Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

A amizade Ă© doce, firme e leal. Ela se fortalece com o tempo e se torna duradoura! Quantas vezes vocĂȘ me ouve, me anima, me faz seguir em frente, participa das minhas alegrias e trata meus assuntos, como se fossem seus? Me dĂĄ conselhos que eu respeito, porque sei que sĂŁo sinceros. Às vezes concordamos, em outras discordamos. VocĂȘ faz parte do meu mundo! VocĂȘ Ă© alguĂ©m em quem confio e que tem todo o meu afeto e a minha amizade.

SerĂĄ que vocĂȘ vai saber o quanto penso em vocĂȘ com o meu coração?

A verdadeira afeição na longa ausĂȘncia se prova.

Luís de CamÔes
CAMÕES, L. Auto dos AnfitriĂ”es. Lisboa : Seara Nova : Editorial Comunicação, 1981.

Por enquanto estou inventando a tua presença.

Clarice Lispector
A paixĂŁo segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Mas chegarĂĄ o instante em que me darĂĄs a mĂŁo,
nĂŁo mais por solidĂŁo, mas como eu agora:
por amor.

Clarice Lispector
A paixĂŁo segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

As melhores e as mais lindas coisas do mundo não se podem ver nem tocar. Elas devem ser sentidas com o coração.

Helen Keller

Nota: Frase por vezes atribuĂ­da de forma errĂŽnea a Charles Chaplin.

Quero um homem que me chame de linda em vez de gostosa... Que me ligue de volta quando eu desligar na cara dele... Que deite embaixo das estrelas e escute as batidas do meu coração, ou que permaneça acordado sĂł para me observar dormindo... O homem que me beije na testa... Que queira me mostrar para todo mundo mesmo quando eu estou suando... Um homem que segure minha mĂŁo na frente dos amigos dele... Que me ache a mulher mais bonita do mundo mesmo quando estou sem nenhuma maquiagem e que insista em me segurar pela cintura... Aquele que me lembra constantemente o quanto ele se preocupa comigo e o quanto sortudo ele Ă© por estar ao meu lado... Aquele que esperara por mim... Aquele que vire para os amigos dele e diga ** “É ela, a mulher da minha vida!

Quem de dentro de si não sai, vai morrer sem amar ninguém.

Vinicius de Moraes

Nota: Trecho da mĂșsica "Berimbau", composta por Vinicius de Moraes e Baden Powell.

NĂŁo me alimento de quases, nĂŁo me contento com a metade! Nunca serei sua meio amiga, ou seu meio amor... Ă© tudo ou nada.

Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e nĂŁo encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa sĂł rosa.

Presença

É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frĂȘmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausĂȘncia trescale
sutilmente, no ar, trevo machucado,
folhas de alecrim desde hĂĄ muito guardadas
nĂŁo se sabe por quem nalgum mĂłvel antigo.
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu te sentir
como sinto – em mim – a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges Ă©s tĂŁo outra e mĂșltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te!

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.

O que a memĂłria ama fica eterno. Te amo com a memĂłria, imperecĂ­vel.

Adélia Prado
Poesia reunida. Rio de Janeiro: Record, 2015.

Nota: Trecho do poema Para o ZĂ©.

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Minha vida nĂŁo foi um romance...
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amar, nĂŁo digas, que morro
De surpresa... de encanto... de medo...

Minha vida nĂŁo foi um romance
Minha vida passou por passar
Se nĂŁo amas, nĂŁo finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.

Minha vida nĂŁo foi um romance...
Pobre vida... passou sem enredo...
GlĂłria a ti que me enches de vida
De surpresa, de encanto, de medo!

Minha vida nĂŁo foi um romance...
Ai de mim... JĂĄ se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso... de um gesto... um olhar...

Se vocĂȘ nĂŁo consegue lidar com os limites dos outros, Ă© porque vocĂȘ nĂŁo consegue lidar com os seus limites. A rejeição Ă© um processo de ver-se.

Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto. Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer do outro uma representação daquilo que me falta. Isso não é amor, isso é coisa de criança.

O anonimato Ă© um perigo para nĂłs. É sempre bom que estejamos com pessoas que saibam quem somos nĂłs e que decisĂ”es nĂłs tomamos na vida. É sempre bom estarmos em um lugar que nos proteja.

Amar alguĂ©m Ă© viver o exercĂ­cio constante, de nĂŁo querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fosse. A experiĂȘncia de amar e ser amado Ă© acima de tudo a experiĂȘncia do respeito.

Como estĂĄ a nossa capacidade de amar? Uma coisa Ă© amar por necessidade e outra Ă© amar por valor. Amar por necessidade Ă© querer sempre que o outro seja o que vocĂȘ quer. Amar por valor Ă© amar o outro como ele Ă©, quando ele nĂŁo tem mais nada a oferecer, quando ele Ă© um inĂștil e por isso vocĂȘ o ama tanto. Na hora em que forem embora as suas utilidades, vocĂȘ saberĂĄ o quanto Ă© amado!

Tudo vai ser perdido, sĂł espero que vocĂȘ nĂŁo se perca. Enquanto vocĂȘ nĂŁo se perder de si mesmo vocĂȘ serĂĄ amado, pois o que vocĂȘ Ă© significa muito mais do que vocĂȘ faz!

O convite da vida cristĂŁ Ă© esse: que vocĂȘ possa ser mais do que vocĂȘ faz!

1 universo, 8 planetas, 204 paĂ­ses, 809 ilhas, 7 mares, 7 bilhĂ”es de pessoas. E a Ășnica pessoa que eu sĂł preciso para ser feliz Ă© vocĂȘ!

"Eu te odeio", disse ela para um homem cujo crime Ășnico era o de nĂŁo amĂĄ-la. "Eu te odeio", disse muito apressada. Mas nĂŁo sabia sequer como se fazia. Como cavar na terra atĂ© encontrar a ĂĄgua negra, como abrir passagem na terra dura e chegar jamais a si mesma?

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto O bĂșfalo.

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Versos Íntimos

VĂȘs! NinguĂ©m assistiu ao formidĂĄvel
Enterro de tua Ășltima quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparĂĄvel!

Acostuma-te Ă  lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserĂĄvel,
Mora entre feras, sente inevitĂĄvel
Necessidade de também ser fera.

Toma um fĂłsforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mĂŁo que afaga Ă© a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mĂŁo vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

Fåcil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
DifĂ­cil Ă© sentir a energia que Ă© transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Desconhecido

Nota: Trecho do poema "ReverĂȘncia ao destino".

QUADRILHA

JoĂŁo amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
JoĂŁo foi pra os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que nĂŁo tinha entrado na histĂłria.

Carlos Drummond de Andrade
"Nova reuniĂŁo". Rio de Janeiro: J. Olympio, 1985.

Um dia vocĂȘ aprende que as verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distĂąncias. E o que importa nĂŁo Ă© o que vocĂȘ tem na vida, mas quem tem na vida. Aprende que nĂŁo temos que mudar de amigos, se compreendermos que os amigos mudam.

Veronica Shoffstall

Nota: Trecho adaptado do poema de Veronica Shoffstall.