Individualidade
a individualidade não torna a pessoa menos humana, mas sim, com mais coerência com a vida e consigo mesma, não se aproveitar dos outros e procurar se preservar dos maus intencionados e sem querer ficar por aí fazendo o papel de bonzinho. E se isso vai de encontro com a mentalidade predominante e nos torna mais isolados, o que fazer, ao menos quando interagimos, o fazemos verdadeiramente. Nossos sonhos devem seguir o coração, como se fosse uma criança e orientado pela lucidez da mãe inteligência. Não deve ser tão difícil, abrir para aquilo que Deus nos enviou.
Vagando pelo universo de nossa individualidade, tudo perde a razão de ser, ter ou querer. Como é terrível esta consciência, nos momentos que a ela nos entregamos. Por mais que acreditemos gostar ou conviver com uma ou mais pessoas, nesta ou naquela situação de prazer ou não, continuamos nesta solidão sufocante. Neste estagio caem por terra toda nossa vaidade assim como nossa luta incessante de conquistas e fuga do anonimato. A extinção de nossa auto estima é tão sufocante e insuportável que o sentimento de morte passa a ser visto como único paliativo para tamanha opressão resultante.
Diante tal situação qualquer tentativa de conselho ouvido é entendida como uma grande falsidade ou deboche, o que só poderá aumentar o peso do fardo que hora carregamos.
Se para um tratamento terapêutico ter efeito precisamos nele acreditar então estaremos fadado à morte eminente.
Nesta situação, no limiar de nossa consciência, à beira da insanidade, só nos restará a ela aliarmos e assim continuarmos a existir mesmo que sem o mesmo sentido de vida.
Isto assumido, e isento das peculiaridades de uma vida como a conhecemos, inacreditavelmente uma nova face da felicidade se mostrará em toda sua plenitude.
Como poderemos chamar isto senão o sagrado sopro divino a nos alentar frente ao desconhecido?
Deveríamos nos rebelar todos os dias contra certas 'regras', que anulam nossa individualidade.
Não deixar que invadam nosso espaço.
A expressão da individualidade aguça o senso crítico e reforça a personalidade.
Querem nos impor padrões comportamentais, querem nos vender idéias pré-concebidas, já que o poder e controle da "massa" só funciona à base de conformismo. Querem nos fazer meros buscadores de dinheiro.
Querem que sejamos humanos econômicos totais, desprovidos de valores, de família, de altruísmo, de senso analítico.
Contra tais brutalidades ideológicas deveríamos nos rebelar.
Em cada ser humano acontecer uma micro-revolução.
Um ingrediente essencial para toda e qualquer relação é respeito á individualidade. Mesmo nas de amizade.
Invadir o sentimento e o pensamento alheio é não mais que passar por cima da individualidade de cada um. O que se passa no coraçãoe no pensamento do ser humamo é unico. Só eu sei o que penso e o que sinto, só eu consigo enxergar com meus olhos, somente eu me conduzo. Querer sentir ou imaginar e afirmar o sentimento alheio é mais que um crime, é querer ser mais que o proprio Deus que nos criou, e este sim, o unico que tem a clareza dos nossos sentimentos e pensamentos. Julgar, determinar o sentimento humano é um erro inaceitável!!!
Para viver em paz, compreenda a sua individualidade e respeite a dos outros, mesmo que eles não se compreendam.
"É a identidade que garante a individualidade de ter direitos à felicidade, e é a felicidade que nos dá direitos de humanidade"
"O caminho da meditação é assumir a sua existência, sua individualidade, sua unicidade...é assumir a sua beleza e deixar ela vibrar..."
"Sendo admitidas a existência, a sobrevivência e a individualidade da alma, o Espiritismo reduz-se a uma só questão principal: 'Serão possíveis as comunicações entre as almas e os viventes?'
Essa possibilidade foi demonstrada pela experiência, e uma vez estabelecido o fato das relações entre os mundos visível e invisível, bem como conhecidos a natureza, o princípio e o modo dessas relações, abriu-se um novo campo à observação e encontrou-se a chave de grande número de problemas.
Fazendo cessar a dúvida sobre o futuro, o Espiritismo é um poderoso elemento de moralização."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
(O que é o Espiritismo / por Allan Kardec. [tradução da Redação de Reformador em 1884] – 56. ed. 1. imp. – Brasília: FEB, 2013.)
“A individualidade é uma característica da personalidade na qual diferencia uns dos outros. Diferente do individualismo, ela está ligada ao amadurecimento pessoal, enquanto o outro a estagnação moral.”
A individualidade só aparece quando a coletividade é muito forte. Um guerreiro sozinho pode até abater muitos oponentes, mas no final perderá a guerra.