Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

A alegria estĂĄ na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e nĂŁo na vitĂłria propriamente dita.

Mahatma Gandhi
BOSE, Nirmal Kumar. Selections from Gandhi. Ahmedabad: Navajivan Pub. House. 1948

Nota: Tradução livre de trecho do livro referido.

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Tu te tornas eternamente responsĂĄvel por aquilo que cativas.

Antoine de Saint-Exupéry
SAINT-EXUPÉRY, A. de. O pequeno príncipe. Rio de Janeiro: Agir. 1994.

O prĂłprio viver Ă© morrer, porque nĂŁo temos um dia a mais na nossa vida que nĂŁo tenhamos, nisso, um dia a menos nela.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego, por Bernardo Soares. SĂŁo Paulo: Montecristo, 2012

Aquele que conheceu apenas a sua mulher, e a amou, sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil.

Leon TolstĂłi
Anna Karenina

Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio.

Creio no riso e nas lĂĄgrimas como antĂ­dotos contra o Ăłdio e o terror.

Charles Chaplin
Chaplin: Vida e Pensamentos. SĂŁo Paulo: Martin Claret, 1997.

Para Sempre

Por que Deus permite
que as mĂŁes vĂŁo-se embora?
MĂŁe nĂŁo tem limite,
Ă© tempo sem hora,
luz que nĂŁo apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
ĂĄgua pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que Ă© breve e passa
sem deixar vestĂ­gio.
Mãe, na sua graça,
Ă© eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirĂĄ-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
MĂŁe nĂŁo morre nunca,
mĂŁe ficarĂĄ sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
serĂĄ pequenino
feito grĂŁo de milho.

Carlos Drummond de Andrade
"Lição de Coisas: poesia". São Paulo: J. Olympio, 1965

A vida Ă© a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.

Vinicius de Moraes
Samba da benção - Álbum "Vinicius"

Nota: Trecho de "Samba da benção", composto por Vinicius de Moraes e Baden Powell.

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Soneto de separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mĂŁos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a Ășltima chama
E da paixĂŁo fez-se o pressentimento
E do momento imĂłvel fez-se o drama.

De repente, nĂŁo mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo prĂłximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, nĂŁo mais que de repente.

Vinicius de Moraes
Livro de letras

Chorar Ă© diminuir a profundidade da dor.

Quando vocĂȘ quer alguma coisa, todo o universo conspira para que vocĂȘ realize o seu desejo.

Paulo Coelho
O Alquimista. Rio de Janeiro: Rocco. 1990.

Nota: Trecho adaptado do livro "O Alquimista".

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Escrever Ă© esquecer. A literatura Ă© a maneira mais agradĂĄvel de ignorar a vida. A mĂșsica embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretĂȘm. A primeira, porĂ©m, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, nĂŁo se afastam da vida - umas porque usam de fĂłrmulas visĂ­veis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana.
Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

Fernando Pessoa
SOARES, B. Livro do Desassossego. Vol.II. Lisboa: Ática. 1982. 505p.

Quem sabe um dia

Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!

Quem Ă© que
Quem Ă© macho
Quem Ă© fĂȘmea
Quem Ă© humano, apenas!

Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nĂłs
Sabe ser um!

Um dia
Um mĂȘs
Um ano
Um(a) vida!

Desconhecido

Nota: O poema costuma ser atribuĂ­do a Mario Quintana, mas nĂŁo hĂĄ fontes que confirmem essa autoria.

Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos se a tivéssemos. O perfeito é o desumano porque o humano é imperfeito.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego, por Bernardo Soares. Vol. II. Mem Martins: Europa-América, 1986.

O verdadeiro homem quer duas coisas: perigo e jogo. Por isso quer a mulher: o jogo mais perigoso.

Friedrich Nietzsche
Assim Falou Zaratustra

A amizade Ă© um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.

NĂŁo corrigir nossas faltas Ă© o mesmo que cometer novos erros.

As mulheres existem para que as amemos, e nĂŁo para que as compreendamos.

No fim tu hĂĄs de ver que as coisas mais leves sĂŁo as Ășnicas
que o vento nĂŁo conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o prĂłprio vento...

Mario Quintana
Quintana de bolso. Porto Alegre: L&PM, 1997.

Nota: Poema O que o vento nĂŁo levou.

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SONETO LXXXVIII

Quando me tratas mal e, desprezado,
Sinto que o meu valor vĂȘs com desdĂ©m,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que Ă©s um bem.
Conhecendo melhor meus prĂłprios erros,
A te apoiar te ponho a par da histĂłria
De ocultas faltas, onde estou enfermo;
EntĂŁo, ao me perder, tens toda a glĂłria.
Mas lucro também tiro desse ofício:
Curvando sobre ti amor tamanho,
Mal que me faço me traz benefício,
Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim Ă© o meu amor e a ti o reporto:
Por ti todas as culpas eu suporto.

William Shakespeare

Nota: Soneto 88.