Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
O VELHO E A FLOR
Por céus e mares eu andei,
Vi um poeta e vi um rei
Na esperança de saber
O que Ă© o amor.
Ninguém sabia me dizer,
Eu jå queria até morrer
Quando um velhinho
Com uma flor assim falou:
O amor Ă© o carinho,
Ă o espinho que nĂŁo se vĂȘ em cada flor.
Ă a vida quando
Chega sangrando aberta
em pétalas de amor.
FELICIDADE REALISTA
De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. NĂŁo Ă© tarefa das mais fĂĄceis. A princĂpio, bastaria ter saĂșde, dinheiro e amor, o que jĂĄ Ă© um pacote louvĂĄvel, mas nossos desejos sĂŁo ainda mais complexos.
NĂŁo basta que a gente esteja sem febre: queremos, alĂ©m de saĂșde, ser magĂ©rrimos, sarados, irresistĂveis. Dinheiro? NĂŁo basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olĂmpica, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... nĂŁo basta termos alguĂ©m com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso Ă© pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiĂșsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declaraçÔes e presentes inesperados, queremos jantar Ă luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diĂĄrio, queremos ser felizes assim e nĂŁo de outro jeito.
Ă o que dĂĄ ver tanta televisĂŁo. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que sĂł podemos ser felizes formando um par, e nĂŁo como Ămpares? Ter um parceiro constante nĂŁo Ă© sinĂŽnimo de felicidade, a nĂŁo ser que seja a felicidade de estar correspondendo Ă s expectativas da sociedade, mas isso Ă© outro assunto. VocĂȘ pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com trĂȘs parceiros, feliz sem nenhum. NĂŁo existe amor minĂșsculo, principalmente quando se trata de amor-prĂłprio.
Dinheiro Ă© uma benção. Quem tem, precisa aproveitĂĄ-lo, gastĂĄ-lo, usufruĂ-lo. NĂŁo perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas nĂŁo aprisionado. E se a gente tem pouco, Ă© com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fĂ© e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista Ă© fazer o possĂvel e aceitar o improvĂĄvel. Fazer exercĂcios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relĂłgio: hora de acordar. Ă importante pensar-se ao extremo, buscar lĂĄ dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida nĂŁo Ă© um game onde sĂł quem testa seus limites Ă© que leva o prĂȘmio. NĂŁo sejamos vĂtimas ingĂȘnuas desta tal competitividade. Se a meta estĂĄ alta demais, reduza-a. Se vocĂȘ nĂŁo estĂĄ de acordo com as regras, demita-se. Invente seu prĂłprio jogo.
Nota: Apesar de muitas vezes atribuĂda, de forma errĂŽnea, a MĂĄrio Quintana, essa crĂŽnica Ă© da autoria de Martha Medeiros, tendo sido originalmente publicada no site Almas GĂȘmeas em 08/01/2001 e depois integrada no livro "Montanha-Russa".
...MaisVou me enganar mais uma vez, fingindo que te amo Ă s vezes, como se nĂŁo te amasse sempre.
Deus nos concede, a cada dia, uma pĂĄgina de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.
Soneto 18
Se te comparo a um dia de verĂŁo
Ăs por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chĂŁo
E o tempo do verĂŁo Ă© bem pequeno.
Ăs vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que Ă© belo declina num sĂł dia,
Na terna mutação da natureza.
Mas em ti o verĂŁo serĂĄ eterno,
E a beleza que tens nĂŁo perderĂĄs;
Nem chegarĂĄs da morte ao triste inverno:
Nestas linhas com o tempo crescerĂĄs.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farĂŁo viver.
Deus costuma usar a solidĂŁo
Para nos ensinar sobre a convivĂȘncia.
Ăs vezes, usa a raiva para que possamos
Compreender o infinito valor da paz.
Outras vezes usa o tédio, quando quer
nos mostrar a importĂąncia da aventura e do abandono.
Deus costuma usar o silĂȘncio para nos ensinar
sobre a responsabilidade do que dizemos.
Ăs vezes usa o cansaço, para que possamos
Compreender o valor do despertar.
Outras vezes usa a doença, quando quer
Nos mostrar a importĂąncia da saĂșde.
Deus costuma usar o fogo,
para nos ensinar a andar sobre a ĂĄgua.
Ăs vezes, usa a terra, para que possamos
Compreender o valor do ar.
Outras vezes usa a morte, quando quer
Nos mostrar a importĂąncia da vida.
O homem nĂŁo morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar.
Nota: Adaptação de outro pensamento do autor, por vezes erroneamente atribuĂdo a Charles Chaplin.
JĂĄ nĂŁo se encantarĂŁo os meus olhos nos teus olhos,
jå não se adoçarå junto a ti a minha dor.
Mas para onde vĂĄ levarei o teu olhar
e para onde caminhes levarĂĄs a minha dor.
Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos
uma curva na rota por onde o amor passou.
Fui teu, foste minha. Tu serĂĄs daquele que te ame,
daquele que corte na tua chĂĄcara o que semeei eu.
Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.
...Do teu coração me diz adeus uma criança.
E eu lhe digo adeus.
Costumamos dizer que amigos de verdade sĂŁo os que estĂŁo ao seu lado em momentos difĂceis... Mas nĂŁo!
Amigos verdadeiros sĂŁo os que suportam a tua felicidade!
Porque em um momento difĂcil qualquer um se aproxima de vocĂȘ.
Mas o seu inimigo jamais suportaria a sua felicidade!
VocĂȘ foi a esperança nos meus dias de solidĂŁo, a angĂșstia dos meus instantes de dĂșvida, a certeza nos momentos de fĂ©.
FĂĄcil Ă© sair com vĂĄrias pessoas ao longo da vida. DifĂcil Ă© entender que pouquĂssimas delas vĂŁo te aceitar como vocĂȘ Ă© e te fazer feliz por inteiro. DifĂcil Ă© ocupar o coração de alguĂ©m. Saber que se Ă© realmente amado.
Nota: Trecho do poema "ReverĂȘncia ao destino".
Alguns vão te odiar, fingem que te amam agora. Então, pelas costas, eles tentam te eliminar. Mas quem Jah abençoa, ninguém amaldiçoa.
Eu nĂŁo preciso de vocĂȘ nem para andar e nem para ser feliz, mas como seria bom andar e ser feliz ao seu lado.
Tenho fases, como a Lua; fases de ser sozinha, fases de ser sĂł sua.
Nota: Adaptação de trechos de "Lua Adversa".
Se eu pudesse deixar algum presente a vocĂȘ, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciĂȘncia de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora. Lembraria os erros cometidos para que nĂŁo mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para vocĂȘ, se pudesse, o respeito aquilo que Ă© indispensĂĄvel. AlĂ©m do pĂŁo, o trabalho. AlĂ©m do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saĂda.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, vocĂȘ serĂĄ em algum momento condenado. Aprende que o tempo nĂŁo Ă© algo que possa voltar para trĂĄs. E vocĂȘ aprende que realmente pode suportar... que realmente Ă© forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que nĂŁo se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que vocĂȘ tem valor diante da vida.
Nota: Trecho adaptado e adulterado de poema de Veronica Shoffstall.
Amar Ă© ter um pĂĄssaro pousado no dedo.
Quem tem um pĂĄssaro pousado no dedo sabe que,
a qualquer momento, ele pode voar.
Amar Ă©...
sorrir por nada e ficar triste sem motivos
Ă© sentir-se sĂł no meio da multidĂŁo,
Ă© o ciĂșme sem sentido,
o desejo de um carinho;
é abraçar com certeza e beijar com vontade,
Ă© passear com a felicidade,
Ă© ser feliz de verdade!