Infinito
O VERBO POETA
Nasceu, conjugou-se, amor
Em tudo que há de perfeito infinito
Na voz, n’alma; n’um só grito
Criou-se d’estrela esplendor...
Mas por nuvens escuras chorou
Triste, desdenhado, restrito:
Poeta de amor aos versos bonito
Que ao cantar, sorriu e amou...
Mas antes que não fosse o chorar,
Quais luas que veria profundo?
Se n’alma que não fosse o sofrer,
O que seria o cantar neste mundo?
De qual verbo seria o amar
Se o amor é cantar, e chorar, e viver...
Me faço infinito em seu olhar
E assim me desperto pro mundo
Em minha constelação particular
É você o planeta em que hábito.
E Deus, com seu infinito amor, sempre nos dá uma prova de que é preciso acreditar sempre. Ele sempre nos mostra que é bem maior que todas as impossibilidades.
INFINITO SONHAR
Não me diga o quanto a vida é bela
Ou o quanto a vida é dura
Eu tenho a ternura de todos os amores
E dos diamantes, a beleza mais pura
Não me diga o que é descartável
E o que é importante
Se eu tenho a alma e a luz da manhã...
Não me diga que é absurdo esse querer
Porque querer é viver
Talvez eu nunca mais esqueça o teu olhar
Pelo menos até que chegue a manhã...
Deixar de querer também é da vida
Ah! como dói esta dor e abre a ferida
Nunca mais vou sonhar...
Pelo menos até que chegue a noite
Com as estrelas e a luz do luar;
Então o amor não é eterno e infinito assim?...
Claro que o amor é infinito,
Pelo menos até que o amor tenha fim
Dor infinita, saudade infinita, desespero infinito. A pior sensação no mundo é com certeza quando você perde quem você mais amava/amou.
Acredite um dia
Acredito eu que um dia
No seu céu chegaria
E amaria ao infinito
Teu sorriso bonito
Cada parte de ti
Porque és parte de mim.
Acredito eu que um dia
Te levaria daqui
A bordo do meu 14 Biz
Pro meu mundo de giz
Se te amar é viver
Morrer é viver sem ti.
Acredito eu que um dia
Escreveria uma poesia
Que disseste o mínimo de ti
A fora do perfeito juízo
Porque triste é o sol
Ao lado do teu sorriso.
"A vida no seu vai e vem infinito, no eterno balançar da ondas, traz e leva tudo.
Nas lembranças, vão somando só as melhores partes.
Quem decide ser feliz, já é!
Quem não sabe dizer, nunca será....
Não existem rascunhos, nenhuma anotação a seguir.
Por isso, a opção melhor é: instinto!
Faça sempre o melhor, seja o melhor, para você e para os outros.
O retorno virá não pela compensação, pelo retorno, mas pela certeza:
Fiz e dei o melhor de mim.
Eu sei!!!!!!!
PERGUNTE AO INFINITO
Quer conhecer a dimensão dos meus sentimentos?
Se precisar mesmo saber o tamanho do meu amor?
Consulte, então, o infinito,
Pergunte a ele “qual é o seu tamanho?”
Se você obtiver uma resposta,
Poderá ter uma pequena noção do que sinto...
Oh! Infinito, amigo meu,
Não se sangue!
Responde-a!
Pedi a ela para procurá-lo,
Pois só você, oh, soberano, entende desse tipo de medidas!
Oh, honrado ser supremo!
Diga a ela também que existem pouquíssimas,
Pouquíssimas mesmo,
Não há muitas coisas maiores do que você, oh, soberano...
Para Melisso o ser deveria ser infinito - Parmênides dizia que o ser devia ser finito. Melisso defende o ser infinito porque ele não pode ter limites nem no tempo nem no espaço. Se o ser fosse finito ele teria que fazer limite com o vazio, o vazio é um não ser e é impossível que o ser seja limitado pelo não ser. O ser além de ser infinito é uno porque se fossem dois um deveria fazer limite com o outro e fazer limite significa limitar e o ser não pode ser limitado por outra coisa, mesmo outro ser. O ser não pode ter sido gerado pois se tivesse sido gerado ou se pudesse ter fim o ser seria finito no tempo, o ser seria limitado pelo tempo. O ser não pode ter vindo do nada nem pode acabar no nada, não pode ter início nem fim, ele vai além do tempo, nele o presente o passado e o futuro coincidem. O ser sempre foi é e sempre será.
O ser é também incorpóreo, mas esse incorpóreo não quer dizer que ele seja imaterial, ele tem que ser incorpóreo porque não pode ter uma forma e os corpos têm forma. Se o ser tivesse uma forma ele teria que ser limitado pois a forma tem limites e o ser não pode ter limites. Aqui Melisso novamente modifica a teoria de Parmênides, pois este acreditava que o ser era como uma esfera. O ser de Melisso não pode ter a aparência corpórea de uma esfera porque mesmo a esfera põe limite no ser e o ser é ilimitado. O ser é pleno e qualquer forma de vazio e nada não existem.
Melisso além de defender a unidade do ser defende também a imobilidade do ser contra a ilusão do mundo sensível que se apresenta como múltiplo e em constante movimento. O conhecimento sensível é falso e a prova disso é que ele demonstra ao mesmo tempo a coisa e a sua modificação mas se as coisas fossem verdadeiras elas não modificariam.
(de A Filosofia de Melisso de Samos)
O tempo
é um relógio
quebrado,
parado no
corredor
do infinito,
correndo
contra si mesmo
e contra
o seu relógio
atrasado.
Num espaço infinito, inúmeras esferas luminosas em torno das quais rodam dezenas de outras menores, quentes no centro e cobertas com uma casca dura e fria onde uma névoa bolorenta originou a vida e os seres conhecidos. Esta é a realidade, o mundo.
Mas se eu pintar um horizonte infinito e caminhar do jeito que eu acredito eu vou chegar em um lugar só meu, lá pode ter um novo amor pra eu viver quem sabe uma nova dor pra eu sentir a droga certa pra fazer te esquecer vai apagar a tua marca de mim.