Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

Uma noite de amor com qualquer pessoa
Jamais serĂĄ tĂŁo intenso que o simples tocar de lĂĄbios com a pessoa certa.

Desculpa se vocĂȘ Ă© feito sĂł de luz e amor. Eu sinto Ăłdio, ira e sentimentos menores. Mas nĂŁo se preocupe, minha psicĂłloga disse que nĂŁo sou perigoso e aprendi que colocar isso para fora sem prejudicar os outros Ă© melhor do que fingir ser algo que nĂŁo sou para agradar. :)

Amor sĂł de mĂŁe, paixĂŁo sĂł de Cristo, quem quiser me amar, SOFRA.

Mandai-me Senhores, hoje
que em breves rasgos descreva
do Amor a ilustre prosĂĄpia,
e de Cupido as proezas.
Dizem que de clara escuma,
dizem que do mar nascera,
que pegam debaixo d’água
as armas que o amor carrega.

O arco talvez de pipa,
a seta talvez esteira,
despido como um maroto,
cego como uma toupeira

E isto Ă© o Amor? É um corno.
Isto é o Cupido? Må peça.
Aconselho que nĂŁo comprem
Ainda que lhe achem venda

O amor Ă© finalmente
um embaraço de pernas,
uma uniĂŁo de barrigas,
um breve tremor de artérias
Uma confusĂŁo de bocas,
uma batalha de veias,
um reboliço de ancas,
quem diz outra coisa Ă© besta.

AMOR MADURO

O amor maduro nĂŁo Ă© menor em intensidade. Ele Ă© apenas silencioso. NĂŁo Ă© menor em extensĂŁo. É mais definido colorido e poetizado. NĂŁo carece de demonstraçÔes: Presenteia com a verdade do sentimento.

NĂŁo precisa de presenças exigidas: amplia-se com as ausĂȘncias significantes.
O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo. Mas vive dos problemas da felicidade. Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem, o prazer. Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro. Na felicidade estå o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca e do cheiro do outro - estå a compreensão antecipada, a adivinhação, o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver, o equilíbrio de carne e de espírito.

O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa. Ele vive do que não morreu, mesmo tendo ficado para depois, vive do que fermentou criando dimensÔes novas para sentimentos
antigos, jardins abandonados, cheios de sementes.

Ele nĂŁo pede, tem.
NĂŁo reivindica, consegue.
NĂŁo percebe, recebe.
NĂŁo exige, oferece.
NĂŁo pergunta, adivinha.
Existe, para fazer feliz.

O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusĂŁo, basta-se com o todo do pouco. NĂŁo precisa e nem quer nada do muito. EstĂĄ relacionado com a vida e por isso mesmo Ă© incompleto, por isso Ă© pleno em cada ninharia por ele transformada em paraĂ­so. É feito de compreensĂŁo, mĂșsica e mistĂ©rio.

É a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de ser sublime e criança. É o sol de outono: nítido, mas doce.

Luminoso, sem ofuscar.
Suave, mas definido.
Discreto, mas certo.

Artur da TĂĄvola

Nota: Trecho adaptado de um texto do autor.

Quando se revestiu da natureza humana, Cristo ligou a Si a humanidade com um laço de amor que nunca pode ser desfeito por poder algum, exceto a escolha do próprio homem!

Podem existir mil obstĂĄculos, mas nada impedirĂĄ meu amor por ti. Atravessarei atĂ© os maiores mares, mas nĂŁo existirĂĄ ĂĄgua suficiente que afogue o amor que sinto por vocĂȘ. Subirei atĂ© a montanha mais alta do mundo sĂł para te ver e de lĂĄ gritarei seu nome para ver se me ouve. E se me ouvires, direi uma sĂł frase: eu te amo. E quando o vento passar, levarĂĄ consigo o que eu disse, e quando ele soprar em seu ouvido, escutarĂĄs junto ao vento: eu te amo. E toda vez que o vento soprar em seu ouvido, nĂŁo serĂĄ sĂł apenas o vento, mas eu dizendo que te amo.

Domingo, dia perfeito de um casal apaixonado fazer tudo que o amor lhes dĂĄ direito.

Como posso dizer que o amor Ă© cego se te amei por um olhar?

Disseram que ciĂșmes, amor, saudade, paixĂŁo e loucura demais Ă© doença. JĂĄ que Ă© assim, pode me internar que meu estado Ă© grave.

Se entre duas pedras pode nascer uma flor. Por que se entre dois amigos nĂŁo pode nascer um amor?

Paz Ă© o amor humanizado,
Amor Ă© a paz dos namorados,
sinta num aperto de um abraço!
ame! e terĂĄs a paz ao teu lado.

Pobre aquele amor que se Ă© descrito e
que pode se medir.

O que me interessa no amor, nĂŁo Ă© apenas o que ele me dĂĄ, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carĂȘncia, a ilusĂŁo de autossuficiĂȘncia, a solidĂŁo maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios. Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora. Ele apazigua o meu peito com uma lista breve de prĂłs e contras. Mas me dĂĄ escolhas. Eu me percebo transformada pelo que o amor tirou de mim por precisar de espaço amplo e bem cuidado para se instalar. O amor tira de mim a armadura, pois nĂŁo consigo controlar a vulnerabilidade que vem com ele; tira tambĂ©m a intransigĂȘncia. O amor me ensina a negociar os prazos, a superar etapas, a confiar nos fatos. O amor tira de mim a vontade de desistir com facilidade, de ir embora antes de sentir vontade, de abandonar sem saber por quĂȘ. E Ă© por isso que o amor me assombra tanto quanto delicia. Porque nĂŁo posso virar as costas pra uma mania quando ela vem de uma pessoa inteira. Porque eu nĂŁo posso fingir que quero estar sozinha quando o meu ser transborda companhia. O amor me tira coisas que eu nĂŁo gosto, coisas que eu talvez gostasse, mas me dĂĄ em dobro o que nunca tive: um namoramento por ele mesmo. O amor me tira aquilo que nĂŁo serve mais e que me compunha antes. O amor tirou de mim tudo que era falta.

Espalhe que o amor nĂŁo Ă© banal. E que, embora estejam distorcendo o sentido verdadeiro dele nos tempos modernos de hoje, ele existe.

Desconhecido

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuĂ­da a Mario Quintana.

O tipo de amor que pode incinerar o mundo ou erguĂȘ-lo em glĂłria

Existem amores... e existe um amor especial, apenas uma vez em nossas vidas... este tipo de amor pertence ao Céu, é incondicional e ele serå para sempre... como uma marca cósmica, uma infinita lågrima de alegria e um abraço sem fim! O difícil é descobri-lo, discerní-lo, em meio às tempestades do nosso coração.

A T

No amor basta uma noite para fazer de um homem um Deus.
(PROPÉRCIO)

Amoroso palor meu rosto inunda,
MĂłrbida languidez me banha os olhos,
Ardem sem sono as pĂĄlpebras doridas,
Convulsivo tremor meu corpo vibra...
Quanto sofro por ti! Nas longas noites
Adoeço de amor e de desejos...
E nos meus sonhos desmaiando passa
A imagem voluptuosa da ventura:
Eu sinto-a de paixĂŁo encher a brisa,
Embalsamar a noite e o céu sem nuvens;
E ela mesma suave descorando
Os alvacentos véus soltar do colo,
Cheirosas flores desparzir sorrindo
Da mĂĄgica cintura.
Sinto na fronte pétalas de flores,
Sinto-as nos lĂĄbios e de amor suspiro...
Mas flores e perfumes embriagam...
E no fogo da febre, e em meu delĂ­rio
Embebem na minh’alma enamorada
Delicioso veneno.

Estrela de mistério! em tua fronte
Os céus revela e mostra-me na terra,
Como um anjo que dorme, a tua imagem
E teus encantos, onde amor estende
Nessa morena tez a cor de rosa.
Meu amor, minha vida, eu sofro tanto!
O fogo de teus olhos me fascina,
O langor de teus olhos me enlanguece,
Cada suspiro que te abala o seio
Vem no meu peito enlouquecer minh’alma!

Ah! vem, pĂĄlida virgem, se tens pena
De quem morre por ti, e morre amando,
DĂĄ vida em teu alento Ă  minha vida,
Une nos lábios meus minh’alma à tua!
Eu quero ao pé de ti sentir o mundo
Na tu’alma infantil; na tua fronte
Beijar a luz de Deus; nos teus suspiros
Sentir as viraçÔes do paraíso...
E a teus pés, de joelhos, crer ainda
Que nĂŁo mente o amor que um anjo inspira,
Que eu posso na tu’alma ser ditoso,
Beijar-te nos cabelos soluçando
E no teu seio ser feliz morrendo!

Dezembro, 1851

Para viver um grande amor

Para viver um grande amor, preciso Ă© muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister Ă© ser um homem de uma sĂł mulher; pois ser de muitas, poxa! Ă© de colher... — nĂŁo tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro Ă© preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lĂĄ como for. HĂĄ que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, Ă© preciso atenção como o "velho amigo", que porque Ă© sĂł vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitĂ­ssimo cuidado com quem quer que nĂŁo esteja apaixonado, pois quem nĂŁo estĂĄ, estĂĄ sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, hĂĄ que compenetrar-se da verdade de que nĂŁo existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade Ă© um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizĂ­vel liberdade que traz um sĂł amor.

Para viver um grande amor, il faut alĂ©m de fiel, ser bem conhecedor de arte culinĂĄria e de judĂŽ — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, nĂŁo basta ser apenas bom sujeito; Ă© preciso tambĂ©m ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viĂșva tambĂ©m, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessĂĄrio ter em vista um crĂ©dito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, Ă© de amor, Ă© de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarĂ”es, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que hĂĄ de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor Ă© muito, muito importante viver sempre junto e atĂ© ser, se possĂ­vel, um sĂł defunto — pra nĂŁo morrer de dor. É preciso um cuidado permanente nĂŁo sĂł com o corpo mas tambĂ©m com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. HĂĄ que ser bem cortĂȘs sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva escura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.

Amor se ganha... Confiança se ganha... Respeito se ganha... Mas carĂĄter... Bem, carĂĄter nĂŁo! Isso vocĂȘ tem ou nĂŁo tem!