Inferno
Não quero o céu...
Nem duvido do inferno,
quero apenas ser eu mesma,
tem gente demais usando mascaras
É tão curtinho o espaço para chegar ao paraíso quanto para chegar ao inferno.
Depende só do que você quer.
E eu quero os dois!
Prefiro o inferno do AMOR, do que o céu sem ele...
Prefiro a doença do amor do que a saúde sem ele...
Prefiro a insônia do amor do que o sono suave sem ele.
Pois somente quem nunca experimentou o profundo amor, vegeta na normalidade do nada.
'Obrigada por ser tão incrível que me faça preferir o inferno só pra ficar com você. Eu não me perdôo, mas perdôo você'
Céu e inferno
Entre o céu e o inferno
Eu me sinto vacilar.
De um lado você me atenta
De o outro tento me livrar
Es como água para mim
Vem minha sede matar
Como um lago,refresca meu corpo
Quando me sinto queimar...
É uma corda bamba
Não consigo atravessar
Fico parada no meio
Não sei que atitude tomar
Fico em um deserto ardente
Se contigo não estou
E quando chega querido
Queimo-me no seu calor
O Céu e o Inferno
Conta-se que certo dia, um famoso e hábil Samurai, conhecido pela sua violentíssima índole foi procurar um sábio Monge que meditava ao Norte durante o Inverno.
Encontrando-o em meditação no meio da neve ao pé de uma montanha, não perdeu muito tempo e perguntou-lhe em tom de voz duro sobre algo que sempre o atormentara e que com o peso da idade, lhe consumia o espírito até o limite do insuportável:
– “Monge, tenho pensado muito nos caminhos que trilhei pela vida até aqui… em tudo que vi e vivenciei. Sobre as minhas decisões e anseios. Preciso muito de uma resposta, ensina-me de imediato: o que é o Céu e o que é o Inferno?”
O Monge, de pequena estatura, idoso e muito franzino, olhou para o bravo guerreiro de cima a baixo com ar de reprovação e disse-lhe:
– “Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo e é um ser desprezível. Tem a inteligência de um inseto e o merecimento de um tolo. O seu mau cheiro é insuportável. Ademais, a lâmina da sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha para a classe dos samurais. A sua mera existência é lastimável! Desapareça da minha frente criatura execrável, você é tão indigno quanto o mais indigno dos homens!”
O Samurai ficou enfurecido. O sangue subiu-lhe ao rosto e ele não conseguiu dizer uma palavra, tamanha era a sua ira. Empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça e preparou-se para decapitar o Monge num violento e assustador ataque. No auge de tamanha fúria o Monge apontou-lhe o dedo e falou:
– “Eis o Inferno.”
O Samurai ficou imóvel como se tivesse sido congelado; estava ofegante e aturdido. A sabedoria e coragem daquele pequeno ancião o impressionaram, afinal de contas, arriscara a própria vida para lhe ensinar sobre o Inferno.
O bravo guerreiro baixou lentamente a espada e caiu de joelhos diante dele numa profunda e sincera reverência. Os seus experientes e destemidos olhos, que tantas sangrentas batalhas testemunharam, estavam marejados.
O velho sábio continuou em silêncio. Passado algum tempo, o Samurai já com o coração pacificado, pediu humildemente cheio de vergonha e gratidão ao venerável Monge, que lhe perdoasse o infeliz gesto. Naquele momento, o Monge em tom brando, doce e sereno lhe disse:
– “Eis o Céu”.
O céu e o inferno estão aqui nas nossas vidas e derivam com as nossas atitudes.
Se procurarmos levar o paraíso para os outros chegaremos lá também. Mas se tentarmos levar os outros para o inferno percorremos a mesma estrada.
A construção do céu ou do inferno só depende de nós.
Constrói o teu CÉU !
“O homem que não atravessa o inferno de suas paixões também não as supera. Elas se mudam para a casa vizinha e poderão atear o fogo que atingirá sua casa sem que ele perceba”
A cobrança de uma consciência pesada é o inferno da alma e deste inferno interior não há como escapar.
O inferno é a solidão
Nunca quis ser um peso a quem lhe podia dar a mão, estragar a vida a quem podia, talvez longe dos olhares do mundo, estar também a lutar contra a angústia
Era uma vez um homem que a dada altura da sua vida se descobriu sozinho. Sem compreender, sentiu-se num lugar remoto, onde não há estradas, onde ninguém mais está... nem vai chegar...
Ao início tomou esta angústia como algo passageiro que se desapareceria da mesma forma como tinha aparecido, mas, depois, sentiu que o desespero se estava a instalar de forma decidida e definitiva, que se alimentava das raízes do que nele havia de bom... e que, se nada fosse feito, em breve, nada restaria do que era.
... até que chegou a um ponto onde a cada noite se confrontava com o abandono absoluto. Deitado na cama, sentia o corpo carente de um calor qualquer... mas nada... temia e tremia... e era assim que, de espírito quase esgotado, se entregava ao sono.
Cada acordar era um despertar para o pesadelo... um nascer cru e cruel num mundo feito de brumas e cinzas... como se uma espécie de injustiça bruta o obrigasse a erguer-se para cima de uns carris que lhe predestinavam tempos, lugares e gestos... e se repetiam até à náusea. O corpo cedo nos trai. É o primeiro que cede aos ataques do inimigo.
Assim que o sol se punha e se confirmava que mais um dia havia passado sem que nenhuma esperança tivesse chegado perto... entristecia-se mais. Com cada noite chegava-lhe mais fome e mais frio...
O pior de tudo era não conseguir compreender a razão de tanto absurdo. A desproporção de tanta dor.
Chegou a pensar a própria fé como uma maldição, algo que lhe prendia o espírito a um estado de coma qualquer... e o mantinha em sofrimento. Uma esperança má que apenas serve para fazer sofrer quem nela se ilude...
Sentia-se só. Precisava de alguém... mas nunca quis ser um peso a quem lhe podia dar a mão, estragar a vida a quem podia, talvez longe dos olhares do mundo, estar também a lutar contra a angústia.
Sentia-se metade de qualquer coisa... do amor só tinha a saudade... que apenas punha a nu a tremenda carência... em que se estava a tornar... um buraco negro...
Numa noite muito fria compreendeu que, mais do que viver com os outros, o inferno é um deserto infinito onde não há nada, onde todos os medos se resumem apenas a um: ficar para sempre só.
Mas quem tem por quem chorar, vive com sentido. Apesar de todo o sofrimento.
Havia que travar uma luta pela vontade de acreditar no bem, uma guerra íntima, ali onde cada homem apenas se tem a si mesmo... é que a grandeza de cada um se pode avaliar também pela profundidade e paciência com que luta contra o mal.
As dores mais profundas resultam, não dos golpes feitos de súbito mas dos que, numa interminável persistência, se cravam de forma lenta e decidida na carne, uma tortura silenciosa, um trabalho persistente. Do mal no bem e do bem no mal...
Chamava-se João.
Quando a morte lhe chegou, apresentou-se a ela com o mesmo medo com que todas as noites enfrentou o nada... talvez com mais fome e frio que nunca...
Acordou numa manhã quente, tranquila e familiar... sorriu, mesmo sem compreender...
Nunca mais ia ficar sozinho."
Se foi Deus que falou, está falado e pronto. Nem o inferno inteiro invalidará, não há sepultamento pras promessas D’Ele. Que passe céus e terra, Ele cumprirá!
Tinha tudo e nada. Felicidade e castigo. Paraíso e inferno. O extremo disso tudo está além. Não tem rotas. Apenas acontece. Não dá para abraçar o que está íntimo e ao mesmo tempo distante. Nessa imensa e inóspita vida, somos gigantes e marionetes ao mesmo tempo.
Queria Que Você Estivesse Aqui
Então, então você acha que consegue distinguir
Céu de inferno?
Céus azuis de dor?
Você consegue distinguir um campo verde
De um frio trilho de aço?
Um sorriso de uma máscara?
Você acha que consegue distinguir?
Fizeram você trocar
Seus heróis por fantasmas?
Cinzas quentes por árvores?
Ar quente por brisas?
O conforto gelado por mudanças?
Você deixou
De ser coadjuvante na batalha
Pra ser protagonista numa cela?
Como eu queria
Como eu queria que você estivesse aqui
Somos apenas duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Passando pelos mesmos velhos lugares
E o que encontramos?
Os mesmos velhos medos
Queria que você estivesse aqui
[...] Cabelos vermelhos como fogo do próprio inferno, corpo magnífico de beleza extrema, desenhado e esculpido a pedido da própria Lilith, sua voz era como as das sereias, uma melodia viciante e inquietante, era assim que eu lhe via.
Tu surge como um demônio, me desvia de meus objetivos, faz-me pensar em uma vida, faz-me querer viver, tu molda meus desejos, até tão pouco não tinha uma vida, apenas tinha em mente o plano para o fim.
Tu meu pequeno demônio, tens minha vida, tu tens o que o veneno não matou, tu tens o que a droga não consumiu, tu tens o que eu ainda não matei, e não matei por ti, não matei pois sei que vai sentir, dói em mim porque dói mais em você, dói em mim porque ainda tenho amor.
Diferente dos outros demônios, tu não leva minha vida, você me traz vontade de viver, me traz um novo sonho, um novo alvorecer, você me trouxe o que não era para acontecer, Mas de certo modo você faz esse Vaso Quebrado encher.
Estou novamente em coma, ou agora é real?[...]