Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
Tenho amigos que nĂŁo sabem o quanto sĂŁo meus amigos. NĂŁo percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade Ă© um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrĂnseco o ciĂșme, que nĂŁo admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora nĂŁo sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! AtĂ© mesmo aqueles que nĂŁo percebem o quanto sĂŁo meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existĂȘnciasâŠ
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque nĂŁo os procuro com assiduidade, nĂŁo posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles nĂŁo iriam acreditar. Muitos deles estĂŁo lendo esta crĂŽnica e nĂŁo sabem que estĂŁo incluĂdos na sagrada relação de meus amigos.
Mas Ă© delicioso que eu saiba e sinta que os adimiro, adoro, os amo, embora nĂŁo declare.
Nota: Trecho de texto escrito pelo jornalista brasileiro Paulo Sant'Ana. Algumas fontes também o atribuem, de forma errÎnea, a Vinicius de Moraes.
...MaisAmor Ă© enigma?
Optar Ă© renunciar. Entregar-se, por exemplo, a um amor Ă© abandonar outros. E, do que se renuncia e abandona, pode provir, depois arrependimento.
Afastar-se de um amor, ainda que, opção feita por lĂșcidas razĂ”es, pode gerar, adiante, a frustração pelo que se deixou de viver.
Os casos de amor vivem rondados por frustração ou arrependimento. NĂŁo o amor, que Ă© Ăntegro, irrefutĂĄvel, cristalino e indubitĂĄvel: mas os amantes seus portadores. Quase sempre o tamanho do amor Ă© maior que o dos amantes.
O que cerca as pessoas que se amam é sempre uma teia de limitaçÔes que o leva à disjuntiva: frustração ou arrependimento. Ou quem ama se entrega ao sentimento e se atira nos braços do outro para, depois, se arrepender do que abandonou para entregar-se ao amor, ou se afasta, cheio de lucidez, para, adiante, sentir frustração pelo que deixou de viver.
Estes estĂŁo na categoria assim definida de modo cruel mas lĂșcido por Goethe: "no amor, ganha quem foge...Ou como disse o grande Orizon Carneiro Muniz: "no amor, Ă© mais forte quem cede".
Na juventude tudo isso fica confuso porque esta é uma etapa da vida envolta em uma névoa amorosa que a torna radical na busca da felicidade.
O jovem ainda nĂŁo se defrontou com as terrĂveis e dilacerantes divisĂ”es internas de que Ă© feita a tarefa de viver e amar, aceitando as prĂłprias limitaçÔes, confusĂ”es, os caminhos paralelos e contraditĂłrios das escolhas, dentro de um todo que, para se harmonizar, precisa viver as divisĂ”es, os sofrimentos e os açoites das mentiras e enganos que conduzem as nossas verdades mais profundas.
Séculos de repressão do corpo e de identificação do prazer com o pecado ou o proibido fizeram uma espécie de cårie na alma.
à um buraco, um vazio, uma impossibilidade viver o que se quer, uma certeza antecipada de que o amor verdadeiro gera ou arrependimento ou frustração.
Viver implica, pois, aceitar essa dolorosa e desafiante tarefa: a de enfrentar o amor como a maior das maravilhas e que se nos apresenta sob a forma de enigma.
Tudo o que se move dentro do amor estĂĄ carregado de enigmas. E com o enigma dĂĄ-se o seguinte: enfrentĂĄ-lo nĂŁo Ă© resolvĂȘ-lo. Mas quando nĂŁo se o enfrenta, ele (enigma) nos devora.
Enfrentar o enigma mesmo sem o deslindar, Ă© aquecer e encantar a vida, Ă© aprender a viver; Ă© amadurecer. Exige trabalho interior penoso, grandeza, equilĂbrio e auto-conhecimento.
O contrĂĄrio nĂŁo Ă© viver: Ă© durar.
O amor pode te dar asas, mas sĂŁo as amizades que normalmente te seguram quando vocĂȘ estĂĄ prestes a cair.
Romantismo
Quem tivesse um amor, nesta noite de lua,
para pensar um belo pensamento
e pousĂĄ-lo no vento!...
Quem tivesse um amor - longe, certo e impossĂvel -
para se ver chorando, e gostar de chorar,
e adormecer de lĂĄgrimas e luar!
Quem tivesse um amor, e, entre o mar e as estrelas,
partisse por nuvens, dormente e acordado,
levitando apenas, pelo amor levado...
Quem tivesse um amor, sem dĂșvida nem mĂĄcula,
sem antes nem depois: verdade e alegoria...
Ah! Quem tivesse... (Mas quem tem? Quem teria?)
Mais do que amor, do que dinheiro, do que fama, dĂȘ-me a verdade.
O amor nĂŁo busca agradar a si mesmo,
nem destina qualquer cuidado a si prĂłprio,
mas se dĂĄ facilmente ao outro e
constrĂłi um ParaĂso no desespero do Inferno.
NĂŁo deixe que o orgulho seja maior que o amor, que a dĂșvida o faça perder, que os sentimentos permaneçam em silĂȘncio. Ouse arriscar!
A famĂlia Ă© a fĂĄbrica que produz a humanidade, e o inimigo do amor e da famĂlia Ă© o prĂłprio eu. O individualismo Ă© uma ilusĂŁo de adolescente. AlguĂ©m declara seu amor e pede em casamento a mulher amada, propondo-lhe se ela quer ajudĂĄ-lo a livrĂĄ-lo de si.
Se sou esquecido,
devo esquecer também.
Pois o amor Ă© como um espelho:
tem que ter reflexo.
Para meu amor...
Deus me deu a maior bĂȘnção, que foi vocĂȘ como meu namorado. Sou tĂŁo feliz por estar ao seu lado que o tempo parece voar quando estamos juntinhos. Hoje completamos mais um mĂȘs de namoro juntos e espero que venham muitos meses repletos de felicidade que sĂł vocĂȘ me faz sentir. Obrigada pelo carinho, pelo amor, pela dedicação e por todos os momentos bons que vocĂȘ me proporciona. Te amo!
E, no fim, o amor que vocĂȘ recebe Ă© igual ao amor que vocĂȘ dĂĄ.