Inexistência
Inexistência...
Vazio...
Solitário...
Saudoso...
Mesmo com o conhecimento adquirido sinto-me vazio
Na presença de muitos reunidos, me sinto solitário
Longe de você, sem ver-te ou ouvir-te, sinto-me saudoso
A Vida compensa e a Morte recompensa... recompensa a vida com o descanso... descanso da inexistência.
Penso, logo existe!
Ante a inexistência do concreto
Busco na existência do meu ser
Em algum lugar inóspito, desconhecido
Algo que devo explicar,
Mas, que ainda não se pode provar.
Logo, penso, repenso, busco respostas plausíveis
Poetizo, chego até filosofar.
O que para muitos é utópico, pra mim é salutar.
Deus, por exemplo, a ciência não consegue explicar
Mas um artista, com sensibilidade no olhar
Vê Deus, vê vida onde não há.
Uma rosa arrancada, sem essência,
torna se viva na memória de quem a ganhou.
Um abraço, um sorriso, um afago de mãe,
cura uma dor intrínseca;
Uma velha foto no porta retrato arranca suspiros
E as lembranças se afloram...
A afetividade, não há ciência que explique.
Existe vida, onde eu quero que exista,
Num ser vivo pensante ou num ser inerte
Depende da sensibilidade.
Para convencer a ciência e o homem insensato
De que a afetividade é algo real, nato,
Há de se mergulhar num mar de possibilidades,
despido de regras complexas, estudadas,
se entregando a simplicidade que existe
em cada ser animado ou inanimado
Sendo assim, penso, logo, existe!
Por Marta Souza Ramos
vida,em minha inexistência eu sei e sinto que existo ,por isso sigo insistindo pela vida,pois naquilo ao qual almejo ser é porquê não sou e o que sou é o que não serei nesta existência de vida.
Sobre a cientificidade da nossa existência, está forjada o mistério da nossa inexistência, pois, somos seres concretos, motivados apenas pela nossa própria convicção.
A INEXISTÊNCIA DA VERDADE
A verdadeira verdade não existe!
A verdade verdadeira é a minha,
Sua verdade é uma mentira
Que tira a minha da linha.
A minha verdade é a certa
Que acerta na reta sem seta.
Sua mentira é uma verdade
Que pra tu é a certa.
Na treta da verdade verdadeira
O que nos resta é viver cada um em sua verdade derradeira.
ID (ota) é aquele que acredita
Que arbitra sua imprópria existência,
Sua própria inexistência insiste em não ser nada.
Inexistência
Você já imaginou como o mundo seria se por acaso não tivesse nascido. Talvez você pense: sou uma pessoa comum nada mudaria. Pare e reflita se você não tivesse vindo ao mundo, será que seus pais sentiriam alguma emoção semelhante ao seu nascimento, será que haveria maior amor, será que eles amadureceriam e chegariam à sabedoria atual se você não tivesse dado as preocupações para sua educação. Pense nos momentos de alegria que proporcionou às pessoas ao seu redor, dos sorrisos distribuídos, das amizades que se formaram pelo seu intermédio, de cada conselho dado, da sua opinião que fez toda a diferença. Você é um ser único, Deus o criou singular. Você é uma pequena parte do quebra cabeça que compõe o tempo presente, apesar se ser uma entre tantas outras, sua missão nesta Terra é especial, por isso seja a melhor versão de si mesmo, não se compare com outras pessoas, use os talentos que Deus te confiou, explore e expanda a suas habilidades, entenda e aceite suas limitações, enfrente seus problemas e que eles lhe sirvam de ensinamento. Seja fiel aos seus princípios e à sua essência, você é um ser único, insubstituível.
"O Medo da inexistência, do fracasso, do nada, em sua sociedade do tudo, produzimos o desejo do desconhecido, algo profundo, de níveis extraordinários, onde as nossas necessidades emocionais podem obter respostas."
Viver é uma experiência fenomenal! Porque, na inexistência de sentido de ser de todas as coisas, na inexistência de propósito desta matéria, deste mundo visível e invisível – invisível como os fótons, invisível como a energia, ou como as ondas de rádio pelas quais nos comunicamos, pela quais temos internet e assistimos televisão, - nada, absolutamente nada faz sentido, e ainda assim cumpre um propósito: um propósito lindo que só depois de concluirmos pela inexistência de sentido de tudo, é que passamos a conhecer a única e real razão de ser de todas as coisas. E este é um mistério que só os sábios chegam ao seu conhecimento. Um mistério que nos mostra que a vida é ouroboros: uma cobra que engole o próprio rabo, o fim que engole o começo, e a morte que engole a vida, e que vence a própria história e a própria existência até que tudo volte ao zero. E todos vêm, mas também todos se vão, de sorte que nada nem ninguém fica, e nada é e nem permanecerá para sempre, ao mesmo passo em que todos os ciclos se reiniciam, mas nunca mais para os mesmos viventes, e nem mesmo como qualquer coisa já tenha sido algum dia, pois tudo o que foi ontem, passou, e tudo o que foi há poucos minutos também já passou, de forma que não existe nada que permaneça tal como é, no minuto seguinte, para sempre, até que tudo se torne irreconhecível, e tenha outros nomes, e sejam realidades de outras existências que também porventura se chamarão de outros nomes. Tudo um dia veio, e tudo um dia se vai, e enquanto este dia não vem, tudo se transforma e se degrada, enquanto apenas a mente do homem e a ciência evoluem, mas nunca o suficiente para salvá-lo do próprio ego, da própria cobiça, da própria ganância e do próprio Diabo; e da própria loucura de se autodestruir.
Inexistência - 2016
Hotel, beira mar...
As cortinas são desenhadas por causa do sol,
Neste quarto que é melancolia, sem cor...
Os barcos valsam ao sabor das ondas brilhantes,
Vencendo as marés, que como as cortinas, são sopradas
Sobre as praias, tentando impedir seu lançar ao desconhecido...
Enquanto eu, sentado na areia da praia, sozinho,
Sinto as brisas de verão escreverem levas redondas, E se precipitarem lateralmente.
E uma após outra levantam a areia branca que envolvem meu rosto;
Meus olhos se encontram em silêncio, estáticos.
A alegria e o êxtase da cena parecem como um doce que deve ser comido.
E enquanto a luz do sol se impõe no fresco da manhã, as andorinhas, escravas dos beirais do mar, constroem seus ninhos em cima, como um homem que semeia polias, ao longo de um túnel de luz.
E para sentir a luz em mim, seguida de um rápido bater de asas dos pássaros, roubo mais um tempo da vida antes de virar e fugir dali.
Sinto o toque de um ínfimo grão de areia, que a rigor deveria passar despercebido, deliciosamente.
Giro lentamente até tocar a agua fria com meus pés.
Não há como se apegar;
Instintivamente, eles pulam as ondas.
Partem de mim, e eu a liderá-los por entre a folhagem fina que ladeia a praia.
Vou nessa vida como um cometa errante que leva para o infinito as mais raras gemas, espalhadas pelo vento alto, para novamente, terra-formar o desconhecido, desconhecido.
Portanto, inexisto, agora...
"A inexistência do nada não existe pois o nada está repleto por tudo o que o ser humano não quer perceber, entender e deixar reaparecer."
"A coisa que mais assombra a minha mente é a idéia da inexistência, uma morte sem significado, um caminho que leva direto ao desconhecido e ao vazio. É uma trilha sem volta direto para o abismo do esquecimento. Resumindo, a morte é como uma noite sem fim no completo e absoluto escuro".