Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

A castidade Ă© a sombra do amor.

A espécie compromete-se com um casal a que haja amor entre os dois. Mas logo que se apanha servida, vira-lhes as costas e eles que se arranjem.

VergĂ­lio Ferreira
FERREIRA, V., Pensar, Bertrand, 1992

O amor na mocidade é ocupação; na velhice, distração ou alienação.

Gato faminto,
copo-de-leite no vaso.
Amor perfeito.

Amor Ă© deus de paz; nĂłs amantes, veneramos a paz; / para mim, particularmente, bastam as guerras com a minha mulher.

No embalo do rio
ao sabor da corrente
meu amor vai comigo

Mas aquela que sempre me causou maior desgosto, por mim nunca teve Ăłdio, por mim nunca teve amor.

GlĂłria

Vive dentro de mim um mundo raro
TĂŁo vĂĄrio, tĂŁo vibrante, tĂŁo profundo
Que o meu amor indĂłmito e avaro
O oculto raivoso ao outro mundo

E nele vivo audaz, ardentemente,
Sentindo consumir-se a sua chama
Que oscila e desce e sobe inquietamente;
Ouvindo a minha voz que por mim chama

Em situaçÔes grotescas que me ferem,
Ou conquistando o que meus olhos querem:
PrĂ­ncipe ou Rei sonhando com domĂ­nios.

Sinto bem que sĂŁo vĂŁs pra me prenderem
As mĂŁos da Vida, muito embora imperem
Sobre a noção real dos meus declínios.

(in "Dispersos e Inéditos")

Noite de desejo!
O amor penetra e ilumina
Quando a luz se apaga...

O amor-prĂłprio contribui mais para nos enganar do que o artifĂ­cio dos outros.

Esta coisa absurda e magnĂ­fica, entre o muito mau e o bem supremo, que se chama com ligeireza amor.

Os tiranos do amor foram sempre reverenciados.

O amor nos outros Ă© para nĂłs quase sempre incompreensĂ­vel.

O nosso amor-próprio é tão exagerado nas suas pretensÔes, que não admira se quase sempre se acha frustrado nas suas esperanças.

Recordo uma
lĂ­ngua, abrindo-lhe
passagem ao amor.

O amor Ă© dos que nele pensam.

O amor Ă© um ato sem importĂąncia, uma vez que o podemos fazer indefinidamente.

O amor-prĂłprio Ă© o maior de todos os lisonjeadores.

A fé é um condão. Mas o bom trabalho, no amor do ideal, då a fé. Não hå trabalho no sentido verdadeiro sem fé.

Dificilmente a divindade concede amor e sabedoria.