Inércia
Escalando As Montanhas
A inércia dura e fria
da granítica muralha
que se ergue sobre a via
da humana e vã batalha
Guarda, em si, como quem cria
em seu ventre a fantasia
de um sol que não se espalha...
Um ano de inércia, vazio, impotência. Um ano de espera. Por hoje. Pelo momento em que você reassume o controle. O momento em que não há retorno.
O hábito, fruto da inércia
O hábito nasce de um pecado - a inércia - e ajuda a propagação e perpetuidade de todos os pecados. Por inércia, prefere-se repetir os atos dos outros, em vez de procurar, com o esforço do pensamento, os melhores. Por inércia, costumam repetir-se os maus atos, porque são infinitamente mais comuns e visíveis, e não nos queremos cansar a procurar os heroicos, muito mais raros e penosos.
Por inércia, imitamos os outros maus atos, porque estão mais conformes com a enfermidade da natureza vulnerada: poupamos o trabalho de a modificar e vencer. Por inércia, persistimos nos atos limitados, os quais se tornam tanto menos cansativos quanto mais se repetem.
Com esta convergência de preguiças, formam-se e consolidam-se os hábitos - quase todos, pela força das coisas, pecaminosos. O hábito não cria as culpas, mas radica-se tanto que as torna quase inextirpáveis. É um pecado que conduz à incurabilidade de quase todos os pecados. A conversão a Deus não passa de um esquartejamento violento de maus hábitos.
A angústia dos acometidos pelo mal da inércia só pode compreender quem já a experimentou alguma vez. Ócio é algo com que todo ser humano sonha. O mal da inércia, entretanto, fica longe da agradável sensação de descanso e paz que o ócio proporciona: quem por ele é acometido não consegue agir, por mais que se empenhe. Mente amortecida e visão embaçada, o enfermo debate-se na poça do próprio sangue. Está doente, mas o corpo não apresenta alterações.
Batendo a cabeça na parede, sem conseguir recurar ou progredir, preso num vácuo imobilizante, a pessoa sente-se perdida, duvida de si mesma, despreza-se, e por fim chora.
Então, me apaixono pela noite. Quando a música irrompe a inércia provocada pela impossibilidade de meus olhos serem abertos, me apaixono pela noite. Começo a dançar cegamente a desordem de minhas ideias, como um choque. Elas me contorcem, distorcem, até que se arrancam. Deixam em mim um mal-estar, a paixão pela noite.
A MORTE É LIBERTAÇÃO
SIGO ESCRAVA DA INÉRCIA DA MINHA VIDA, QUE ME CONDENA A CONTINUAR VIVENDO
AINDA QUE MEU CORPO ESTEJA GELADO TAL QUAL O MÁRMORE DA SEPULTURA SOB A QUAL DESEJO REPOUSAR
SIGO COM O CORAÇÃO NEGRO, COMO AS SOMBRAS QUE PERAMBULAM O MUNDO DOS MORTOS
UMA SENSAÇÃO VAMPÍRICA ME SUGA A ESSÊNCIA DA VIDA GOTA A GOTA
ATRAVESSAR OS DIAS É COMO CUMPRIR UMA SENTENÇA DE ANGUSTIANTE TORTURA
MINHA ALMA PADECE CONDENADA À ESCURIDÃO INFINITA DE UM MUNDO VAZIO E SOMBRIO
PERMANEÇO MORIBUNDA, DEFINHANDO AOS POUCOS
TORTURADA PELO SOFRIMENTO INSUPORTÁVEL QUE DILACERA O MEU CORAÇÃO
VIVER É UM TORMENTO!
A MORTE É LIBERTAÇÃO, NÃO PUNIÇÃO
NÃO ME SALVEM! NÃO ME SALVEM
PERMITAM QUE ESSA DOR SE FINDE
TIREM OS RESPIRADORES! DESLIGUEM OS APARELHOS!
SEJAM PIEDOSOS... DEIXEM -ME IR
JÁ ESTOU MORTA AQUI
BEM AQUI... BEM DENTRO DE MIM
Inércia
Solitários...
No porta-retratos.
Sorrisos perenes
eternizando a alegria de um momento
cheios de sonhos.
Na sala corre um risco de vida.
Tão sofrida.
Há tempos não vê alegria
Só... ele só queria reviver o passado...
Poderia ser por um único dia.
Quem seu passado roubou?
Na vida presente amor ausente.
Quem assim determinou?
Não era o prometido...
Foi enganado... iludido.
Toda reação é o resultado de uma ação.
Inércia não trás nenhum resultado a não ser a indecisão.
Mas não se relaciona não quer dizer que nescessário agir, observando quer dizer com estudo a uma melhor compreensão do problema em questão.
Ser rápido não é motivo de perfeição.
O estudo te dá compreensão de coisas ocultas.
O desafio turbulento de um mar revolto, na mente!
Na inercia das aguas tranquilas de um oceano profundo...nada fica constante, no corpo!
Borboletas no estomago à insônia tudo acontece, mente barulhenta!
Descobrindo e sendo assim! Vez falante e outrora no silêncio, e nos dois casos a mesma pessoa.