Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

E quanto mais e maiores motivos para não sentir, ele e a vida me dão... adivinhem? Sim, o amor cresce. Irresponsåvel, sem alimento, sem esperança e de uma burrice enorme. Ainda assim, forte e em crescimento.

Eu quero Ă© teu calor animal

Mas onde jĂĄ se ouviu falar num amor Ă  distĂąncia?
Num tele amor?
Num amor de longe.
Eu sonho Ă© um amor pertinho.
E depois
esse calor humano Ă© uma coisa que todos - atĂ© os executivos tĂȘm.
É algo que acaba se perdendo no ar
No vento
No frio que agora faz.
Escuta!
O que eu quero
O que eu amo
O que eu desejo em ti
É teu calor animal.

Vivemos num mundo onde nos escondemos para fazer amor! Enquanto a violĂȘncia Ă© praticada em plena luz do dia.

John Lennon

Nota: Autoria nĂŁo comprovada.

Se vocĂȘ Ă© infeliz no amor, preste atenção no que estĂĄ fazendo em sua vida. Identifique os papĂ©is que tem assumido e reconheça que vocĂȘ nĂŁo Ă© nada daquilo. Descobrir como vocĂȘ Ă©, do que gosta Ă© a chave para obter felicidade.
Conhecer-se Ă© fundamental. Saiba avaliar o que lhe dĂĄ prazer. Respeite seus sentimentos. NĂŁo tenha medo de ser o que Ă©.
Se fizer isso, sentirå um calor agradåvel no peito, uma alegria gostosa, que tornarå sua vida mais bonita e colocarå mais sedução em seu sorriso.
Essa beleza da alma que se reflete nos sentimentos verdadeiros atrai, conquista, seduz. É o carisma. E se vocĂȘ jogar fora seu "sonho de amor", deixar acontecer naturalmente, gostar das pessoas como elas sĂŁo, descobrirĂĄ de quanta beleza, dignidade, dedicação e amor elas sĂŁo capazes. É sĂł tentar.

O Profeta

Amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão:
Que haja antes um mar ondulante entre as praias de vossas almas.
Encheis a taça um do outro, mas não bebais na mesma taça.
Dai de vosso pão um ao outro, mas não comais do mesmo pedaço.
Cantai e dançai juntos, e sede alegres, mas deixai cada um de vos estar sozinho,
Assim como as cordas da lira sĂŁo separadas e, no entanto, vibram na mesma harmonia.

Dai vossos coraçÔes, mas não confieis a guarda um do outro.
Pois somente a mão da vida pode conter nossos coraçÔes.
E vivei juntos, mas nĂŁo vos aconchegueis em demasia;
Pois as colunas do templo erguem-se separadamente,
E o carvalho e o cipreste nĂŁo crescem a sombra um do outro.

Não quero mais amar a ninguém
NĂŁo fui feliz, o destino nĂŁo quis
O meu primeiro amor
Morreu como a flor
Ainda em botĂŁo,
Deixando espinhos
Que dilaceram meu coração

Cartola

Nota: Trecho da mĂșsica "NĂŁo Quero Mais".

"NĂŁo me falta homem, o que me falta Ă© amor."

Amor e perseguição

"As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor Ă© a recompensa por vocĂȘ ter resolvido os seus problemas". Norman Mailer. Copiem. Decorem. Aprendam.

Temos a mania de achar que amor Ă© algo que se busca. Buscamos o amor nos bares, buscamos o amor na internet, buscamos o amor na parada de ĂŽnibus. Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que estĂĄ oculto dentro das boates, nas salas de aula, nas platĂ©ias dos teatros. Ele certamente estĂĄ por ali, vocĂȘ quase pode sentir o seu cheiro, precisa apenas descobri-lo e agarrĂĄ-lo o mais rĂĄpido possĂ­vel, pois lhe ensinaram que sĂł o amor constrĂłi, sĂł o amor salva, sĂł o amor traz felicidade.

Amor nĂŁo Ă© medicamento. Se vocĂȘ estĂĄ deprimido, histĂ©rico ou ansioso demais, o amor nĂŁo se aproximarĂĄ, e, caso o faça, vai frustrar sua expectativa, porque o amor quer ser recebido com saĂșde e leveza, ele nĂŁo suporta a idĂ©ia de ser ingerido de quatro em quatro horas, como um antibiĂłtico para combater as bactĂ©rias da solidĂŁo e da falta de auto-estima. VocĂȘ jĂĄ ouviu muitas vezes alguĂ©m dizer: "quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor apareceu". Claro, o amor nĂŁo Ă© bobo, quer ser bem tratado, por isso escolhe as pessoas que, antes de tudo, tratam bem de si mesmas.

O amor, ao contrĂĄrio do que se pensa, nĂŁo tem que vir antes de tudo: antes de estabilizar a carreira profissional, antes de viajar pelo mundo, de curtir a vida. Ele nĂŁo Ă© uma garantia de que, a partir do seu surgimento, tudo o mais darĂĄ certo. Queremos o amor como prĂ©-requisito para o sucesso nos outros setores, quando, na verdade, o amor espera primeiro vocĂȘ ser feliz para sĂł entĂŁo surgir diante de vocĂȘ sem mĂĄscara e sem fantasia. É esta a condição. É pegar ou largar.

Para quem acha que isso Ă© chantagem, arrisco sair em defesa do amor: ser feliz Ă© uma exigĂȘncia razoĂĄvel e nĂŁo Ă© tarefa tĂŁo complicada. Felizes sĂŁo aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas oscilaçÔes de humor, que dĂŁo o melhor de si e nĂŁo se autoflagelam por causa dos erros que cometem. Felicidade Ă© serenidade. NĂŁo tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com prĂ­ncipes encantados. O amor Ă© o prĂȘmio para quem relaxa.

Martha Medeiros
CrÎnica "Amor e perseguição", 2002.

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas GĂȘmeas, a 28 de janeiro de 2002.

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O presente

Amor serĂĄ dar de presente ao outro a prĂłpria solidĂŁo? Pois Ă© a coisa mais Ășltima que se pode dar de si.

Clarice Lispector
CrĂŽnicas para jovens: de amor e amizade. Rio de Janeiro: Rocco, 2010.

VocĂȘ sabe que alguĂ©m te ama nĂŁo pelo que ele fala, mas pelo o que faz. O amor nĂŁo sobrevive de teorias.

Se nĂŁo era amor, era da mesma famĂ­lia. Pois sobrou o que sobra dos coraçÔes abandonados. A carĂȘncia. A saudade. A mĂĄgoa. Um quase desespero, uma espĂ©cie de aviĂŁo em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, sĂł nĂŁo se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo.

Aprender a se colocar em primeiro lugar nĂŁo Ă© egoĂ­smo, nem orgulho. É amor-prĂłprio.

Charles Chaplin

Nota: Autoria atribuĂ­da a Charles Chaplin.

Não somos um casal melado, mas duvido que tenha alguém que duvide do nosso amor. Quer dizer, a gente duvida, mas a gente é louco.

Amar cria raĂ­z, sim. Cria, independente de ser verbalizado. Basta sentir o amor para que fiquemos dependentes dele, uma dependĂȘncia boa, daquilo que nos faz sentir vivos.

Martha Medeiros
CrĂŽnica "Eu te amo", 2004.

Nota: Trecho de texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas GĂȘmeas, a 20 de novembro de 2000.

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O amor Ă© o objetivo Ășltimo de quase toda preocupação humana; Ă© por isso que ele influencia nos assuntos mais relevantes, interrompe as tarefas mais sĂ©rias e por vezes desorienta as cabeças mais geniais.

SĂł se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de Ăłdio, se a gente tem amor. Qualquer amor jĂĄ Ă© um pouquinho de saĂșde, um descanso na loucura.

GuimarĂŁes Rosa
Grande SertĂŁo: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausĂȘncia pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser Ă­nfimo. É difĂ­cil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento Ă© feito nĂŁo atravĂ©s de centĂ­metros e metros, mas de açÔes e reaçÔes, de expectativas e frustraçÔes.

Martha Medeiros
Non-stop: crĂŽnicas do cotidiano

Morrestes achando que amava.
Matastes pensando que era amor.
Dominado pelo egoĂ­smo da paixĂŁo, nos fez ver que nĂŁo te conhecĂ­amos como deverĂ­amos e, por tua atitude, demonstrou que nĂŁo conhecias o amor.
Descansem em paz.

Amor pra mim Ă© ser capaz de permitir que aquele que eu amo exista como tal, como ele mesmo. Isso Ă© o mais pleno amor. Dar a liberdade dele existir ao meu lado do jeito que ele Ă©.

Supere seus demĂŽnios com uma coisa chamada amor.