Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
Amor Ă© quando a paixĂŁo nĂŁo tem outro compromisso marcado.
Ansiedade Ă© quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.
Todos os dias morre um amor. Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor. Ăs vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, apĂłs anos e anos de rotina. Ăs vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a bate-bocas vexaminosos, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos. Morre em uma cama de motel ou em frente Ă televisĂŁo de domingo. Morre sem beijo antes de dormir, sem mĂŁos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lĂĄgrima nos lĂĄbios. Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos. Morre da mais completa e letal inanição.
Todos os dias morre um amor. Ăs vezes com uma explosĂŁo, quase sempre com um suspiro. Todos os dias morre um amor, embora nĂłs, romĂąnticos mais na teoria que na prĂĄtica, relutemos em admitir. Porque nada Ă© mais dolorido do que a constatação de um fracasso. De saber que, mais uma vez, um amor morreu. Porque, por mais que nĂŁo queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma coisa. E esta Ă© a lição: amores morrem.
Todos os dias um amor Ă© assassinado. Com a adaga do tĂ©dio, a cicuta da indiferença, a forca do escĂĄrnio, a metralhadora da traição. A sacola de presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relĂłgio, o silĂȘncio insuportĂĄvel depois de uma discussĂŁo: todo crime deixa evidĂȘncias.
Todos nĂłs fomos assassinos um dia. HĂĄ aqueles que, como o Lee Harvey Oswald, se refugiam em salas de cinema vazias. Ou preferem se esconder debaixo da cama, ao lado do bicho papĂŁo. Outros confessam sua culpa em altos brados, e fazem de pinico os ouvidos de infelizes garçons. HĂĄ aqueles que negam, veementemente, participação no crime, e buscam por novas vĂtimas em salas de chat ou pistas de danceteria, sem dor ou remorso. Os mais periculosos aproveitam sua experiĂȘncia de criminosos para escrever livros de auto-ajuda, com nomes paradoxais como "O Amor Inteligente", ou romances açucarados de banca de jornal, do tipo "A PaixĂŁo Tem Olhos Azuis", difundindo ao mundo ilusĂ”es fatais aos coraçÔes sem cicatrizes.
Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos.
Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram. São capazes de perdurar anos, mortos-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocråticos, sexo sem tesão. Estes não querem ser sacrificados, e, à semelhança dos zumbis hollywoodianos, também se alimentam de cérebros humanos, e definharão até se tornarem laranjas chupadas.
Existem os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de letargia, comuns principalmente entre os amantes platÎnicos que recordarão até o fim de seus dias o sorriso daquela ruivinha da 4a. série, ou entre fãs que até hoje suspiram em frente a um pÎster do Elvis Presley (e, pior, da fase havaiana). Mas titubeio em dizer que isso possa ser classificado como amor (Bah, isso não é amor. Amor vivido só do pescoço pra cima não é amor).
Existem, por fim, os amores-fĂȘnix. Aqueles que, apesar da luta diĂĄria pela sobrevivĂȘncia, das contas a pagar, da paixĂŁo que escasseia com o decorrer dos anos, da mesa-redonda no final de domingo, das calcinhas penduradas no chuveiro e das brigas que nĂŁo levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia, e perduram: teimosos, e belos, e cegos, e intensos. Mas estes sĂŁo rarĂssimos, e hĂĄ quem duvide de sua existĂȘncia. Alguns os chamam de amores-unicĂłrnio, porque sĂŁo de uma beleza tĂŁo pura e rara que jamais poderiam ter existido, a nĂŁo ser como lendas. Mas nĂŁo quero acreditar nisso.
Um dia vou colocar um anĂșncio, bem espalhafatoso, no jornal.
PROCURA-SE: AMOR-FĂNIX
(ofereço generosa recompensa)
Que as lĂĄgrimas que hoje rolam dos meus olhos levem consigo o meu amor nĂŁo correspondido, e que esse sorriso nos meus lĂĄbios seja a certeza de que eu te amo e te desejo toda felicidade do mundo.
Novo Amor
Procuro um amor novo amor com quem possa ter ressonĂąncias... num encontro pleno de respeito, cumplicidade e parceria. AlguĂ©m com quem seja possĂvel dividir alegrias, delicadezas e alguns sonhos... nĂŁo muitos, mas o suficiente para continuar a criar a magia do amar... e ser amado.
Busco assim por vocĂȘ que tenha leveza de alma e espĂrito, com total disponibilidade afetiva, que goste de viver a vida e que queira verdadeiramente um grande amor repleto de aventuras.
Nùo precisa ser um amor zero quilÎmetro, mas tem que ser dos bons. Daqueles de ter vontade de acordar mais cedo para levar café na cama, de ligar no meio do dia para dizer que sentiu saudade, de fazer bobagens, escrever bilhetinhos, fugir na madrugada em busca do desconhecido... um amor que não precisa durar para sempre mas que "seja infinitamente bom enquanto dure."
Procuro um amor que seja fiel e honesto, que saiba contar piadas e sussurrar no meu ouvido palavras gostosas para antes e depois do amor.
Procuro um amor que saiba viver sozinho, que invada meu mundo devagarinho e me convença que vale a pena ficar.
Procuro um amor quentinho... daqueles que não grudam na pele no verão mas que aquecem que nem edredom quando chega o inverno. Amor de dormir agarrado, de dançar colado e beijar na frente de todo mundo.
Procuro por fim um novo amor, uma companheira que seja minha amiga e minha amante, que goste de pipocas em tardes de chuva, e que queira andar de mĂŁos dadas comigo pela vida.
Meu amor por VocĂȘ
Meu amor ...
...Ă© terno, pois descansa na sinceridade do teu olhar.
Meu amor ...
...Ă© sereno, pois supera a ansiedade de te encontrar.
Meu amor ...
...Ă© paciente, pois espera o tempo que for preciso para estar ao teu lado.
Meu amor ...
...Ă© singelo, sĂł de pensar em vocĂȘ jĂĄ sou mais feliz.
Meu amor ...
...é sincero, pois vai além do brilho dos meus olhos ou da batida do meu coração...
...além, muito além da sua imaginação.
Relacionamento significa algo completo, acabado, fechado. O amor nunca Ă© um relacionamento: amor Ă© relacionar-se - Ă© sempre um rio fluindo, interminĂĄvel.
E até hoje, eu acredito que, na maior parte do tempo, o amor é uma questão de escolhas. à uma questão de tirar os venenos e as adagas da frente e criar o seu próprio final feliz.
Quem diz que Amor Ă© falso ou enganoso,
ligeiro, ingrato, vĂŁo, desconhecido,
sem falta lhe terĂĄ bem merecido
que lhe seja cruel ou rigoroso.
Amor Ă© brando, Ă© doce e Ă© piedoso.
Quem o contrĂĄrio diz nĂŁo seja crido;
seja por cego e apaixonado tido,
e aos homens, e inda aos deuses, odioso.
Se males faz Amor, em mi se vĂȘem;
em mim mostrando todo o seu rigor,
ao mundo quis mostrar quanto podia.
Mas todas suas iras sĂŁo de Amor;
todos os seus males sĂŁo um bem,
que eu por todo outro bem nĂŁo trocaria.
Entenda bem: nĂŁo me veja tentando reatar uma histĂłria de amor jĂĄ bastante espatifada (ou talvez sim, mas vocĂȘ nĂŁo me deu chance e a coisa mais saudĂĄvel que eu podia fazer era entrar noutra). Acontece que, com ou sem cama, gosto profundamente de vocĂȘ.
Amor ideal
Repare,
âŠque tanta gente no mundo
corre em busca do amor,
alguém que seja ideal,
aquela altura, aquela cor,
aquele extrato bancĂĄrio,
aquele belo salĂĄrio,
hĂĄ quem ligue pra idade,
pra raça, religiĂŁoâŠ
Mas quem busca perfeição
nĂŁo busca amor de verdade.
O ideal Ă© amor,
inclusive o diferente!
Afinal que graça tem
amar uma cĂłpia da gente?
Procure sem ter critérios,
o amor tem seus mistĂ©riosâŠ
Deixa a gente atordoado.
VocĂȘ sai a procurar
e ao invés de achar
acaba sendo achado.
E quando o amor lhe acha
nĂŁo tem pra onde correr.
Finda logo essa besteira
de mil coisas pra escolher,
finda todo preconceitoâŠ
Ă como se no seu peito
coubesse o mundo inteiro,
com todo tipo de gente
e aceita que o diferente
é só alguém verdadeiro.
Percebe que a estrada
Ă© repleta de amor,
e vocĂȘ nessa jornada
vai sorrir, vai sentir dor,
vai errar e acertar
na peleja pra encontrar
um sentimento real.
Uma dica, companheiro:
Se o amor for verdadeiro
jĂĄ Ă© o amor ideal.
HistĂłrias de amor sĂŁo como borboletas: vocĂȘ consegue ver, pode atĂ© tocar, mas se vocĂȘ tentar guardar uma pra vocĂȘ ela simplesmente morre. Tem que saber admirar de longe.
Tudo na vida tem um certo valor, atĂ© o vazio interior que brota no silĂȘncio da tristeza de um amor iludido e nĂŁo correspondido.
Se nĂŁo era amor, era da mesma famĂlia. Pois sobrou o que sobra dos coraçÔes abandonados. A carĂȘncia. A saudade. A mĂĄgoa. Um quase desespero, uma espĂ©cie de aviĂŁo em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, sĂł nĂŁo se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando a pĂ© pra casa, avariada.
Eu sei, nĂŁo precisa me dizer outra vez. Era uma diversĂŁo, uma paixonite, um jogo entre adultos. Talvez este seja o ponto. Talvez eu nĂŁo seja adulta o suficiente para brincar tĂŁo longe do meu pĂĄtio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde Ă© que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botĂŁo que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatĂłria, sem seqĂŒelas, sem registro de ocorrĂȘncia? Eu nĂŁo amei aquele cara. Eu tenho certeza que nĂŁo. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
NĂŁo era amor,era uma sorte. NĂŁo era amor, era uma travessura. NĂŁo era amor, eram dois travesseiros. NĂŁo era amor, eram dois celulares desligados. NĂŁo era amor, era de tarde. NĂŁo era amor, era inverno. NĂŁo era amor, era sem medo. NĂŁo era amor, era melhor.
Nota: Trechos de crĂŽnica de Martha Medeiros.
Um dia descobrimos que apaixonar-se Ă© inevitĂĄvel. Um dia percebemos que as melhores provas de amor sĂŁo as mais simples.
O amor não correspondido é totalmente desprovido de interesses, pois: ama-se pelo simples fato de amar, sem receber nada em troca, sem esperar nada do outro. à sofrer calado, é ter esperança.
Um Amigo
Um amigo Ă© fruto de uma escolha.
à uma opção de amor
Ă a descoberta da alma irmĂŁ.
Ă a consciĂȘncia clara e permanente de algo sublime
que nĂŁo estĂĄ na natureza das coisas perecĂveis.
à um tesouro sem preço, um gostar sem distùncia,
de alguém presente em nosso caminho,
nas horas de dĂșvida, de alegria, demais para ser perdido,
importante para ser esquecido