozinha minúscula. Não tem espaço pro seu ninho aqui, mas você tem um vasto mundo pra isso e não ficará com raiva da mamãe, não é mesmo?
Após alguns minutos eles se foram, mas de vez em quando ela volta e o nosso namoro de mãe e filha continua.