Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
O primeiro amor, que nos parece haver de ser eterno quando chega, Ă© o que mais nos faz rir quando passou.
O amor civiliza o homem mais embrutecido, faz falar com elegùncia quem antes era mudo, faz do covarde um atrevido, transforma o preguiçoso em lesto e ativo.
Como Nossos Pais
NĂŁo quero lhe falar,
Meu grande amor,
Das coisas que aprendi
Nos discos...
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver Ă© melhor que sonhar
Eu sei que o amor
Ă uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
Ă menor do que a vida
De qualquer pessoa...
Por isso cuidado meu bem
HĂĄ perigo na esquina
Eles venceram e o sinal
EstĂĄ fechado prĂĄ nĂłs
Que somos jovens...
Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
à que se fez o seu braço,
O seu lĂĄbio e a sua voz...
VocĂȘ me pergunta
Pela minha paixĂŁo
Digo que estou encantada
Como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
NĂŁo vou voltar pro sertĂŁo
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro de nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva
Do meu coração...
JĂĄ faz tempo
Eu vi vocĂȘ na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memĂłria
Essa lembrança
Ă o quadro que dĂłi mais...
Minha dor Ă© perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...
Nossos Ădolos
Ainda sĂŁo os mesmos
E as aparĂȘncias
NĂŁo enganam nĂŁo
VocĂȘ diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
VocĂȘ pode atĂ© dizer
Que eu tĂŽ por fora
Ou entĂŁo
Que eu tĂŽ inventando...
Mas Ă© vocĂȘ
Que ama o passado
E que nĂŁo vĂȘ
Ă vocĂȘ
Que ama o passado
E que nĂŁo vĂȘ
Que o novo sempre vem...
Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciĂȘncia
E juventude
TĂĄ em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal...
Minha dor Ă© perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo,
Tudo o que fizemos
NĂłs ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...
O amor tem a virtude, não apenas de desnudar dois amantes um em face do outro, mas também cada um deles diante de si próprio.
O amor, para ser perfeito, devia ser como o rotĂfero: morrer num raio de sol, renascer numa gota de orvalho.