Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
Jogue tudo fora, mas principalmente esvazie seu coração, fique pronto para a vida, para um novo amor. Lembre-se somos apaixonåveis, somos capazes de amar muitas e muitas vezes. Afinal de contas, nós somos o amor.
Aprendi
Que ouvir uma palavra de carinho
faz bem a saĂșde!
Que um gesto de amor
sempre aquece o coração!
Que o julgamento alheio
nĂŁo Ă© importante!
Que se deve ser criança
a vida toda!
Que Ă© preciso
cultivar a paz interior!
Que sonhar
Ă© preciso!
E que o mais importante de tudo
Ă© que somos livres para as nossas escolhas!
NĂŁo podemos viver apenas para nĂłs mesmos!
Mil fibras nos conectam com outras pessoas
e por essas fibras nossas açÔes vão como causas
e voltam para nĂłs como efeito!
Aproveite ao mĂĄximo cada instante da sua vida,
pois ele Ă© Ășnico!
Ă preciso que a leitura seja um ato de amor.
Amar Ă© o mesmo que exercitar-nos na simplicidade. O amor nĂŁo complica, porque seu Ășnico desejo Ă© resolver.
Extremos da paixĂŁo
NĂŁo, meu bem, nĂŁo adianta bancar o distante lĂĄ vem o amor nos dilacerar de novo...
Andei pensando coisas. O que Ă© raro, dirĂŁo os irĂŽnicos. Ou "o que foi?" - perguntariam os complacentes. Para estes Ășltimos, quem sabe, escrevo. E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor Ă© igual Ă perda da morte. SĂł que dĂłi mais. Quando morre alguĂ©m que vocĂȘ ama, vocĂȘ se dĂłi inteiro(a)- mas a morte Ă© inevitĂĄvel, portanto normal. Quando vocĂȘ perde alguĂ©m que vocĂȘ ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo(a), hĂĄ entĂŁo uma morte anormal. O NUNCA MAIS de nĂŁo ter quem se ama torna-se tĂŁo irremediĂĄvel quanto nĂŁo ter NUNCA MAIS quem morreu. E dĂłi mais fundo- porque se poderia ter, jĂĄ que estĂĄ vivo(a). Mas nĂŁo se tem, nem se terĂĄ, quando o fim do amor Ă©: NEVER.
Pensando nisso, pensei um pouco depois em Boy George: meu-amor-me-abandonou-e-sem-ele-eu-nao-vivo-entĂŁo-quero-morrer-drogado. Lembrei de John Hincley Jr., apaixonado por Jodie Foster, e que escreveu a ela, em 1981: "Se vocĂȘ nĂŁo me amar, eu matarei o presidente". E deu um tiro em Ronald Regan. A frase de Hincley Ă© a mais significativa frase de amor do sĂ©culo XX. A atitude de Boy George - se nĂŁo houver algo de publicitĂĄrio nisso - Ă© a mais linda atitude de amor do sĂ©culo XX. Penso em Werther, de Goethe. E acho lindo.
No sĂ©culo XX nĂŁo se ama. NinguĂ©m quer ninguĂ©m. Amar Ă© out, Ă© babaca, Ă© careta. Embora persistam essas estranhas fronteiras entre paixĂŁo e loucura, entre paixĂŁo e suicĂdio. NĂŁo compreendo como querer o outro possa tornar-se mais forte do que querer a si prĂłprio. NĂŁo compreendo como querer o outro possa pintar como saĂda de nossa solidĂŁo fatal. Mentira: compreendo sim. Mesmo consciente de que nasci sozinho do Ăștero de minha mĂŁe,berrando de pavor para o mundo insano, e que embarcarei sozinho num caixĂŁo rumo a sei lĂĄ o quĂȘ, alĂ©m do pĂł. O que ou quem cruzo entre esses dois portos gelados da solidĂŁo Ă© mera viagem: vĂ©u de maya, ilusĂŁo, passatempo. E exigimos o terno do perecĂvel, loucos.
Depois, pensei tambĂ©m em AdĂšle Hugo, filha de Victor Hugo. A AdĂšle H. de François Truffaut, vivida por Isabelle Adjani. AdĂšle apaixonou-se por um homem. Ele nĂŁo a queria. Ela o seguiu aos Estados Unidos, ao Caribe, escrevendo cartas jamais respondidas, rastejando por amor. Enlouqueceu mendigando a atenção dele. Certo dia, em Barbados, esbarraram na rua. Ele a olhou. Ela, louca de amor por ele, nĂŁo o reconheceu. Ele havia deixado de ser ele: transformara-se em sĂmbolo sem face nem corpo da paixĂŁo e da loucura dela. NĂŁo era mais ele: ela amava alguĂ©m que nĂŁo existia mais, objetivamente. Existia somente dentro dela. AdĂšle morreu no hospĂcio, escrevendo cartas (a ele: "Ă para vocĂȘ, para vocĂȘ que eu escrevo" - dizia Ana C.) numa lĂngua que, atĂ© hoje, ninguĂ©m conseguiu decifrar.
Andei pensando em AdĂšle H., em Boy George e em John Hincley Jr. Andei pensando nesses extremos da paixĂŁo, quando te amo tanto e tĂŁo alĂ©m do meu ego que - se vocĂȘ nĂŁo me ama: eu enlouqueço, eu me suicido com heroĂna ou eu mato o presidente. Me veio um fundo desprezo pela minha/nossa dor mediana, pela minha/nossa rejeição amorosa desempenhando papĂ©is tipo sou-forte-seguro-essa-sou-mais-eu. Que imensa misĂ©ria o grande amor - depois do nĂŁo, depois do fim - reduzir-se a duas ou trĂȘs frases frias ou sarcĂĄsticas. Num bar qualquer, numa esquina da vida.
Ai que dor: que dor sentida e portuguesa de Fernando Pessoa - muito mais sĂĄbio -, que nunca caiu nessas ciladas. Pois como jĂĄ dizia Drummond, "o amor car(o,a,) colega esse nĂŁo consola nunca de nĂșncaras". E apesar de tudo eu penso sim, eu digo sim, eu quero Sins.
O amor Ă© sempre paciente e generoso. Nunca Ă© invejoso, nĂŁo Ă© rude nem egoĂsta. NĂŁo se ofende nem se ressente, mas se regozija com a verdade.
Nota: Adaptação de 1 CorĂntios 13:4-7.
Mesmo no amor é puramente questão de fisiologia. Os moços querem ser fiéis e não são; os velhos querem ser infiéis e não podem.
GitĂŁ
Ăs vezes vocĂȘ me pergunta
Por que Ă© que eu sou tĂŁo calado
NĂŁo falo de amor quase nada
Nem fico sorrindo ao teu lado...
VocĂȘ pensa em mim toda hora
Me come, me cospe, me deixa
Talvez vocĂȘ nĂŁo entenda
Mas hoje eu vou lhe mostrar...
Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o mĂȘdo de amar...
Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou, eu fui, eu vou..
Eu sou o seu sacrifĂcio
A placa de contra-mĂŁo
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição...
Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada...
Por que vocĂȘ me pergunta?
Perguntas nĂŁo vĂŁo lhe mostrar
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da ĂĄgua e do ar...
VocĂȘ me tem todo dia
Mas nĂŁo sabe se Ă© bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em vocĂȘ
Mas vocĂȘ nĂŁo estĂĄ em mim...
Das telhas eu sou o telhado
A pesca do pescador
A letra "A" tem meu nome
Dos sonhos eu sou o amor...
Eu sou a dona de casa
Nos pegue pagues do mundo
Eu sou a mĂŁo do carrasco
Sou raso, largo, profundo...
Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarĂŁo
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visĂŁo...
Euuuuuu!
Mas eu sou o amargo da lĂngua
A mĂŁe, o pai e o avĂŽ
O filho que ainda nĂŁo veio
O inĂcio, o fim e o meio
O inĂcio, o fim e o meio
Euuuuu sou o inĂcio
O fim e o meio
Euuuuu sou o inĂcio
O fim e o meio...
Encontrar de novo o amor
Quando vocĂȘ gosta de alguĂ©m de verdade, por mais que vocĂȘ seja forte ou decida nĂŁo sofrer, nĂŁo importa o quĂŁo bem vocĂȘ esteja, o final de um relacionamento Ă© sempre muito difĂcil.
Ăs vezes nĂŁo Ă© sĂł a falta do carinho ou a saudade dos momentos felizes. Ă tambĂ©m um sentir falta de com quem se preocupar, a quem se dedicar... Como se faltasse uma prĂłpria razĂŁo para seguir... E nĂŁo adianta querer entregar-se Ă s primeiras pessoas que surgirem Ă tua frente. Isso sĂł piorarĂĄ as coisas. FarĂĄ parecer que todos os outros relacionamentos serĂŁo vazios e superficiais, e isto nĂŁo Ă© verdade.
Ora, vivamos este momento, que isso também é saudåvel ao ser humano, mas também saiamos dele e olhemos o mundo.
Ah... Lancemos o olhar sobre as coisas belas que existem, por que o mundo estĂĄ repleto de beleza! Deixemos de lado este ar, essa tristeza, por que nĂŁo se vive com tristeza.
E todo ser humano precisa ter o dom ou aprender a se reerguer. Precisa aprender a amar, a ganhar, a viver, a perder, entristecer, reviver e encontrar de novo o amor.
Quando, finalmente, estiver segura do amor dele, terĂĄ todo o vagar para, por sua vez, se apaixonar como ela bem o entender.
Gastei todas as minhas mentiras na paixĂŁo. Gastei todas as minhas verdades no amor. O que sobrou sou eu.
Conta-se que havia na China uma mulher
belĂssima que enlouquecia de amor todos
os homens. Mas certa vez caiu nas
profundezas de um lago e assustou os peixes.