Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
Da chegada do amor
Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.
Sempre quis uma amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarĂŁo da amanhecice.
Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.
Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.
Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.
Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
nĂŁo assustasse.
Sempre quis um amor
que nĂŁo se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.
Sempre quis uma amor
que nĂŁo se chateasse
diante das diferenças.
Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade Ă© o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
Ă© observar
o desenho
do invĂłlucro e comparĂĄ-lo
com a calma da alma
o seu conteĂșdo.
Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fåcil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.
Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.
Sempre quis um amor
de abafar,
(nĂŁo o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mĂŁos.
Sem senĂŁos.
Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.
Eu sempre disse nĂŁo
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.
Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.
Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.
Sempre quis um amor nĂŁo omisso
e que suas estĂłrias me contasse.
Ah, eu sempre quis uma amor que amasse.
Poesia extraĂda do livro "Euteamo e suas estrĂ©ias", Editora Record - Rio de Janeiro, 1999,
Desejo que haja paz. Principalmente de espĂrito. Que haja amor e que, esse, esteja presente em cada esquina. Desejo que o vento seja fresco e que desarrume meus cabelos de forma que eu sorria os ajeitando, de maneira desconcertada. Que a chuva venha para lavar a alma, levar embora as tristezas, nĂŁo levando a saudade - jĂĄ que ela nĂŁo Ă© dessas coisas que se pode controlar - mas tornando-a mais amena e menos melancĂłlica. Que haja mais compreensĂŁo. Que os sorrisos aconteçam de forma espontĂąnea. Que a felicidade seja multiplicada. Que haja menos mau humor, menos suposiçÔes. Que haja mais ação. Menos TPM. Menos âchove-nĂŁo-molhaâ. Que haja mais âSIMâ. Que haja âNĂOâ quando realmente eu quiser dizer nĂŁo. Mais abraços: apertados. Mais beijos: demorados. Mais mordidas. Mais cafunĂ©. Menos agressĂ”es verbais. Mais carinho. Menos disse-me-disse, mais olho-no-olho. Menos puxa-saquismo. Mais sinceridade. Menos hipocrisia. Que haja mais verdade. Mais troca de olhares. Menos timidez. Mais atitude. Menos orgulho. Mais humildade. Mais coragem. Mais pĂ© no chĂŁo. Mais coração. Mais amor. Mais paixĂ”es. Mais borboletas no estĂŽmago. Mais experiĂȘncias. Mais vida. Mais de mim. Mais de vocĂȘ. Mais das pessoas. MAIS DO MUNDO.
Escolha bem onde procurar o amor
Pois vocĂȘ nĂŁo encontrarĂĄ o 'PrĂncipe Encantado'
No baile do 'Dia das Bruxas'
A menos que vocĂȘ queira encontrar
Justamente o 'PrĂncipe das Trevas'
Guardar o amor numa caixinha, subir no banquinho, colocar bem alto no armĂĄrio, fechar a porta. Mesmo assim, de vez em quando despenca tudo.
Nossas dĂșvidas sĂŁo traidoras e nos fazem perder o que, com frequĂȘncia, poderĂamos ganhar, por simples medo de arriscar.
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que vocĂȘ nĂŁo conhece como eu mergulhei. NĂŁo se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Todo mundo Ă© capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra Ă© bobagem.
VocĂȘ nĂŁo sĂł nĂŁo esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia nĂłs percebemos que as mulheres tĂȘm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer...
Um dia descobrimos que se apaixonar Ă© inevitĂĄvel...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor sĂŁo as mais simples...
Um dia percebemos que o comum nĂŁo nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" nĂŁo Ă© bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga Ă© a que mais pensa em vocĂȘ...
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai jĂĄ Ă© tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...
O jeito Ă©: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...
Ser feliz sem motivo Ă© a mais autĂȘntica forma de felicidade.
Ăs vezes ouço passar o vento; e sĂł de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
Nota: Adaptação de trecho do poema de Fernando Pessoa.
A suspeita sempre persegue a consciĂȘncia culpada; o ladrĂŁo vĂȘ em cada sombra um policial.
SĂł existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhĂŁ, portanto hoje Ă© o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.