Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
Hå quem diga que a distùncia atrapalha e que por causa dela o amor não existe, mas é por causa da distùncia que os beijos começam a ser sonhados e os abraços tão desejados. Os encontros tornam-se desejos. O coração passa a ser um só. A solidão pode até bater em sua porta, uma ou duas vezes, mas a certeza de ter um ao outro acaba com qualquer solidão. Os planos começam a ser feitos, com a certeza de que serão cumpridos. E pensar que estão cada um em um canto do mundo é como se estivessem juntos, o tempo inteiro. As palavras valem muito, valem tudo, são ditas, com a certeza da resposta. A felicidade é grande, mas não é medida por dias nem anos, mas por instantes. Podem haver milhÔes e milhÔes de quilÎmetros, mas o amor consegue ser um bilhão de vezes maior. A distùncia é algo que só quem consegue superar entende. O valor de uma foto, ou de uma carta, só quem vive sabe o valor de um verdadeiro amor.
O amor é grande mas cabe no breve espaço de beijar.
Nota: Trecho adaptado do poema "Amar se aprende amando" de Carlos Drummond de Andrade. Link
A feiura Ă© o meu estandarte de guerra. Eu amo o feio com um amor de igual para igual.
O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dĂĄ mais se tem.
- Por isso nunca se canse de amar, algum dia vocĂȘ verĂĄ os grandes frutos do seu amor que foi sempre cultivado.
Porque eu te amo, tu nĂŁo precisas de mim.
Porque tu me amas, eu nĂŁo preciso de ti.
No amor, jamais nos deixamos completar.
Somos, um para o outro, deliciosamente desnecessĂĄrios.
Ă que o amor Ă© essencialmente perecĂvel, e na hora em que nasce começa a morrer. SĂł os começos sĂŁo bons. HĂĄ entĂŁo um delĂrio, um entusiasmo, um bocadinho do cĂ©u. Mas depois! Seria pois necessĂĄrio estar sempre a começar, para poder sempre sentir?
Caminhamos ao encontro do amor e do desejo. NĂŁo buscamos liçÔes, nem a amarga filosofia que se exige da grandeza. AlĂ©m do sol, dos beijos e dos perfumes selvagens, tudo o mais nos parece fĂștil. Quanto a mim, nĂŁo procuro estar sozinho nesse lugar. Muitas vezes estive aqui com aqueles que amava, e discernia em seus traços o claro sorriso que neles tomava a face do amor. Deixo a outros a ordem e a medida. Domina-me por completo a grande libertinagem da natureza e do mar.
Quem Ă© homem de bem, nĂŁo trai o amor que lhe quer seu bem.
Nota: Trecho da mĂșsica "Berimbau", composta por Vinicius de Moraes e Baden Powell. Link
Apenas seguir em frente. Primeiro, porque nenhum amor deve ser mendigado. Segundo, porque todo amor deve ser recĂproco.
Dona moça
Menina-moça, tentaram me fazer acreditar que o amor nĂŁo existe e que sonhos estĂŁo fora de moda. Cavaram um buraco bem fundo e tentaram enterrar todos os meus desejos, um a um, como fizeram com os deles. Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos. Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim. A manter meu buquĂȘ de sorrisos no rosto, sem perder a vontade de antes. Porque aprendi com a Dona Chica, que a vida, apesar de bruta, Ă© meio mĂĄgica. DĂĄ sempre pra tirar um coelho da cartola. E lĂĄ vou eu, nas minhas tentativas, Ă s vezes meio cegas, Ă s vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a prĂłxima etapa serĂĄ o tombo ou o voo. Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que nĂŁo dĂĄ Ă© pra ficar parado.
Se amanhĂŁ o que eu sonhei nĂŁo for bem aquilo, eu tiro um arco-Ăris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro Ă© maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrĂĄrios. Ă maior porque Ă© do bem. E nisso, sim, acredito atĂ© o fim. O destino da felicidade, me foi traçado no berço. Disse um certo pai Ogum.
Amor Ă© fogo que arde sem se ver.
Nota: Trecho de soneto de LuĂs de CamĂ”es.
Amor que Ă© amor dura a vida inteira. Se nĂŁo durou Ă© porque nunca foi amor. O amor resiste Ă distĂąncia, ao silĂȘncio das separaçÔes e atĂ© as traiçÔes. Sem perdĂŁo nĂŁo hĂĄ amor!
à só acreditar que o amor é eterno que ele termina. à só acreditar que o amor terminou que ele recomeça.
Idealismo
Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!
O amor da Humanidade Ă© uma mentira.
Ă. E Ă© por isso que na minha lira
De amores fĂșteis poucas vezes falo.
O amor! Quando virei por fim a amĂĄ-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
Ă o amor do sibarita e da hetaĂra,
De Messalina e de Sardanapalo?!
Pois Ă© mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
â Alavanca desviada do seu fulcro â
E haja sĂł amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!
Vacina de ano novo
Muitos me desejaram paz e amor em 75. Mas havendo amor, haverĂĄ paz? Amor Ă© o contrario radioso dela. Ă inquietação, agitação, vontade de absorver o objeto amado, temor de perdĂȘ-lo, sentimento de nĂŁo merecĂȘ-lo, Ăąnsia de dominĂĄ-lo, masoquismo de ser dominado por ele, dor de nĂŁo o haver conhecido antes, dor de nĂŁo ocupar seu pensamento 24 horas por dia, e mais dias a pedir ao dia para ocupĂĄ-lo, brasa de imaginĂĄ-lo menos preso a mim do que eu a ele, desespero de o nĂŁo guardar no bolso, junto ao coração, ou fisicamente dentro deste, como sangue a circular eternamente e eternamente o mesmo. Amor Ă© isso e mais alguma triste coisa. E a tristeza incurĂĄvel do tempo nĂŁo passa fora de nĂłs, passa Ă© dentro e na pele marcada da gente, lembrando que eternidade Ă© ilusĂŁo de minutos e o ato de amor deste momento jĂĄ ficou mergulhado em ter sido. Amor Ă© paz?
Fico com medo. Mas o coração bate. O amor inexplicĂĄvel faz o coração bater mais depressa. A garantia Ășnica Ă© que eu nasci. Tu Ă©s uma forma de ser eu, e eu uma forma de te ser: eis os limites de minha possibilidade.
Se nada nos salva da morte, pelo menos que o amor nos salve da vida.