Ingenuidade
As coisas são mais simples do que parecem, os homens "instintivamente" são propensos a certas atitudes, algumas mulheres os culpam como pessoas de fraco caráter, desvio de personalidade ou chame como quiser. Absolutamente ninguém, mesmo que gêmeo idêntico não é igual neste mundo e qual a graça que teria nisto? Ver uma mulher reclamar de homens que fazem mal em uma época tão banalizada, não apenas por homens como também por mulheres escarnecedoras é um pouco de ingenuidade. Não adianta por a culpa nos homens e muito menos nas mulheres porque no fim quem escolhe é exclusivamente você, você que se arrisca, você que se joga e qual mal tem nisso? Nenhum, o importante em falhar é aprender, progredir e entender que toda experiência vem com um propósito. Será que o problema não seria que homens e mulheres não sabem esperar as coisas no tempo determinado? Será que não estamos saltando certas etapas que o destino nos reserva? Ou uma decepção não seria assim um livramento? Relacionamentos tem e devem ser baseados em verdades, amar é bom, mas saber se amar é melhor, quem não é feliz sozinho nunca saberá como fazer outra pessoa feliz. Essa dependência sentimental de perda da posse alheia é o que machuca, ninguém é de ninguém e sempre foi assim, nascemos e morreremos sozinhos, por isso que devemos compreender que prioridades não deviam ser relacionamentos, mas sim nossos outros objetivos, uma pessoa cristã diria: "Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Eu diria:" O coração é um campo minado, mesmo com um mapa você pode se machucar, no fim do dia é melhor se perguntar se valeu a pena se ferir por esse amor do que imaginar a dor ao ser magoado, porque não somos perfeitos e não devemos tentar provar isso, aquele que tenta ser, cai na sua própria imperfeição."
A ARTE DE SER VELHO
É curioso como, com o avançar dos anos e o aproximar da morte, vão os homens fechando portas atrás de si, numa espécie de pudor de que o vejam enfrentar a velhice que se aproxima. Pelo menos entre nós, latinos da América, e sobretudo, do Brasil. E talvez seja melhor assim; pois se esse sentimento nos subtrai em vida, no sentido de seu aproveitamento no tempo, evita-nos incorrer em desfrutes de que não está isenta, por exemplo, a ancianidade entre alguns povos europeus e de alhures.
Não estou querendo dizer com isso que todos os nossos velhinhos sejam nenhuma flor que se cheire. Temo-los tão pilantras como não importa onde, e com a agravante de praticarem seus malfeitos com menos ingenuidade. Mas, como coletividade, não há dúvida que os velhinhos brasileiros têm mais compostura que a maioria da velhorra internacional (tirante, é claro, a China), embora entreguem mais depressa a rapadura.
Talvez nem seja compostura; talvez seja esse pudor de que falávamos acima, de se mostrarem em sua decadência, misturado ao muito freqüente sentimento de não terem aproveitado os verdes anos como deveriam. Seja como for, aqui no Brasil os velhos se retraem daqueles seus semelhantes que, como se poderia dizer, têm a faca e o queijo nas mãos. Em reuniões e lugares públicos não têm sido poucas as vezes em que já surpreendi olhares de velhos para moços que se poderiam traduzir mais ou menos assim: "Desgraçado! Aproveita enquanto é tempo porque não demora muito vais ficar assim como eu, um velho, e nenhuma dessas boas olhará mais sequer para o teu lado..."
Isso, aqui no Brasil, é fácil sentir nas boates, com exceção de São Paulo, onde alguns cocorocas ainda arriscam seu pezinho na pista, de cara cheia e sem ligar ao enfarte. No Rio é bem menos comum, e no geral, em mesa de velho não senta broto, pois, conforme reza a máxima popular, quem gosta de velho é reumatismo. O que me parece, de certo modo, cruel. Mas, o que se vai fazer?
Assim é a mocidade- ínscia, cruel e gulosa em seus apetites. Como aliás, muito bem diz também a sabedoria do povo: homem velho e mulher nova, ou chifre ou cova.
Na Europa, felizmente para a classe, a cantiga soa diferente. Aliás, nos Estados Unidos dá-se, de certo modo, o mesmo. É verdade que no caso dos Estados Unidos a felicidade dos velhos é conseguida um pouco à base da vigarista; mas na Europa não. Na Europa vêem-se meninas lindas nas boates dançando cheek to cheek com verdadeiros macróbios, e de olhinho fechado e tudo. Enquanto que nos Estados Unidos eu creio que seja mais... cheek to cheek. Lembro-me que em Paris, no Club St. Florentin, onde eu ia bastante, havia na pista um velhinho sempre com meninas diferentes. O "matusa" enfrentava qualquer parada, do rock ao chá-chá-chá e dançava o fino, com todos os extravagantes passinhos com que os gauleses enfeitam as danças do Caribe, sem falar no nosso samba. Um dia, um rapazinho folgado veio convidar a menina do velhinho para dançar e sabem o que ela disse? - isso mesmo que vocês estão pensando e mais toda essa coisa. E enquanto isso, o velhinho de pé, o peito inchado, pronto para sair na física.
Eu achei a cena uma graça só, mas não sei se teria sentido o mesmo aqui no Brasil, se ela se tivesse passado no Sacha's com algum parente meu. Porque, no fundo, nós queremos os nossos velhinhos em casa, em sua cadeira de balanço, lendo Michel Zevaco ou pensando na morte próxima, como fazia meu avô. Velhinho saliente é muito bom, muito bom, mas de avô dos outros. Nosso, não.
"Não seja ingênuo/a: Qualquer Pessoa, por melhor que seja, é capaz de cometer o mais perverso dos atos; assim também, uma pessoa da pior extirpe pode fazer coisas boas".
O simples de coração, muitas vezes tomba vitimado por laços e arapucas. Armadilhas anunciadas e previsíveis, mas que sua ingenuidade não o permitiu enxergar.
O obscuro invade minha personalidade;
Tenho dentro de mim um mundo, uma cidade;
Um local onde eu estou no comando...
Pois na vida real, sou apenas um homem chorando..
Dentro de meu ser há um turbilhão querendo sair,
Minha mente está tão confusa que nem sei como agir...
Minh'alma está desamparada,
Como uma rosa que da roseira foi cortada...
Tudo dentro de mim 'soa' como o rancor,
O que era branco ficou preto devido a dor.
Tanta coisa aconteceu...
O ingênuo que havia em mim já até morreu...
Hoje me pergunto: Onde está toda aquela pureza?
Tudo de bom foi embora, dando lugar à tristeza.
(kanieri Ferraz)"
As vezes sou muito ingênua, ao ponto de pensar que todos à minha volta sempre terão um coração bom, honesto. Mas a realidade não é essa, sempre vai aparecer um filha da p&%@ na nossa vida tentando se dar bem as nossas custas.
É aquilo: "as pessoas querem nos ver bem, mas nunca melhores que elas."
Aos poucos, a gente aprende. Aprende a aprender com os tropeços por acreditar tanto na bondade. Talvez falte cautela. Talvez o que sobre seja ingenuidade. Talvez falte verdade e a gente só enxergue esperança. Mania dolorida é essa de acreditar...
Ter um bom coração hoje em dia, não é fraqueza, é coragem.
Ser verdadeiro num mundo de falsos, não é ingenuidade, é carácter.
Meu coração sempre foi grande, minha paciência nem tanto.
Sou um ingênuo de carteirinha. Taí algo que a vida não vai corrigir em mim.
Minha ingenuidade é cumulativa e talvez necessite de um caixão à parte quando eu morrer...rs
Amo muito, fico triste fácil, falo o que penso e brinco com tudo.
Sou quem mais ri de mim mesmo, mas sou meu maior crítico, também.
Talvez pareça a descrição de um perdido, mas não é. Sei o que quero pra mim.
Hoje, quero muito pouco dos outros. Talvez apenas o mesmo respeito que têm de mim. Eu quero muito é de mim.
Quero ser quem sou. Só !
As pessoas que condenam as outras sem saber a verdade dos fatos são tão pecadoras quanto a mentira que propagam.
Tudo o que sou são exemplos do que vivi com a experiência dos outros, com os maus aprendi a ser bom, com os mentirosos a dizer a verdade, com os inexperientes a buscar experiência para não ferir a ninguém.
O mais engraçado e ao mesmo tempo triste é ver pessoas culparem e descontarem em outras pessoas a culpa as dores de ferimentos latentes que outras pessoas lhe causaram, ou quando elas mesmas provocaram...
Prisão mascarada
Ruas postes, esquinas viradas.
Vejo cabeças, pés e mãos.
O que vejo são vãos.
Mascarados de graças baratas.
E liberdades santificadas.
De olhos afobados apontados.
Para os doces pecados.
De viver como se fossem vigiados.
E isso aumenta a fome, a vontade.
A desordem se faz.
Por querer demonstrar um cartaz.
Quando obviamente.
“O que é?” não se responde por si.
Natural é ir, vir.
E ser no estado de estar.
Demonstrar, acorrentar.
Soletrar, balbuciar, dá no mesmo.
Infelizmente ainda é uma criança.
Chora sempre alto, com a esperança.
De um prêmio, seria um biscoito?
Seria por que tem dezoito?
Anda contando os passos para mostrar.
A liberdade que tem ao andar.
Pobres são os que são.
E aqueles que se esforçam para estar.
No ato de apontar, remoer.
Planejar o libertar.
Esvair-se á toda a liberdade.
E desta forma de dentro para fora.
Carrega as verdades dentro dum saco preto e as mentiras num saco branco, transparente, e deixe as pessoas afundarem na própria ingenuidade.
O discípulo chegou ao seu mestre, e perguntou:
- O que eu faço para ter uma ideia genial?
- Nada - respondeu-lhe o mestre.
Então, o discípulo foi ao rio e nadou o dia inteiro.
É extremamente ingênuo avaliar qualquer pessoa pelo que vemos e ouvimos, sem antes descobrirmos verdadeiramente o que está DENTRO dela.
Sonho além das barreiras da realidade. Guardo desejos simples, porém mais valiosos do que o dinheiro pode comprar. Fantasio algumas coisas como a ingenuidade de uma criança, não por pureza, mas é que assim fica mais gostoso seguir a vida.
Carrego a bandeira da ética e da diplomacia, mas senti na pele que a bondade em excesso é ingenuidade, e que a verdade absoluta pode ser devastadora.
Um ingênuo que se faz esperto, sempre ajuda a um esperto que se faz ingênuo, onde e como ele menos gostaria.