Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
O amor Ă© mesmo feito de coisinhas. NĂŁo importa que tipo de amor seja, se esse ou aquele, o meu ou o seu. SĂŁo sempre olhares, sorrisos, afinidades, coincidĂȘncias, abraços, paixĂŁo, respeito, saudade, encontro. Aprendi que as pessoas amam de formas diferentes, nem menos nem mais. Da forma delas, em silĂȘncio, em palavras, gritando ou sussurrando.
E sei que estou apenas no inĂcio de um largo caminho de amor, que começa aqui dentro e exala cheiro de flores e confusĂ”es.
E âamorâ ela nĂŁo chamava de amor, chamava de nĂŁo-sei-o-quĂȘ.
Sabe que o amor não é qualquer um que consegue ter. Ela é a sensibilidade de alguém que não entende o que veio fazer nessa vida, mas vive.
Nota: Trecho de um texto de Mika Pedrosa.
SerĂĄ que desisti do amor? Que alĂvio. Ă um processo que vem se arrastando hĂĄ uns quatro anos, desde o que chamo de The Big Disaster, agora parece que con-so-li-dou-se. SerĂĄ que Ă© da idade? Fico ouvindo as pessoas naquele rodenir de ligou?-vou-ligar-nĂŁo-sei-se-ligo-se-ligar-dizque-saĂ etc e etc. e acho de uma pobreza alagoana.
Tentar outra vez o mesmo amor. Quem jĂĄ nĂŁo caiu nesta armadilha? Se ele tambĂ©m estiver sozinho Ă© sopa no mel. Os dois jĂĄ se conhecem de trĂĄs para a frente. NĂŁo precisam perguntar o signo: podem pular esta parte e ir direto ao que interessa. Sabem o prato favorito de cada um, se gostam de mar ou de montanha, enfim, estĂĄ tudo como era antes, Ă© sĂł prorrogar a vigĂȘncia do contrato. Tanto um como o outro sabem de cor o seu papel.
Mas Ă© engraçado, o amor nĂŁo dĂłi. E nĂŁo, nĂŁo me faça essa cara de espanto, eu repito: o amor nĂŁo dĂłi. O ciĂșme, a insegurança, a desconfiança, a falta de, o medo de perder a pessoa amada, o medo de amar, o medo de nunca ter sentido tamanha felicidade na vida inteirinha, isso sim dĂłi. O amor, amor como sentimento, amor como coisa plena, amor como som no peito, amor como sorriso no olho, amor como poesia na boca, amor como amor, esse nĂŁo dĂłi.
O amor nĂŁo pode expressar a ideia por trĂĄs da mĂșsica, enquanto a mĂșsica pode dar uma ideia do amor.
O amor Ă© cheio de armadilhas. Quando quer se manifestar, mostra apenas a sua luz â e nĂŁo nos permite ver as sombras que esta luz provoca.
Não sou contra a banalização do amor.
O amor tem que ser banalizado, mesmo!
Tem que estar em toda parte, em todo lugar,
a toda hora, com qualquer pessoa.
O que nĂŁo pode ser banalizado Ă© o Ăłdio,
a frialdade, a indiferença,
tudo aquilo que Ă© ruim e causa dor.
Mas o amor?
O amor nĂŁo deve ser guardado como uma pedra preciosa
que vocĂȘ esconde egoisticamente para oferecer
apenas a este ou aquele alguém.
O amor deve ser espalhado como o mais doce e sublime perfume, para que inspire e inebrie todas as pessoas do mundo,
a todo instante, por todo o sempre!
Que eu mergulhe no roxo deste vazio de amor de hoje e sempre e suporte o sol das cinco horas posteriores, e posteriores, e posteriores ainda.