Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
Eu te amo independente do amor. Eu te amo quando considerar errado amar. Eu te amo quando for proibido, quando me deixarem, quando vocĂȘ quiser e principalmente quando nĂŁo quiser e precisar. Quem sabe vocĂȘ precise do meu amor tanto quanto eu preciso te amar.
O verdadeiro amor, como qualquer outra droga forte que cause dependĂȘncia, nĂŁo tem graça. Assim que a fase do encontro e descoberta se encerra, os beijos se tornam surrados e as carĂcias cansativas. Exceto, Ă© claro, para aqueles que compartilham os beijos, que dĂŁo e recebem as carĂcias enquanto cada som e cada cor do mundo parecem se aprofundar e brilhar em volta deles.
Como acontece com qualquer outra droga forte, o primeiro amor verdadeiro sĂł Ă© realmente interessante para aqueles que se tornam seus prisioneiros. E como acontece com qualquer outra droga forte que cause dependĂȘncia, o primeiro amor verdadeiro Ă© perigoso. Os que estĂŁo sob o domĂnio de uma droga forte â heroĂna, erva-do-diabo, verdadeiro amor â frequentemente se veem tentando manter um precĂĄrio equilĂbrio entre discrição e ĂȘxtase, enquanto avançam na corda bamba de suas vidas. Manter o equilĂbrio numa corda bamba Ă© difĂcil atĂ© mesmo no estado mais sĂłbrio; fazer isso num estado de delĂrio Ă© praticamente impossĂvel. A longo prazo, Ă© completamente impossĂvel.
TODO O AMOR
A maior covardia de um homem
Ă despertar o amor de uma mulher
Sem ter a intenção de amå-la
Nenhum homem vale as lĂĄgrimas de uma mulher
Nenhum homem Ă© merecedor de fechar um sorriso feminino
O homem que despreza o coração de uma mulher doce e pura
Ă, sem dĂșvida, um tolo
E sequer Ă© merecedor do sentimento de desprezo
Mas o maior erro de uma mulher
Ă acreditar que encontrarĂĄ em um homem
O Amor que apenas dentro dela estĂĄ
Quando um homem ama uma mulher
Ă apenas ele o agraciado
Por que a mulher jĂĄ Ă© em si todo o Amor
Toda a Beleza
E toda a Graça...
O amor Ă© uma carta, mais ou menos longa, escrita em papel velino, corte-dourado, muito cheiroso e catita; carta de parabĂ©ns quando se lĂȘ, carta de pĂȘsames quando se acabou de ler. Tu que chegaste ao fim, pĂ”e a epĂstola no fundo da gaveta, e nĂŁo te lembres de ir ver se ela tem um post scriptum...
Cansei de morrer na vida das pessoas. Por isso matei vocĂȘ.
Antes que eu morresse de amor. Matei vocĂȘ.
Eu sei que sou covarde. Surpreso? Eu nĂŁo.
O amor, esse sufoco,
agora a pouco era muito,
agora, apenas um sopro.
Ah, troço de louco,
coraçÔes trocando rosas
e socos
Fidelidade! Ainda hei de analisĂĄ-la um dia. Entra nela o amor da propriedade. HĂĄ muitas coisas que jogarĂamos fora, se nĂŁo temĂȘssemos que outrem a pudesse aproveitar.
Parei, talvez, de odiar o amor. Mas o amor, na verdade, ficou lå. Duro que nem pedra. Daqueles que não vão embora nem com reza brava. Amor adolescente, pensei. Com certeza, se eu virar mulher, esse amor bobinho passa. Amor de menina boba. Tratei, então, de virar mulher. Quem sabe mudando de casa, esse amor não se mudava de mim? Nada feito. Casa nova, cama nova, novas contas pra pagar. E o mesmo coração idiota. O mesmo amor de sempre. Coisa chata, não?